Capítulo Setenta e Dois

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Leonardo Petrov

A pior coisa que poderia acontecer, é eu acordar em um quarto de hospital. E foi exatamente isso que aconteceu.

__ Você está melhor, querido? - minha mãe pergunta depois de ajeitar meu travesseiro.

__ Sim mãe, obrigado.

Para todos eu digo que estou bem, mesmo que eu não esteja tão bem assim.

Meu braço dói, minha cabeça dói e minha mente está uma verdadeira bagunça.

Eu não sei porque, mas situações que não existem parecem tão real.

A todo momento eu penso que Dimitri vai me deixar, ou que Mason vai morrer. E a culpa será toda minha.

Eu sei que Joaquim não fica sozinho e que Julien não o deixaria morrer, assim como eu posso ver ele o tempo inteiro.

Mas com o Mason é diferente. Ele está sempre sozinho e pode morrer.

__ Mãe e se o Mason morrer? - ela me olha surpresa.

__ Isso não vai acontecer, querido. Seu primo vai ficar bem - assinto.

__ Onde está o Dimitri? Por que ele não está aqui?

__ Eu já expliquei, Leo. Seu marido foi em casa só por alguns minutos. Ele deve voltar logo para ficar com você.

Alguém bate na porta e logo entra no quarto. Fico feliz ao ver meu pai ali.

__ Pai! - abro os braços para ele.

Meu pai me abraça com força, demonstrando sua preocupação. Ele deixa um beijo na minha testa.

__ Você está bem? Está sentindo dor? Eu quero falar com o seu médico - balanço a cabeça em negação.

__ Só um pouco de dor de cabeça.

__ Eu não quero que você sinta dor - ele beija meu rosto.

__ Eu fiquei com muito medo.

Donovan me segura nos braços dele. Eu gosto do abraço do meu pai, eu me sinto seguro, assim como com o Dimitri e com meu avô.

__ Não precisa mais sentir medo. Eu vou me certificar de cuidar da sua segurança e vou ficar mais um tempo na cidade, até que esse Zayn morra.

__ Obrigado! - fecho meus olhos - meu avô não vem?

__ É claro que ele vai vir. Ficamos muito preocupados com você - dou uma risada.

Ele puxa uma cadeira e se senta ao meu lado. Donovan segura minha mão e fica olhando para o meu braço machucado por um tempo.

Meu pai parece estar em seu próprio mundo. Mas seu olhar era de raiva.

__ Quem é você? - minha mãe pergunta.

Olho para a porta e vejo Kiara parada na porta do quarto. Ela não parecia feliz.

__ Essa é minha esposa, Yolanda - meu pai a responde.

__ Então mande sua esposa sair daqui. Meu filho só vai receber nesse quarto pessoas que o amam e se importam com ele. Quem não faz parte disso, está convidado a se retirar.

Kiara olha para minha mãe com raiva, mas ela mesmo assim não recua. Eu sei que Yolanda não irá recuar.

__ Você está louca? Como ousa falar assim comigo? - Kiara dá um passo a frente.

Meu corpo treme, com medo que ela possa fazer alguma coisa com a minha mãe.

__ Já chega, Kiara. Me espera no carro! - meu pai fala.

Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora