Capítulo Cinquenta e Dois

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Leonardo Petrov

__ Leo... - me afasto da minha prima.

__ Desculpa, mas eu não quero falar agora.

Subo as escadas e vou para o quarto. Abro a porta e me sento na cama.

Respira fundo, Leonardo. Isso não é o fim do mundo. É apenas seu marido, a pessoa que você ama, simplesmente não lembrando de você.

O choro fica preso na minha garganta. Coloco as mãos sobre minhas coxas e começo a contar de 1 a 10

Raquel sabe quem é que fez isso. Com certeza ela sabe. Foi a mesma pessoa que matou ela. Minha mãe viu antes de morrer, eu tenho certeza.

Se realmente for o filho mais velho de cada família. Então seria Willian, ou Renato. Eles são os filhos mais velhos.

A quem eu deveria contar isso? Não posso contar ao senhor Donovan, é filho dele e nem ao meu avô, já que Renato é filho dele.

E também não posso contar a Dimitri. Ele não se lembra de mim, e provavelmente vai me mandar embora.

Deito minha cabeça no travesseiro e só penso em dormir um pouco.

Acordo repentinamente ao sentir um vento bater contra meu rosto. Me levanto da cama e vou até a janela a fechando.

Meu celular tinha algumas chamadas perdidas dos meus irmãos e prima, mas eu ignoro.

Por enquanto eu só quero sentar e refletir um pouco.

Vou até o banheiro, tomo um banho e escovo os dentes.

Coloco pijama e minhas meias do Homem de ferro. Sinto um pouco de fome e calço pantufas. Desço as escadas e vou até a cozinha.

A casa estava escura e silenciosa. Vou até a geladeira e vejo um bolo de chocolate. Corto um pedaço para mim e guardo novamente.

Coloco um pouco de suco em um copo e me viro para guardar a jarra na geladeira.

__ O que está fazendo? - me assusto e deixo a jarra cair no chão.

__ Ah, Dimitri - respiro fundo - você me assustou.

__ Por que está andando pela casa a essa hora?

__ Estou com fome, vim comer alguma coisa. Ou eu não posso? - me abaixo para pegar o vidro e acabo me cortando - merda!

__ O que está fazendo? - ele vem na minha direção e segura meu braço.

__ Foi só um corte.

Seu olhar em mim era frio, nada como antes. Eu não gostei, quero meu Dimitri de volta.

O mafioso leva minha mão até a pia e abre a torneira. A água leva meu sangue e meu dedo arde.

__ Tome mais cuidado. Eu não quero seu sangue sujando meu chão.

Piso no pé dele com força o fazendo resmungar e me soltar.

__ Sei que não se lembra de mim, mas não pode me tratar assim. Tenho sentimentos, Dimitri.

__ Não aja como uma criança mimada.

__ Mimado, eu?

Eu queria falar que era mentira, mas se parar pra pensar, eu realmente fui muito mimado pelo meu pai e pelo meus irmãos.

__ Quer saber? Eu até perdi a fome, tenha uma má noite! - tento o empurrar para que saia da minha frente, mas aquele muro não se move.

__ Você é muito irritante e falador. Cada vez cresce minha vontade de matar você.

Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora