Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)

Capítulo Sete

Leonardo Ferraz

Seguro o urso de pelúcia contra mim e dou um abraço.

Só de pensar que ficou o dia inteiro com o Dimitri. Da até para sentir o cheiro dele na pelúcia.

__ Você eu vou da para o Luke - olho para o gato de pelúcia colorido.

Meu celular toca e eu me levanto para atender.

__ Mãe - dou um sorriso ao finalmente conseguir falar com ela - que saudades.

__ Oi, querido. Como você está se adaptando?

__ Estou indo bem - balanço minha perna ao ficar nervoso.

Será que eu deveria falar do meu vizinho? Acho que talvez não seja uma boa ideia. Minha mãe logo vai achar que eu estou namorado, o que não é o caso.

Dona Yolanda é um pouco sonhadora demais.

__ Fico feliz com isso. Filho... Eu sei que você está trabalhando. Mas será que pode vir aqui amanhã?

__ Uhm... Não sei mãe, talvez - suspiro - o que aconteceu?

__ Gael fez uma coisa ruim - meu semblante muda na hora.

__ O que ele fez agora?

Gael é o irmão que ficou falando de mim para o Erick.

__ Se meteu com pessoa erradas e agora está devendo a um homem perigoso. Ele veio aqui em casa e levou tudo que eu tinha de valor.

Me levanto e começo a andar de um lado para o outro.

__ Levou suas coisas? Por que não levou as coisas dele?

__ Já faz um tempo que ele voltou a morar aqui.

__ E a senhora não me disse nada?

__ Achei que fosse melhor ficar em silêncio sobre isso. Ele disse que seria apenas por um tempo - balanço a cabeça em negação.

Minha mãe ama ajudar todos os filhos, mas ele não vê como isso pode fazer mal a ela.

__ Eu vou ligar para minha chefe e pedir o dia de folga. Chego ai pela manhã - encerro a ligação.

***

No dia seguinte eu realmente liguei para minha chefe. Ela disse que eu teria que repor os dias trabalhando mais e eu não recusei.

Arrumo minhas coisas e guardo em uma mochila. Espero que seja rápido a minha ida até lá.

Peço um uber e logo estou indo em direção a casa dela. São mais ou menos 3 horas de viagem.

Quando chego, vou direto apertar a campainha.

__ Filho - ela me abraça.

__ Oi mãe - me afasto e dou um sorriso.

Ela da espaço para que eu entre na casa. Joaquim estava sentando no sofá, parecendo bastante irritado também.

__ Eu já falei para a senhora jogar esse vagabundo na rua, ninguém é obrigado a limpar as merdas que ele faz.

__ Concordo com o Joaquim, mãe. Gael vive fazendo merda e você é quem tem que ajudar.

__ O que você disse, em? - ele aparece na entrada da cozinha.

Meu irmão parecia drogado e com raiva. Ele estava com uma garrafa de cerveja na mão.

__ Repete se você tem coragem.

__ Vai dormir, seu bêbado - Joaquim revira os olhos.

Gael joga a garrafa de cerveja na minha direção. Ela pega na parede e um caco de vidro acerta o meu rosto.