Casa das memórias

55 6 0
                                    


Maya Bardot


Só a noite que me guarda, anjos com arma na contenção

Destrava minha 40, sangue esquenta com a ação A paz se ausenta, é denso, puxa o pulmão.. 

( Memórias, 1 kilo)

Aqui estou eu, sem comer ou tomar água, completando hoje três dias, sinto minha boca seca e meu estômago doer, tem um mês desde que fui sequestrada, me dói ver que minha ''mãe'' e Amélia se juntaram ao Alec, para me fazer mal. 

Desde que aqui cheguei, eu apanho todo dia dos três, mas de um tempo para cá Alec parou de me bater, para fazer algo pior.. Não sou virgem, mas ter meu corpo tocado a contra gosto doía, meu peito queimava, por muitas das vezes eu fingia que estava dormindo, só para tentar amenizar minha dor.. Não sei qual seria o horário naquele momento enquanto eu olhava pela pequena janela, mas ao ouvir a porta abrir, já sabia que seria hora do meu pesadelo.

- Ah, vejo que hoje estará acordada para brincarmos um pouco - Vejo aquela figura em pé na porta, me fazendo ter nojo de mim mesma, por ser tão fraca e nem me defender direito conseguir.

- Por favor, não me toca, Alec.. Eu..eu não sei o que te fiz, mas por favor, não encosta mais em mim - Eu falava desesperadamente, sentindo lágrimas quentes e insistentes molharem meu rosto, mostrando o quão apavorada eu estava naquele momento.

- Não seja tão cruel comigo, Maya, meu pau está doido para sentir sua boceta perfeitamente quente - Ele disse, vindo em minha direção, mordendo o lóbulo de minha orelha.

- Me..me mata, por favor, Alec, me mata - Eu balbuciava tão baixo, mas tenho certeza que ele ouviu, pois senti meu rosto arder e um barulho de tapa ecoar no pequeno quarto podre, no qual eu estava sendo mantida.

- Não diga asneiras, Maya! Nós iremos nos casar daqui a 1 mês, meu amor -  Ele dizia retirando sua calça, exibindo seu objeto de tortura.

- Por qual motivo você faz isso comigo, o que de tão ruim eu te fiz, Alec? - Eu  perguntei, vendo ele passar as mão pelo rosto, visivelmente irritado.

- Maya, você é minha, ninguém poderá sentir sua boceta, apenas eu.. E se não for eu, não será ninguém, agora chupa vagabunda - Ele disse, segurando seu membro, mole.

Eu cheguei perto de seu objeto de tortura, passei a língua e quando fiz menção de por na boca, eu mordi fortemente puxando para mim, ouvindo ele gritar, apenas parei quando o vi se afastar, com as pernas escorrendo sangue e metade de seu membro em minha boca, cuspi aquele lixo para longe.

- SUA PIRANHA FILHA DA PUTA! - Ele dizia me batendo, a última coisa que consegui falar  antes de desmaiar.

- Se Manca, Alec, eu prefiro morrer do que ser sua - Disse, sentindo meu corpo cair, sem ao menos eu conseguir me segurar.

(...)

Acordei sentindo minha cabeça latejar, olho pela minúscula janela, vendo o sol em seu pico alto..Me encostei na parede, eu vestia apenas uma calcinha e um sutiã que estavam tão velhos que estavam muito largos em mim, como se fossem de uma senhorinha bem mais avantajada que eu.

Ouvi a porta abrir, revelando minha progenitora, revirei os olhos ao vê-la, deitei no colchão sujo que me acomodava de costas para a sua presença, ouvi ela suspirar e começar a falar.

- Filha, eu não tive culpa, a mamãe precisou de dinheiro, mas você se negou em me dar - Ela falava, deixando um sanduíche e um suco, do qual eu não toquei, nada do que ela falasse ou fizesse me deixaria com dó, apenas sinto nojo.

- Ótimo, Camille. Eu te dei dinheiro durante anos, abdiquei de todos meus sonhos e planos apenas para te dar meu dinheiro limpo e conquistado com muito esforço e simplesmente quando eu não dou apenas uma vez, você me sequestra com outros dois retardados, vocês me espancam, abusam de mim como se eu fosse um lixo, como se eu simplesmente não existisse, deixa de ser cínica, porra! Só peço uma coisa. Me mata, mas saiba que eu quero que você morra com esse arrependimento, de ter sangue de suas filhas nas mãos.. As mesmas filhas que você fazia de prostitutas aos 6 anos, para ter dinheiro para drogas, As filhas que tinham que aceitar as coisas e comida dos outros, pois você simplesmente não se importava com elas, sabe o que é pior, você nunca irá mudar, você é uma pessoa suja, podre de alma, corpo, caráter e tudo que estiver em você.. Vai se foder, Camille, eu espero que você sofra muito mais do que eu sofri - Eu desabafei, sentindo um bolor se formar em minha garganta, meu peito queimar, ele subia e descia violentamente. 

Ela sai do quarto, eu permito derramar minhas lágrimas incontáveis, vários flash's vieram á memória.. Todas ruins, exceto do dia em que Eleonor me adotou e me ensinou o que é o amor de mãe e tudo que sei hoje, me vem mais um flash, que agora era meu e do Bill, rindo enquanto ele limpava o sorvete no qual eu havia acabado de esfregar na ponta de seu nariz, será que ele notou meu sumiço? Eu sinto tanto sua falta, falta de me sentir segura e em casa, no aconchego de seus braços.. O mundo não é bom com todos, né? Havia alguns dias quando notei o sumiço repentino de Amélia e de Alec, estando no local apenas eu e minha progenitora,  não sei se um dia terei compreensão para os perdoar.. Eu estou fervendo em ódio e garanto que se eu sobreviver, o karma deles serei eu.

Sinto algo gelado ser despejado em mim, vejo que  com é água com gelo e olho para quem tacou, vendo ser minha progenitora, cujo agora segurava uma barra de ferro, dava para perceber que é pesada, mas cheguei a conclusão quando senti várias porradas em meu corpo, eu protegia a cabeça, mas doí tanto, Camille só para quando escuta minha perna quebrar, ela não dizia nada, até aquele momento.

Eu chorava, não só pela dor de ter as pernas quebradas, mas por tudo que vinha acontecendo

- Maya, eu sou sua mãe, você não deve falar assim comigo, sua puta. Minha vida acabou quando tive você e sua irmã - Ela falava com ódio.

- Vai se foder, Camille, você melhor que ninguém, sabe que mãe você não é e nunca foi - Eu soltei uma risada ácida, sentindo uma pancada no estomago, vendo o sangue escorrer pela minha boca.

- PARA DE FALAR ASSIM, SUA PUTA, ME RESPEITA - Ela me batia mais e mais com a barra de ferro, meu corpo estava ficando mole, até eu ouvir barulhos de tiros e uma gritaria do lado de fora do local.

-  Saiba que se eu morrer, eu volto para te buscar - Ela disse ficando em pé em direção á porta, apertando a barra de ferro em suas mãos.

- Fica tranquila, depois me conta como é o inferno - Eu ri, ficando mole e perdendo a consciência.











Perdoem se eu demorar a postar capítulos novos, já tem uns dias que eu ando passando mal.. Tmj

Meu Pedaço de Pecado. || Bill Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora