P.O.V Jisoo
Arthur Schopenhauer dizia que a solidão era a sorte de todos os espíritos excepcionais, então por que nós continuávamos procurando por amor? A dor, nós a sentimos, mas não sentimos quando ela está ausente, alguém disse uma vez que o amor era a compensação da morte, mas como isso viria a acontecer? Eu não sabia, não desejava morrer por alguém, não me prestaria a tal papel, porém, dependendo de como as coisas forem acontecendo a dor será tudo o que irá restar.
Por vezes eu me perguntava se o amor viria a ser amor mesmo se doesse à quem sentisse, e eu nunca soube responder essa pergunta, talvez ela não tivesse resposta, talvez ela não quisesse ser respondida, a dor simplesmente doía e continuaria doendo até o dia em que nos damos conta de que ela sumiu, desapareceu e desvaneceu entre as estrelas do céu. A vida poderia ser dolorosa demais para almas sensíveis, talvez doesse demais até para aqueles que sobrevivem às quedas, mesmo que eles jamais o admitissem, no fim doeria à todos nós da mesma maneira, nós nascemos sozinhos e morremos sozinhos, então por que nós nos daríamos o trabalho de passar nossa única vida disponível buscando por alguém a quem nos amar? Qual era a diferença entre amor próprio e o amor alheio? Existia realmente uma diferença nisso além de trocar afetos e frases compostas para ter a quem impressionar? Eu não entendia muito sobre o que era realmente amar alguém, não que eu fosse amarga, na verdade eu apenas não tinha conhecido ninguém que me despertasse algo tão além de uma profunda amizade eterna, mas repentinamente alguém surgiu como se houvesse uma aura brilhante ao seu redor, talvez fosse isso que indicasse que você estava se apaixonando por alguém, você consegue ver esse brilho que ninguém mais tem, só ela, sempre ela.
Jennie era uma garota eufórica, as vezes tinha um humor péssimo de se colocar óculos escuros, ficar o dia inteiro com um suéter preto e ficar de braços cruzados em um canto com cara de poucos amigos, como se ela estivesse indo ao próprio funeral, o funeral de seu bom humor que faleceu um dia antes, mas ela era doce, animada, frenética, inquieta, ela realmente gostava de se vestir bem sempre e se não houvesse ao menos um pequeno item que fosse da Chanel com ela, não era ela, era provavelmente o mesmo ET que abduziu a Avril Lavigne e a trocou por uma versão sucumbida em pura escuridão. Jennie era... Simplesmente a Jennie, ela brilhava, seu sorriso era o meu favorito com aqueles dentinhos pequenos, seus olhos grandes e iluminados pelas luzes do ambiente, ela me dava calafrios sempre que a via caminhar em minha direção com aquela expressão marcante dela segurando sua bolsa em seu ombro e seu iphone com uma capinha colorida e cheia de desenhos fofos na outra mão, quando eu via seu Porsche chegar, sentia borboletas no estômago, eu sempre ficava ansiosa para vê-la, e era assim todos os dias em que nos encontrávamos na universidade ou quando saíamos juntas. Eu sentia que talvez eu não tivesse respostas para minhas próprias perguntas, mas por alguma razão eu sentia que poderia descobri-las pessoalmente com Jennie, já que não importava quantas pessoas haviam no mundo, ter ela ali comigo já era tudo que eu poderia desejar dele.
Lisa estava se arrumando em seu quarto enquanto bebia uma latinha de Pepsi, Minnie estava pronta e deitada no sofá ouvindo música na tv com o volume alto, quem a visse e visse seu ânimo sequer imaginaria que ela estaria indo para uma festa, Minnie era sempre assim, despreocupada, sem pressa, sem ansiedade, sem absolutamente nada, era literalmente apenas Minnie e o sofá branco com almofadas pretas da sala de estar e a grande televisão à sua frente. Eu estava guardando algumas coisas que havíamos comprado e separando o que levaríamos para a casa de Somi.
- Chu – ouvi Minnie resmungar da sala para mim na cozinha.
- Hm? – murmurei.
- Podemos começar a beber? – perguntou a garota.
- Já disse que não, precisamos estar sóbrias para dirigir até a casa da Somi, Nicha – respondi soltando um riso nasal.
- Qual é, uma cerveja não faz mal à ninguém, Jichu – resmungou ela de volta para mim fazendo bico.
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A Billion Reasons - ChaeLisa
Lãng mạnA vida não poderia ser mais avassaladora. A vida pode ser muitas coisas, ela pode ser lenta, quase parando ou agitada demais até para quem a vive nessas circunstâncias, a forma como levamos a vida é o nosso cartão especial de visita, pois ele diz mu...