౨ৎ Carol ౨ৎAssim que acordei pela manhã peguei o meu celular e liguei para o Cristian.
Eu iria levar a Sophia até lá no fim de semana para que ela visitasse o túmulo da mãe, sei como isso é importante para ela. Ele concordou imediatamente e eu aproveitaria também para ver a minha mãe, que está deprimida desde que perdeu o bebê.
Depois de encerrar a chamada fui escovar os dentes e preparar um cappuccino, estava cedo demais para comidas sólidas.
— Que cheiro mais tentador! - Luiza entrou na cozinha de repente e eu tomei um susto.
— Meu Deus mulher! Quer me matar? - perguntei levando a mão ao peito e ela deu risada.
— Eu não. Só quero uma xícara desse cappuccino. - respondeu em meio ao riso.
Peguei uma xícara e a servi adicionando um pouco de canela pois sei o quanto ela gosta.
Nós duas nos sentamos e o casal da casa entrou na cozinha em seguida.
— Bom dia. - Valentina disse com o rosto amassado de tanto dormir e puxou uma cadeira se sentando com a gente.
— Bom dia minhas bonequinhas. - Camila disse e Luiza e eu respondemos juntas.
Camila passou pela gente indo até o armário e pegou duas canecas para elas.
Enquanto nós tomávamos o cappuccino Camila ia trazendo pãezinhos, torradas e bolo para a mesa.
— Vou ver se a Sophia já acordou, ela adora pão de mel. - falei me levantando.
— Nossa que irmã mais atenciosa. Será que hoje chove? - Valentina brincou e eu revirei os olhos ironicamente rindo logo depois.
Nem fiz questão de responder, somente fui até o quarto.
Sophia já estava acordada e grudada no celular, tive que chama-la mais de uma vez para que me desse atenção.
— Oi Lolly, bom dia. - disse largando o celular e saindo da cama sorrindo de orelha a orelha.
— Bom dia pirralha. - falei e ela fechou a cara com os braços já envolta do meu pescoço.
— Para de me chamar assim.
— Porque? - questionei rindo.
— Já sou uma mulher, não está vendo? - retrucou se afastando e me fazendo analisá-la da cabeça aos pés.
— Não. - respondi e virei as costas saindo do quarto e ela veio atrás de mim.
— Não?! - Sophia parou da minha frente com um semblante de decepção e eu sorri de canto. — Tem certeza disso?
Dessa vez ela pegou as minhas mãos e colocou na cintura dela.
— O que tá fazendo garota? - falei tirando as minhas mãos e ela colocou de volta.
— Ainda não está vendo? - questionou novamente aproximando os nossos corpos e me encurralou na parede deslizando as minhas mãos pelo corpo dela até parar na bunda.
Tive que respirar fundo para manter o meu autocontrole. Ela chegou o seu rosto pra perto do meu fazendo as nossas bochechas se tocarem e eu fechei forte os meus olhos.
Ouvi as risadas que vinham na nossa direção e a afastei rapidamente assim que alguém apareceu.
— Vamos logo antes que elas comam todo o pão de mel. - falei sentindo o nervosismo.
— Bom dia Soso. - Camila cumprimentou ao passar pela gente junto da Valentina.
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Depois de fazer companhia pra Sophia e Luiza na mesa eu fui trocar de roupa. Esse tempo maluco não se decide e a manhã estava um pouco fria, então vesti uma calça jeans larguinha e uma blusa de manga longa, deixei o cabelo solto e passei um rímel e um gloss vermelho pra não ficar sem nada no rosto.
A sala de aula estava numa agitação absurda em plena quarta-feira, o conteúdo da matéria realmente era muito complexo. Nós acabamos almoçando lá no campus mesmo, estávamos Luiza, Joana, Chloe, Leo e eu sentados à mesa quando a Laura se aproximou perguntando se podia sentar com a gente.
É claro que eu concordei, e a cada 2 minutos ela olhava para onde estava o cara do dia anterior, que encarava a gente sem parar, cara esse que eu descobri ser ex namorado dela.
Lembrei do Eric e perguntei por ele e Laura somente disse que ele não veio para a faculdade hoje. Eu não perguntei mais nada além disso, só fiquei sentada conversando com as meninas enquanto comia.
Sai da faculdade às 18:30 e nem sequer consegui passar em casa para tomar um banho ou jantar, tive que ir direto para o teatro trabalhar.
Cumprimentei o segurança, subi as escadas, me sentei com o grupo, participei do debate, fiz algumas alterações e ajustes, e por fim assisti ao ensaio. Exausta mas extasiada com a perfeição de tudo naquela peça, seria um verdadeiro espetáculo e minha primeira participação em algo tão importante.
Respirei aliviada quando o ponteiro marcou 23:00 e me apressei pegando as minhas coisas e indo para o carro.
Comecei a dirigir e não demorou para o cérebro assimilar minha situação e o estômago doer de fome. Estava tão cansada, louca para chegar e tomar um banho.
▪️▫️▪️
Assim que o elevador fez o seu famoso som ao chegar ao 7º andar e sua porta abrir, senti um grande alívio. Peguei as minhas chaves e abri a porta, encontrando Sophia acordada sentada no sofá assistindo tv.
— Ah, você chegou. - falou e olhou pro celular, depois largou ele no braço do sofá novamente. — Seu prato está no microondas. É só esquentar. - ela sorriu pra mim e em seguida voltou a sua atenção para a tv novamente.
— Obrigada. - respondi de fato muito agradecida e fui direto comer.
Eu comi toda a comida do prato em questão de poucos minutos, estava faminta. Depois deixei o prato na pia e segui pro banheiro tomando um banho quentinho, escovei os dentes e entrei no quarto colocando um vestido levinho para dormir.
Antes de me deitar voltei na sala chamando a Sophia que na mesma hora desligou a tv e me acompanhou.
Foi deitar a cabeça no travesseiro e o cérebro desligar.
No dia seguinte amanheceu fazendo 16°C e eu estava a ponto de congelar vestida daquele jeito, olhei pro relógio na mesinha do lado da minha cama e ainda era 05h e pouco da manhã, então só levantei pra pegar outro cobertor. Aproveitei para pegar mais um e cobrir a Sophia que estava dormindo quietinha na cama dela e voltei pra minha.
Depois do dia super puxado que tive ontem, pelo menos hoje a minha aula só começa às 10h. Pude voltar a dormir tranquila com esse pensamento.
(...)
Levantei às 09:00 tomando um café preto e fui pra faculdade. Cheguei em casa com Luiza às 13:00 pra almoçar, Sophia já tinha ido pra aula, então éramos só nós duas.
— Acho que eu não vou voltar, 15h40 a aula já vai ter acabado, nem compensa ir. - Luiza falou da varanda.
— Compensa sim, eu já estou indo. - falei ajeitando a minha mochila no ombro. — Não vai ir mesmo?
— Não. - ela respondeu e eu dei de ombros.
Me despedi e sai.
A aula era com a Dolores e eu já fui sentar no fundo da sala, não sabia que a aula seria com ela mas tudo bem, nada nessa vida é perfeito.
MENSAGEM
Carol: a Dolores? sério? me deixou sozinha com ela?
Luiza: Você vai sobreviver 😜
Guardei o celular e apoiei o meu cotovelo na mesa, mordendo o topo da caneta enquanto lutava contra o tédio.
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Minha Adorável Sophia
Teen FictionTudo ia muito bem em minha vida, estava no meu último ano da faculdade e tinha um emprego estável. Contudo minha estabilidade ficou ameaçada depois que a filha do meu padrasto veio morar comigo à pedido de nossos pais que já não sabiam o que fazer...