Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)

Capítulo Onze

Leonardo Ferraz

Fico atrás de Dimitri, evitando ficar no campo de visão daquela mulher. Ela me olhava de uma forma tão estranha.

__ Não é da sua conta - essa foi a resposta que ele deu a ela.

__ Até onde eu saiba, essa casa também é minha. Eu não deveria saber quem entra e quem sai?

__ Não!

Aquela mulher respira fundo, prestes a falar alguma coisa, mas alguma coisa parece interromper a fala dela.

__ Resolvemos isso depois - ela se vira e vai embora.

Fico aliviado ao não ter mais seu olhar em mim.

__ Venha comigo! - ele me puxa pelo braço e me arrasta escada acima.

Sem ter muito o que fazer, apenas me deixo ser levado. Dimitri abre uma porta e me faz entrar.

Era um quarto, grande. Maior do que meu apartamento. O quarto era na cor, preta, cinza e branca. Tinha uma grande cama, um closet, um banheiro, uma mesa com cadeia que deveria ser para trabalhar.

__ Preciso tomar um banho - coloco a mão na minha cabeça - ai!

__ Está doendo muito? Me deixe ver - ele me faz sentar e se agacha na minha frente - vou perguntar ao médico se você pode tomar outro remédio.

__ Espera ai - seguro seu braço - vamos conversar.

__ Sobre o que? - abro a boca indignado.

__ Sobre tudo - faço ele se sentar e fico de pé - vamos começar com as câmeras que você colocou no meu apartamento.

__ Coloquei câmeras no seu apartamento - balanço a cabeça em negação.

__ Eu sei disso! Mas quero saber o motivo. Você não acha isso estranho? E a minha privacidade?

__ Quer um pedido de desculpas?

__ Seria bom para começar - cruzo os braços.

O russo me puxa para ele e me faz sentar em seu colo. Ele segura o meu rosto e sorri, me fazendo vacilar por um instante.

__ Me desculpe! Sinto muito por ter invadido sua privacidade - ele beija meu rosto e coloca o rosto no meu pescoço - você pode me desculpar?

__ Eu... Eu não sei - sinto um arrepio quando ele beija meu pescoço.

O que eu tinha que perdoar mesmo? Acho que esqueci por um momento.

__ Para! - o empurro para que se afaste - me peça desculpas por mentir também.

__ Quando eu menti?

__ Quando... - pisco meus olhos confuso - esquece! - suspiro.

Saio de perto dele e fico de pé. Retiro o casaco e jogo em cima da cama.

__ Vou conseguir roupas para você.

__ Quando vou poder voltar?

__ Para onde?

__ Para o meu apartamento. Você vai resolver isso, não vai? Ai eu vou voltar.

Dimitri olha para o chão nega com a cabeça.

__ Você não vai voltar.

__ Vou sim - o russo me puxa com força e me joga na cama com brutalidade.

__ Será que não entendeu ainda? Você vai ficar aqui, comigo! - fecho meus lábios para não gritar.

__ O que é isso, um sequestro?