Leonardo Petrov
Minha prima estava morta. Ela estava morta. Yasmin morreu, ela morreu.
É tudo que se passa na minha mente. Eu não estava conseguindo acreditar naquilo.
Olhando para seu corpo jogado no chão, tudo que imaginei que fosse acontecer, seria ela levantar e mostrar que nada aconteceu, era tudo invenção da minha cabeça.
Mas infelizmente não era. Yasmin estava morta e eu estava destruído.
Meu porto seguro nos momentos mais difíceis. Me fazia rir mesmo quando tudo parecia estar ruim.
Yasmin me ajudava em tudo. Eu sempre contei meus segredos a ela, porque eu confiava na minha prima.
Aquilo era injusto, a morte dela é injusta.
Eu estava de joelhos no chão, olhando para o corpo dela. Não consegui ter nenhuma reação.
Não consegui chorar, não consegui falar. Meu corpo estava preso ao chão e meu olhar preso ao seu cadáver.
Em estado de choque, é como eu melhor me defino.
__ Senhor - alguém chama por mim - não pode ficar aqui, está comprometendo o local do crime.
Eu não respondi.
__ Você a conhecia? Era algum parente seu?
__ Com licença, precisamos fazer a perícia.
Alguém tenta me tocar, mas eu o agrido com um soco.
Então alguns policiais me seguram e me puxam para trás.
Eu grito com raiva e ódio. Agora entendo o sentimento, era raiva que eu estava sentindo.
Raiva do assassino dela, raiva da máfia, raiva da Galina, raiva de mim. Estou com raiva da porra do mundo inteiro.
__ Se continuar assim vamos ter que o prender para que se acalme.
Mas eu não parei, porque naquele momento eu não pensava por mim mesmo.
Minha mente estava em branco e minhas reações não eram pensadas.
Os policiais desceram comigo, colocaram algemas nos meus pulsos e me prenderam dentro do carro.
Mas eu não passei muito tempo ali, porque Dimitri chegou e fez os policiais me soltarem.
Quando meu marido me segura em seus braços, eu me permito chorar.
Choro como nunca antes. Finalmente eu tinha percebido que ela se foi.
O pior de tudo, é saber que eu provavelmente tenho relação com a morte dela.
***
O detetive coloca um copo de água na minha frente. Eu me nego a pegar a água.
__ O senhor tinha alguma relação com as vítimas?
__ Minha prima e minha cunhada - respondo no automático.
Se passaram algumas horas desde a morte da Yasmin. Todos já sabiam que ela estava morta.
Como a polícia foi acionada e eu estava no local do crime, fui obrigado a depor.
Mesmo que minha mente e corpo estejam cansado.
Dimitri estava me esperando do lado de fora.
__ O senhor recebeu uma ligação da sua cunhada?
__ Sim!
__ E o que ela disse? Demonstrou medo ou preocupação?
__ Ela estava normal, como sempre.
__ Também conversou com sua prima?
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Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)
RomanceDimitri é um mercenário habilidoso, além de Don da famosa "A Bratva", máfia muito respeitada no mundo do crime. Os assassinatos que ele comete trazem um rastro de sangue pelo seu caminho. Frio e impetuoso, não se importa com ninguém, mata a sangue f...