Capítulo 2: Conflito entre Tenentes; a intrincada missão

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Quando já estavam todos sentados na mesa oval da Sala de Reuniões, Capitão Liam Payne começou a falar, explicando o que estava acontecendo para matar a curiosidade de todos e terminar com aquela atmosfera caótica de curiosidade e inquietação.

— É o seguinte pessoal, recebi um relatório completo hoje mais cedo e nos foi informado por um espião da Academia que está para acontecer uma invasão armada em um Planeta Pacífico que faz parte da Confederação.

A tensão que já era palpável naquela sala aumentou ainda mais. Um silêncio ensurdecedor se instalou e todos miravam o Capitão com preocupação.

Louis se remexeu na cadeira, como se procurasse uma posição mais confortável, mas não obteve sucesso. Esse era o pior tipo de missão, um erro, uma falha de alguém, integrante da Academia ou não, e até mesmo uma ação impensada do inimigo poderiam significar catástrofe.

— É simples: os invasores estão conspirando tomar o planeta inteiro e transformar ele numa base, para depois declarar guerra a outros três planetas vizinhos. — Payne então havia apertado o botão da mesa que ligava a função holograma e conforme ele ia falando, os planetas iam sendo projetados e todo o cenário ia aparecendo para que todos que estivessem na sala pudessem analisar visualmente a situação. — A possibilidade desse ataque  foi  testada e comprovada por meio de simulação... Segundo nossa fonte, o ataque foi muito planejado e eles estão se preparando para isso há meses.

Mas então como isso chegou para a gente só agora? Eles quem? Quando será?

A cabeça de Louis não parava de funcionar, tentando entender o problema. Seu semblante, porém, era calmo e resoluto. Ele mirava o Capitão Payne, que continuava a falar:

— Nossa fonte assegura que eles querem tomar conta dos três planetas vizinhos e a partir deles, crescer em poderio bélico, usando os recursos que existem nos próprios planetas para avançar... Se isso acontecer, essa será uma ameaça clara à Democracia nesse setor Galáctico. — Liam parou de falar um momento, como se não quisesse terminar, mas mesmo assim, depois de respirar fundo, concluiu. — Se caracterizando como uma declaração de Guerra a Confederação.

Tomlinson achava que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, na verdade esse tipo de situação sempre estava acontecendo por aí, eles tinham algumas notícias vagas dos outros setores da Galáxia, não era novidade.

No passado, Louis até participou de missões com situações parecidas em que ele teve que trabalhar com outros historiadores, porém nenhuma teve um ataque dessas proporções. Eram invasões isoladas a um planeta ou até mesmo a uma estação espacial. Geralmente era um bando de rebeldes querendo fazer farra. Mas agora era diferente, agora parecia que tinha algo maior por trás, algo planejado. Ele sentia isso.

Atualmente, o trabalho de Louis  não envolvia esse tipo de coisa, agora ele  tratava de ameaças biológicas, endemias, pandemias até mesmo quando os vírus fugiam do controle e era algo mais interplanetário. Na maioria das vezes era um processo mais "natural", o vírus surgia por alguma perturbação ambiental e  por seleção natural e mutação, ele se espalhava.

Agora a situação parecia que era mais séria.

Uma Guerra? Então o que eu estou fazendo aqui?

Ele não era o único que estava tenso. Todos na sala tinham uma expressão de preocupação. Todos exceto o Sr. Styles. Ele estava apenas sério, parecia estar mais familiarizado com a situação, o rapaz de olhos verdes se encontrava sentado na cadeira de forma relaxada e tranquila, exalando um tipo de confiança inusitada. Louis por algum motivo sentia aversão pelo garoto. Ele não sabia o que era ou o porquê disso. O menor nem havia dirigido a palavra ao menino ainda e já sentia um tremendo desconforto na presença dele, bom talvez isso se devesse ao fato de ele ser um historiador. É, talvez seja isso.

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