Playing With Fire

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P.O.V Lisa

Por vezes nos pegamos pensando em inúmeras possibilidades de estrelato, é como se nosso inconsciente buscasse formas de nos fazer ficar marcados na história por algo. Viver as vezes pode ser como nadar em oceano aberto, você sente como se não estivesse indo a lugar algum, até o dia em que você consegue ver a praia.

E eu digo isso porque desde muito nova eu tinha a vontade de ser reconhecida por algo, algo grande, nem que eu tivesse que inventar algo para que isso acontecesse, e eu realmente tentei pensar em coisas úteis que ainda não tinham sido inventadas, mas como pode-se perceber, não deu certo, porque eu não fiquei conhecida por inventar algo extraordinário e completamente novo, mas sim por outras formas, e eu digo isso pois até chegar onde cheguei, eu precisei passar por muitas coisas, mas nunca deixei com que pisassem em mim no processo, eu provavelmente quebrei muitos narizes nessa trilha à popularidade, e arrancaria muitos outros dentes se fosse necessário. Playboys babacas. Era como se fosse um ataque histérico do karma para cima de mim, quando você participa de eventos assim e vive nesse meio de vida em que as pessoas gostam de apostar para obter entretenimento, você consequentemente acaba conhecendo muita gente escrota no processo.

Mas eu não me defendo muito, eu também já fui uma pessoa bem ruim algumas vezes, não em questões de ser como aqueles bichinhos mimados de algum laboratório experimental de criação de uma sociedade completamente sem bom senso ou noção básica da vida. Mas sim em questões de ter que afastar a minha pessoa de outras com possíveis fins destrutivos, é como se desse para sentir quando alguns relacionamentos não vão levar à nada que seja meramente bom de verdade, e eu dispensava quaisquer superficialidades. Mas até onde você poderia ir por algo que realmente gosta?

- Que inferno, como assim, o Namjoon se descaralhou numa curva com o carro? – perguntei com a respiração eufórica enquanto caminhava a passos apressados pelo extenso corredor branco iluminado do hospital.

- Eles disseram que o Kai empurrou ele pra fora da pista hoje mais cedo, enquanto o Joon andava perto do Luxor – respondeu Jisoo acompanhando-me pelo lugar até o quarto em que Namjoon se encontrava.

- Podemos entrar? – perguntei parando impaciente frente a uma porta branca com alguns papéis dentro de uma caixinha de acrílico transparente colada na porta.

- Ele já acordou, mas disseram para não ficarmos fazendo muitas perguntas pra ele, ele pode estar confuso ainda – disse Jisoo abrindo a porta para que eu passasse.

- Lili! – disse Jin levantando-se da cadeira ao lado da cama e vindo ao meu encontro, abraçando-me.

- Eu vim o mais rápido que pude, Jin, o que aconteceu? Como ele está? – perguntei segurando as mãos do mais velho a minha frente.

- O doutor disse que ele estava bem, não quebrou nada, só sofreu alguns arranhões externos e trincou o pulso do braço direito, ele estava desmaiado, mas acordou e agora só está cochilando um pouco, ele parecia bastante cansado – disse ele voltando a sentar na cadeira e segurar a mão de Joonie.

- Jisoo me disse que o Kai empurrou ele pra fora da pista – disse aproximando-me da cama e observando a feição machucada de Namjoon.

- Foi isso mesmo, o Joonie estava passeando perto do Luxor quando o Kai veio pra cima do carro dele, ele tentou desviar, mas iria acabar batendo no carro da frente, perdeu o controle e bateu o carro em uma árvore fora da pista, o carro ficou péssimo, disseram que o Kai sequer parou, só continuou como se nada tivesse acontecido – disse Jin com certo amargor na voz, apertando sutilmente a mão de seu namorado.

- Eu juro que vou foder com a vida daquele rato nojento – disse fazendo cara de desgosto e cerrando ao punhos.

- Não faça nada do qual você vá se arrepender depois, Lili – disse Jisoo atrás de mim, agora com as mãos em meus ombros.

A Billion Reasons - ChaeLisaOnde histórias criam vida. Descubra agora