Capítulo Sessenta e Nove

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__ Como é bom estar de volta em casa - a mulher exclama.

Ela joga a mala sobre o sofá. Yolanda anda lentamente para a cozinha. Mas assim que chega ao local, ela se assusta ao ver uma caneleira loira.

Nenhum dos seus filhos tinha cabelo loiro, então quem tinha invadido sua casa?

__ Ah! - ela grita e faz o intruso se assustar.

Julien estava tão concentrado em fazer o jantar e bebendo sua cerveja, que nem reparou que alguém tinha entrado na casa.

Ele estava se sentido relaxado ali. Sem estresse, sem tensão. Tinha um gosto acolhedor, de família, coisa que ele nunca teve.

__ Oi? - ele sorri um pouco nervoso.

A mulher pega a frigideira em cima do balcão. Ele tinha deixado ali para fritar os frangos.

__ Quem é você? O que está fazendo na minha casa? - a frigideira é apontada para si.

__ Eu sou o Julien.

__ Julien, quem?

O que deveria responder? Talvez a verdade seria melhor. Ele não pode machucar a mulher.

__ Sou... Amigo do seu filho, o Leonardo.

__ E eu deveria acreditar?

__ Eu pedi ajuda, um lugar para ficar e ele disse que eu poderia ficar aqui. Posso ir embora se preferir.

A mulher lentamente abaixa a frigideira. Ela coloca em cima do balcão e dá um sorriso.

__ Meu Leo sempre tão bondoso - a voz dela sai cheia de amor e carinho - está aqui a quanto tempo?

__ Desde ontem a noite.

__ Eu realmente espero que você não seja um assassino, ou um ladrão.

__ Eu não sou um ladrão. Só... Estou cozinhando. A senhora quer alguma coisa?

Yolanda ainda estava com um pé atrás. Ela não conhece aquele rapaz. Mas se era amigo do seu bebê, então não tinha com o que se preocupar.

E a porta não tinha sido forçada, ele estava usando a roupa do Gael e sua casa estava limpa.

__ Eu acabei de chegar de viagem e nenhum dos meus filhos inúteis vieram me recepcionar.

O loiro dá um sorriso, mas se mantém parado, não sabe como reagir. Deveria ir embora?

Julien não pode sair pela cidade assim. O filho da puta que está caçando  ele não vai parar até o encontrar.

__ Eles devem estar ocupados.

__ Impossível, meus filhos não fazem nada da vida. A não ser o Joaquim, ele sim faz alguma coisa. Deve estar no hospital agora.

__ Hospital? Ele está doente?

__ Não, faz residência em um hospital.

Julien se sentiu burro por não pensar o óbvio. Mas a palavra Joaquim e hospital na mesma frase o fez entrar em pânico.

O barulho de um celular eco pelo lugar. A mulher atende e começa a falar com uma pessoa chamada Yasmin.

__ Ou você chora ou me conta o que aconteceu, Yasmin.

Não demora muito para a mulher estar no chão em desespero.

__ A senhora está bem? - o loiro vai até ela para a ajudar.

__ Leo, o meu filho, ele foi sequestrado - a mulher chora.

Ela começa a passar mal e Julien não sabia o que fazer. Talvez devesse ligar para um médico?

Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora