Capítulo 22: O melhor amigo de Louis Tomlinson

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Louis estava em Teladore, na sua atual missão de recuperação do laboratório geral. Apesar do trabalho intenso que já acontecia durante semanas, ele não sabia ao certo se estavam fazendo algum tipo de avanço já que, antes da guerra, havia ali vírus e materiais de séculos e séculos. Por isso, era impossível recuperar tudo da forma que era antes, mas pelo menos eles estavam tentando. Duas equipes até viajaram para outros setores recolhendo tudo o que poderiam achar.

O rapaz fazia todo o tipo de trabalho, não se importava e nem mesmo fazia questão de pegar os mais complexos e difíceis. Apesar de ser um dos melhores biomédicos daquele lugar, Tomlinson era bastante humilde e diligente no que tange as atividades em equipe.

Resumindo? Ele passava muito mais tempo arrumando e lavando vidrarias do que de fato fazendo pesquisa e catalogando os vírus.

Depois de o que pareceu um século, Louis decidiu ir para o lado de fora descansar um pouco porque sua vista estava doendo de tanto encarar as telas e os hologramas. Ele não duvidava que se fosse fechar os olhos, certamente iria encontrar infinitos vírus e bactérias gravados permanentemente na sua retina.

No lado de fora, o céu avermelhado das duas horas estava em um tom relaxante que ajudava muito no seu desconforto ocular. Ele havia comprado um sanduíche na lanchonete que havia logo em frente ao laboratório e estava sentado em um dos infinitos bancos que havia por ali.

Sua mente não pôde evitar em pensar em Bowie. O mais velho tinha sumido e não dava nenhum sinal de vida desde aquela missão caótica de dias antes.

Quando ele e Harry voltaram para a Base, tiveram que continuar a rotina normalmente, como se nada tivesse acontecido.

Mas isso não era fácil.

Louis certamente conseguia fazer todo o tipo de atividade muito bem e de forma eficiente e concentrada. Mas quando estava sozinho com seus pensamentos, como agora, não deixava de sentir seu âmago se corroendo de preocupação e medo.

Além disso, sua mente viajava incessantemente para a memória recuperada de Ollie.

Talvez recuperada não fosse o termo mais apropriado.

Não era como se ele tivesse esquecido do que tinha acontecido. Ele sabia que Ollie e Lisa tinham morrido e sabia como tinham morrido. Mas antes parecia mais como se fosse uma informação que ele lera em um livro e fim.

Agora, ele havia lembrado do acontecimento em si. Lembrado do sangue, da agonia e das imagens de forma vívida. Sua mente, que sempre fora muito eficiente em bloquear essas memórias, parecia ter falhado assim que ele viu o nome da estação naquela placa.

Quando já estava na terceira mordida de seu sanduíche, alguém lhe chamou por trás. Ele se virou e percebeu que o brilho alheio era extremamente ofuscante. Os cabelos ruivos contra o sol combinavam e eram quase do mesmo tom que o céu teladoriano.

— Louis, não é? — uma voz aveludada e calma atingiu seus ouvidos — Como você está?

— Embaixador — disse Louis em comprimento esboçando um sorriso — Estou bem... O que o senhor está fazendo aqui?

— Entregando relatórios... Vocês da Academia não são os únicos que têm que fazer isso.

— Ah, por favor, sente-se um pouco comigo.

Assentindo Sheeran sorriu e se sentou no mesmo banco que Louis.

— Por que se deu ao trabalho de vir até aqui? — disse Louis descontraído, sabendo que entregar relatórios era uma tarefa enfadonha — podia ter enviado pela rede.

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