P.O.V Rosé
O amor poderia ser como descobrir a chave para o paraíso interno de outras pessoas, era como explorar e desvendar cada centímetro dos jardins da alma de alguém, eu devo admitir que não me apaixonei muitas vezes ao longo minha vida, mas nem por isso eu era completamente leiga no assunto, para mim o amor era essencial, eu li em um livro de psicologia uma vez que o ser humano não poderia viver sem o amor, sem que ele fosse amado, nós precisávamos desse porto seguro em alguém ou algo para poder voltar a praia quando nos sentíssemos mal, já que o ser humana está em constante busca para a felicidade e por satisfazer seus desejos e necessidades contínuas.
A vida poderia ser engraçada nessa questão, pois em algum momento de nossas vidas alguém que sempre nos fez rir, nos fará chorar.
Ler era como ter uma lanterna em uma caverna escura para me guiar, era luz, e tinha um poder inimaginável, um livro era capaz de nos fazer rir, nos trazer lágrimas aos olhos para chorar, nos dar sorrisos para os lábios carregarem, aquecer nosso coração ou o despedaçar por completo. Assim como os seres humanos poderiam o fazer por igual se quisessem.
A manhã estava quente demais para um começo de semana, se é que existia algo escrito em algum lugar que não deveria fazer tanto calor em plena segunda-feira. Eu havia dormido tão bem que não podia deixar de exalar um ótimo humor, eu estava em excelente forma, eu me sentia radiante, mas igualmente ansiosa, um frio na barriga incômodo estava me matando. Mamãe já havia começado a frequentar o hospital a partir daquela manhã, e nós iríamos passar a frequentar a universidade por aqui, eu estava visivelmente nervosa, eu detestava precisar mudar de escola, pois eu sempre me perdia e criava toda uma cena constrangedora em cima disso.
Eu estava terminando de arrumar meu cabelo, estava vestindo algo mais leve por conta do imenso calor que fazia, um cropped mais justo e curto na cor preta com uma camisa social feminina com gola em V, na cor azul acinzentado transparente por dentro da calça jeans escura e um par de tênis Adidas branco e preto. Peguei minha bolsa, organizei o material dentro dela e sai, descendo as escadas e indo sentar em um dos bancos do balcão onde Jennie estava debruçada dormindo enquanto mamma Moonbyul fazia o café.
- Bom dia – disse sorridente e recebendo um sorriso contente da mulher agora sentando-se a mesa.
- Bom dia, Miss Sunshine – disse ela fazendo-me sorrir corada.
- Mimi ainda está no quarto? – perguntei sentando-me a mesa e pegando um pequeno morango na cesta de frutas disposta ali.
- Ela está se arrumando, se não for para levar um longo tempo escolhendo uma roupa, não é o nosso passarinho – disse ela rindo - NiNi, acorde, vamos tomar o café.
- Ela foi dormir tarde ontem fofocando com a Nayeon e o Jackson – disse passando geleia em uma fatia de torrada.
- Não fui não, sua X9 fofoqueira – retrucou Jennie levantando-se preguiçosamente do banco e sentando-se a mesa conosco.
- Miyeon, meu anjo, você está indo para a universidade, não para a competição de Miss Malibu na Califórnia – disse mamma nos fazendo rir.
- Essa foi foda, nossa – disse Jennie rindo.
- Vocês vão de carro hoje? – perguntou Moonbyul.
- Eu que não vou andando – respondeu Jennie prontamente.
- Desculpem pela demora – disse Miyeon surgindo repentinamente e sentando-se a mesa.
- Que horas a mamãe saiu? – perguntei enquanto saboreava minha torrada.
- Acredito que era 5:40am, aproximadamente, meu anjo – disse a mulher mais velha para mim enquanto tentava puxar em sua memória o horário exato.
- Que cedo, ela madrugou – respondi surpresa.
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A Billion Reasons - ChaeLisa
RomanceA vida não poderia ser mais avassaladora. A vida pode ser muitas coisas, ela pode ser lenta, quase parando ou agitada demais até para quem a vive nessas circunstâncias, a forma como levamos a vida é o nosso cartão especial de visita, pois ele diz mu...