Meu Misterioso Vizinho (Romance Gay)

Capítulo Setenta e Três

Leonardo Petrov

Meu corpo inteiro se arrepia quando eu sinto alguém do meu lado. Eu acabei de ser acordado, portanto, permaneço de olhos fechados.

A pessoa ao meu lado se movimenta e eu sinto ainda mais medo.

Por favor, que vá embora!

__ Senhor, me solte! - o grito da mulher me faz abrir os olhos.

Tinha uma enfermeira do meu lado, ela parecia com muito mais medo do que eu estava.

Olho para onde minha mão estava. Minhas unhas estavam cravadas em sua pele, em um aperto firme. Eu estava apertando com força, ao ponto de deixar a marca da unha.

__ O que está fazendo?

__ Eu só vou trocar o seu curativo. Me solte, por favor!

É isso que eu faço. Abro minhas mãos e deixo o braço dela livre.

Eu não senti o meu próprio movimento. Apenas machuquei ela, sem sentir absolutamente nada. Foi apenas medo.

A enfermeira me olha assutada. Ela da um passo para trás e olha o braço machucado

__ Me desculpa, eu não tive a intenção. Apenas fiquei com medo. Me perdoa!

__ Está tudo bem - ela sorri sem vontade - eu já terminei aqui, com licença!

Quando vai sair, ela acaba batendo no Dimitri. A mulher se desculpa e vai embora.

__ Onde estava?

__ Passei em casa para tomar banho. Está melhor?

O que eu deveria responder? Não sei como estou realmente. Minha mente ainda é confusa.

Eu deixei aquela mulher com medo. Olho para o meu braço com o novo curativo.

__ Eu estou bem - dou um sorriso - acho que eu devo pedir ajuda para tomar banho.

Dimitri muda o semblante para um com raiva e eu finalmente reparo no que falei.

Mas é comum quando se está no hospital. É necessário ajuda para não molhar o curativo.

__ Eu posso ajudar você.

__ É claro que sim, meu amor.

Depois do meu banho, eu volto para a cama.

__ Estou cansado de ficar na cama - reclamo.

__ Então sente um pouco - reviro os olhos.

__ Isso não muda muita coisa, Dimitri.

Ele beija o meu rosto e minha raiva vai embora. Meu marido é capaz de tirar o melhor de mim, assim como também é capaz de tirar o pior de mim.

Uma enfermeira trás alguma coisa para que eu coma, mas me recuso.

__ Vamos Leonardo, você precisa comer.

__ Estou com dor.

__ Onde? - ele pergunta e eu aponto para o braço.

Foi apenas poucos minutos, mas logo estava vazando sangue do machucado.

Meu marido chama a médica. Ela disse que tinha infeccionado aquele machucado. A faca usada parecia em mim não pareceu estar em bom estado.

Quando chega o horário do almoço, eu sinto meu corpo suar. Começo a sentir ainda mais dor no braço.

__ O que Leonardo tem? - Dimitri tinha chamado a médica novamente e estava brigando com ela.

__ Eu não sei, senhor.