Capítulo Trinta e Sete

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Leonardo Ferraz

Fico completamente surpreso com o que Dimitri me fala. Aquilo era possível?

__ Isso é verdade? Sua irmã, que está morta, atirou em você?

__ Sim! - suspiro.

Vou até ele e seguro seu rosto. Deixo um beijo em seus lábios e encosto minha testa na sua.

__ Você usou drogas, por isso não me atendeu?

__ Acha que estou ficando maluco? Eu sei o que vi, Leonardo. Eu a persegui e deixei seu rosto a mostra. Era a Galina!

__ Você disse para mim que ela estava morta.

__ E era para estar, porra! - ele grita me assustando - eu recebi algumas fotos e um vídeo. Foi perturbador, mas eu assisti. Ela estava morta.

Dimitri estava com muito mais raiva hoje do que no dia que estava gritando com Vince.

__ Isso está machucado? - passo a mão pelo seu peitoral.

__ Eu soube que ela tinha sido pega, estuprada e morta - arregalo os olhos - por isso eu estava naquele apartamento. Galina foi mantida em cativeiro por alguns homens envolvidos em tráfico e prostituição de mulheres.

__ Estava lá para matar eles - o abraço - sinto muito que tenha passado por isso, Dimitri.

__ Ela deveria estar morta.

O pior de tudo nem é isso. Galina tinha literalmente atirado no próprio irmão.

__ Então ela forjou uma morte horrenda e depois atirou em você?

__ Não sei até onde isso vai. O esquema de tráfico realmente existe. Tenho provas concretas disso. Cheguei a matar alguns deles. Ainda tem o pavoroso vídeo.

Eu fico tentado a falar alguma coisa, mas não sei até onde isso é de minha conta. Eu não conheci a Galina, então não opino sobre ela.

O caráter da irmã do Dimitri não pode ser julgado por uma pessoa que não a conhece.

__ Você deveria ir encontrar ela. Sabe... Ir para a Rússia e procurar por ela.

__ Ela cometeu traição, Leonardo. Isso chegará no Conselho e as coisas vão ficar piores.

__ Então a encontre primeiro. Quando a achar, converse com ela e pergunte o que está acontecendo.

Dimitri fica um pouco pensativo com o que eu falei.

__ Eu vou fazer isso. Irei com Vince hoje a noite. Mas não vou ficar muito, irei voltar logo.

__ Tudo bem, eu não me importo.

O mafioso se senta na cama e me faz sentar no colo dele. Deito minha cabeça em seu ombro e beijo o pescoço dele.

__ Estou deixando você muito tempo sem mim.

__ Não pode ficar grudado comigo o tempo inteiro.

__ Sabe que é meu, não é? - assinto.

Dimitri segura minha nuca e toma meus lábios em um beijo sedento, que me deixou em fôlego.

__ Eu não irei sair daquela casa, prometo - faço um sinal com a mão - está vendo isso? Sinal de escoteiro, eu fui escoteiro.

__ Isso é mentira.

__ Isso não é mentira! - falo com raiva.

__ Fiz um dossiê da sua vida. Não estava escrito que você foi escoteiro.

Abro a boca, surpreso com sua declaração. Ele realmente era maluco, obcecado do caralho.

__ Não acredito que fez isso.

Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora