Capítulo Cinquenta e Oito

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Leonardo Petrov

__ Me solta! - peço, por ele ainda estar me segurando pelos ombros.

__ Só se você jurar que seu irmão vai me deixar em paz.

__ Não sei do que está falando.

__ Leo! - alguém tira ele de cima de mim e eu posso finalmente me ver livre.

Me sento no chão e respiro fundo. Meus ombros ainda doendo um pouco pela força. Limpo meu rosto das lágrimas que não são minhas.

__ Você está bem, Leo? - Hana me olha com preocupação.

__ Sim, estou bem. Esse louco que me atacou. Você está muito desequilibrado, precisa de um psicólogo.

Julien estava sentado no chão, com as mãos sobre o rosto, ainda chorando.

__ Julien, você está bem? Quer que eu pegue um copo de água? - Hana pergunta prestativa como sempre.

Ele balança a cabeça em negação. O francês levanta o rosto e olha para mim. Os olhos estavam vermelhos e inchados por conta do choro.

Julien se levanta e vai embora sem falar mais nada.

Eu permaneço no chão tentando descobrir o que acabou de acontecer. Eu já o vi chorar uma vez, mas não assim, tão desesperado.

O francês e eu temos um ódio mútuo, mas ele foi capaz de me implorar e seria capaz de ajoelhar se eu pedisse.

Eu sei que meu irmão é vingativo, mas nunca pensei que ele fosse chegar a tanto. Seja lá o que tenha feito.

__ O que aconteceu?

__ Julien que chegou aqui me atacando. Como ele entrou?

__ Veio deixar um recado - ela estende a mão e me ajuda a levantar - eu vou contar a Dimitri o que ele fez.

__ Não! - eu grito e ela se assusta.

Se ela contar, eles vão descobrir o que meu irmão vez e isso pode se voltar contra ele.

__ Não quer que eu conte?

__ Por favor, Hana. Não fala nada do que aconteceu aqui. Deixa que eu resolvo isso, ok?

A coreana me olha questionadora, em uma pergunta silenciosa do motivo. Mas sei que ela não vai perguntar.

__ Se deseja assim - ela se vira de costas pra sair, mas antes de ir me olha por cima do ombro e fala: - da próxima vez que alguém atacar você assim, crave uma faca bem na carótida da pessoa - ela pisca um olho para mim e se vai.

Coloco minha mão na boca e dou uma risada. Talvez eu deva começar a andar por aí com uma faca.

***

Na noite do dia seguinte, eu tento furtivamente sair da casa sem ninguém ver, mas foi difícil já que Dimitri parecia ouvir até meus passos.

__ Onde você vai?

__ Ah, você já chegou - dou um sorriso - como foi o dia?

O mafioso anda em passos lentos na minha direção. Bato com minhas costas na parede e ele fica na minha frente.

__ Não gosto de saber que está saindo de casa.

__ Vou apenas visitar meu irmão e minha prima.

O russo segura minha cintura e me levanta. Envolvo a cintura dele com minhas pernas.

__ Você já deu sua atenção a eles, é a minha vez - o mafioso toma meus lábios em um beijo.

Ele aperta minha bunda e deixa um tapa ardido nas minhas nádegas.

Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora