"O oceano trouxe a vida, ele é o pai da criação desse planeta
Essa imensidão azul, é para muitos um mistério
Não tem riqueza nesse mundo que nos pague um verdadeiro amor
Tesouro de pirata ou as perolas que eu possa encontrar"
— Sereia das Águas, Planta e Raiz
P.o.v. Pedro
Acordei cedo naquela manhã, como sempre, apesar de não ter minhas obrigações como cavaleiro para fazer.
Fui atrás do Jão na joalheria, agradecendo que o Hugo não estava, não tenho nada contra ele, muito pelo contrário, mas sei que ele é um dos maiores fofoqueiros desse castelo.
Não que eu ligue muito, até porque pelo pouco que presenciei ele e o Jão parecem ter uma relação quase fraternal, e imagino que se ele perguntar, o Jão vá contar o que foi fazer o dia todo.
Jão: — Você vai assim? — Ele pergunta, apontando para a minha espada. — Sem ofensas, claro.
Pedro: — É, um cavaleiro não deve nunca abaixar a guarda, Jão, já estou indo para fora do castelo sem usar a farda, mas a espada eu preciso sempre ter comigo.
Jão: — Entendi, tudo bem.
Pedro: — Vamos então?
Jão: — Vamos!
Inicialmente, levo Jão para dar uma volta pelo centro comercial da capital, porque imagino que ele nunca tenha tido a oportunidade de conhecer a cidade.
Ele parece vislumbrado pelas coisas mais simples, tenho vontade de perguntar a última vez que ele esteve em além do porto de uma cidade.
Jão: — Scorpios é realmente um reino muito próspero, eu ouvia falar, mas estou impressionado.
Pedro: — Apesar de nossos soberanos não serem lá os melhores do mundo, a gestão da família Videira não é de todo mal.
Jão: — É, estou percebendo.
Jão fica um tempo calado, quando passamos pela região portuária do reino, o único local movimentados próximo ao mar, seus olhos miram o oceano, mas não chegam a se firmar nele.
Pedro: — Quer comer alguma coisa? — Pergunto.
Jão: — Acho que seria bom!
Pedro: — Então vamos fazer uma pausa para isso, depois eu vou te levar no lugar que planejei.
Jão: — Pensei que seu plano era simplesmente dar uma volta pela cidade.
Pedro: — Não exatamente, mas achei que você deveria ver de perto o local em que eu nasci, e bom, o motivo de eu arriscar a minha vida diariamente.
Jão: — Achei que seu motivo eram os seus soberanos.
Pedro: — Também João, as duas coisas não se anulam.
Depois de comer, ainda passamos pela praia aonde nos beijamos pela primeira vez.
Jão: — Criei realmente um vínculo com essa praia. — Ele comenta.
Pedro: — Acho que eu também...Nem sei direito quem de nós dois tomou a iniciativa, mas quando vi, nossas mãos estavam enlaçadas, continuamos andando assim.
Não muito longe da praia, estávamos chegando em uma trilha que dava para a floresta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mas Eu Sou Um Pirata... - Pejão
FanficUm reino, um navio, um ataque pirata que terminou em um naufrágio. Um cavaleiro com sequelas de sua vingança, um pirata disfarçado se refugiando ao lado dos que mataram sua tripulação. Seria muita ironia se dois mundos tão diferentes se juntassem.