2 - Posso não resistir

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   Carol  

— Sophia eu preciso sair daqui, é sério. – falei já com a respiração pesando.

— Me empresta o seu celular, vou tentar ligar pra Cami. – minha irmã pediu e não pensei duas vezes antes de entregar o celular pra ela. Em qualquer outra situação ela jamais tocaria no meu celular mas dessa vez não tinha jeito.

Eu já não estava no meu estado normal antes, agora então... minha vontade era de arrancar toda a roupa, meu coração estava batendo mais forte, aquela sensação era muito estranha.

— CONSEGUI! – gritou Sophia me trazendo de volta. – Camila, tá me ouvindo? Preciso de ajuda. Carol e eu estamos presas dentro de uma salinha do outro lado do auditório... depois do bar. Pode vir aqui? ... e a Luiza? Está aí perto de você? ... que droga! ... tá, ok, to prestando atenção... sim... blz... valeu.

— Por favor diz que alguém está vindo tirar a gente daqui – eu precisava sair dali, preciso de ar fresco e tomar um pouco de água.

— Não. Mas Camila me disse como abrir a porta.

Me senti um pouco mais tranquila após a ouvir.

Sophia ligou a lanterna do meu celular e percorreu a porta mirando a luz para baixo e lá estava, o trinco ficava na parte de baixo.
Eu estava ofegante como se tivesse corrida uma maratona e soando como se acabasse de sair de uma sauna, completamente bêbada.

— Vem cá, me dá sua mão. Vamos pegar um táxi, vou te levar pra casa. - Sophia disse com a voz mansa assim que saímos daquele lugar e eu não questionei, peguei em sua mão e deixei que ela me guiasse.

Saímos e ficamos esperando pelo táxi na entrada da faculdade, sentadas no banco do ponto de ônibus. Sophia tinha vestido sua jaqueta em mim mesmo eu repetindo que estava com calor e que queria tirar toda a minha roupa, ela insistiu em dizer que estava muito frio e que eu acordaria passando mal se não ficasse bem aquecida.

▪️▫️▪️

Chegamos em casa depois de esperar bastante por um táxi e acabar chamando um uber. Foi um sacrifício enorme ter que subir todos os 7 andares pela escada -maldita hora pra esse elevador quebrar- mas vencemos. Sophia abriu a porta e me levou para dentro, ainda me segurando pela minha mão.

—- Vem, vou te ajudar a tomar um banho... garanto que vai se sentir melhor. - minha irmãzinha falou e na mesma hora eu fechei a cara.

— Não vou tomar banho nenhum, piorou com você me olhando. – respondi e sai andando em direção ao quarto enquanto ia tirando a roupa pelo caminho, estava derretendo de calor.

— Você precisa de um banho, vai te fazer bem. Eu fico do lado de fora e se você precisar de ajuda me chama, pode ser assim? - Sophia argumentou vindo andando atrás de mim.

Entrei no quarto e me sentei na cama, já vestida apenas com o short e o sutiã.

(...)

— Ok, mas você vai ficar do lado de fora.

Sophia apenas concordou com a cabeça e eu me levantei e fui pro banheiro.

Entrei e deixei a porta aberta, fechando apenas o box, tirei o restante da minha roupa e pendurei na abertura de cima do box mesmo.

Liguei o chuveiro e me enfiei embaixo dele, erguendo a cabeça para cima deixei a água gelada cair abundantemente no meu rosto.

Senti meu corpo relaxar, porém o calor não passava, o meu sangue fervia. Aos poucos pude sentir o efeito do álcool diminuindo, mas algo pior começava a tomar conta de mim.

Minha Adorável Sophia Onde histórias criam vida. Descubra agora