28 - Compartilhar

607 32 23
                                    


౨ৎ Carol ౨ৎ

Encaro o seu rosto sério assim que paro o carro em frente à floricultura e ela não move sequer um músculo.

— Deixa que eu vou até lá. Dálias né? - pergunto e ela afirma balançando a cabeça. — Certo. Já volto.

Antes de sair afasto seu cabelo do rosto e deixo um beijo suave em sua bochecha.

Depois das flores compradas, vamos andando até o lugar onde a sua mãe está enterrada. Nunca é uma tarefa fácil mas sempre seguimos até o fim.

▪️▫️▪️

1
mês depois

Desde que decidi que não ficaria com mais ninguém, Sophia e eu estamos literalmente inseparáveis. Já dividíamos o mesmo quarto e agora juntamos também as nossas camas.

Resolvemos abrir o jogo com Luiza e contar sobre tudo, afinal além de minha melhor amiga, ela mora com a gente e estava se tornando impossível de esconder. Valentina também já sabe, nós conversamos com as duas juntas, com muita ajuda da Camila. O que foi crucial para que eu não tivesse uma crise quando o nervosismo tomou conta de mim.

— Essa camisa é minha? - pergunto à Sophia que está em frente a penteadeira fazendo as sobrancelhas, assim que chego do trabalho e entro no quarto. — Espera! Até a minha calcinha nova?!

— O que que tem? - ela devolve a pergunta, me olhando através do espelho, antes de dar de ombros.

— Você é incorrigível, agora eu tenho certeza.

— Ah é? Você acha mesmo? - pergunta ao se virar de frente para mim com um sorriso maldoso no rosto após o meu comentário.

— É sim. - digo cruzando os braços. — Eu não acho, acabei de falar que tenho certeza.

— Quer que eu tire e te devolva? Ou você mesma vem tirar? - pergunta com a mão esquerda na cintura, segurando a pinça na outra.

Respirei descompassadamente com um sorriso nos lábios que imitaram o dela, agitando a cabeça para os lados em seguida para não cair no seu jogo.

— Não me provoque. - digo e caminho até o guarda-roupa, já tirando a jaqueta jeans que estou vestindo.

— Não consegue resistir né? - pergunta, já encarando o espelho novamente, e eu ficando com meu olhar preso em sua bunda quando viro o rosto para responde-la.

— Por que está fazendo isso uma hora dessas?

— Porque estou com muita energia acumulada, não parei desde que cheguei do colégio.

— Luiza e Camila não estão em casa? - pergunto notando o silêncio no apartamento, enquanto separo uma roupa para vestir.

— A Lu saiu pouco depois que cheguei. Mas a Camila tá por aí com a Tina, provavelmente no quarto.

— Então tá. Vou tomar um banho. - digo e volto a caminhar pelo quarto. — E você vista um short pelo menos. Não está andando por aí desse jeito né? - paro do lado dela, com uma das sobrancelhas arqueada e a mão apoiada sob a penteadeira.

— É claro que estou. - ela responde, se virando e passando os braços pelo meu pescoço para repousar as mãos em minha nuca. — Algum problema?

— Nem brinque com isso. - respondo descendo as mãos até a sua bunda. — Só eu posso te ver assim.

— Certo. - ela ri, escondendo o rosto no braço. — Vai tomar seu banho, não tem graça brincar com você.

— Vou. - digo, juntando os nossos lábios antes de deixar o quarto.

Minha Adorável Sophia Onde histórias criam vida. Descubra agora