{XXV} Por você...

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"O que a gente sente é tão sincero

Tão raro quanto diamante

Nem o oceano é tão gigante

Quanto meu querer por você

Tanta gente só quer ter o que a gente tem

Alguém que faça bem

Tanta gente só quer ter o que a gente tem

Mas nosso amor é só nosso

E de mais ninguém..."

— Tão Raro, Melim

P.o.v. Narrador

Naquela manhã, os dois acordaram felizes no quarto de Pedro.

Pedro: — Bom dia, meu pirata. — Jão ouve logo que abre os olhos.

Jão: — Bom dia, meu cavaleiro. — Responde sorrindo e deixa um beijo no pescoço dele.

Pedro: — O que quer fazer hoje? — Pergunta, logo depois de eles se levantarem e comerem. — Ir à praia?

Jão: — Com certeza. — Ele abre o maior sorriso do mundo.

Eles vão até a praia de sempre e se sentam na areia, de frente para o mar.

Jão respirou fundo, sentindo o cheiro do mar, e se recordou de várias histórias das coisas que viveu. Pedro encostou a cabeça no ombro de João e ficou ouvindo.

Jão: — Bem para o norte, tem uma região em que a água é tão gelada que mal se consegue ver peixes, sempre diziam que era uma parte do mar com tão pouco sal, que era impossível nadar, pois qualquer um que tentasse afundaria muito rápido e praticamente congelaria.

Pedro: — Que interessante, e isso é verdade ou apenas conto?

Jão: — Infelizmente é verdade, — Ele suspira pesadamente. — Tivemos um acidente que não só comprovou isso como custou a vida de um dos nossos tripulantes. — Ele faz uma pausa breve. — E isso foi o início da nossa ruína.

Pedro: — Ahn, e por quê?

Jão não diz nada por um tempo.

Jão: — É uma história complicada, mas imagino que você saiba que teve um pirata que ajudou vocês a nos atacarem.

Pedro: — Sim, a Malu ficou infiltrada no navio por luas, o plano inicial era apenas descobrir sobre o próximo ataque, mas ela conseguiu um aliado para a gente também, que nos passou informações o suficiente para termos um plano bem elaborado.

Jão: — E nem deve ter sido muito difícil, não só pelas habilidades dela, digamos que o Renan... — Ele suspira. — Teve seus motivos para nos trair.

Pedro: — Eu acredito que trair aqueles a quem você deve lealdade é uma questão complexa.

Jão: — Definitivamente. — Ele suspira outra vez e em seguida balança a cabeça como se quisesse afastar seus pensamentos. — Mas eu jamais imaginei que um dia teria esse dilema.

Pedro: — Todos nós temos que passar por isso em algum momento, João, uma vez, quando fui espia de um dos reinos que destruímos, me capturaram e me ofereceram tudo que se pode imaginar em troca de informações de Scorpios.

Mas Eu Sou Um Pirata... - PejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora