Chapter Eighteen || That's Never Will Happen

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O som irritante do despertador me obrigou à abrir os olhos, olhei no relógio e vi que ainda era 6h. Me levantei e fui até o banheiro, tomei um longo banho, fiz minha higiene matinal e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo perfeito. Sim, é a primeira vez que vou com o cabelo preso para a escola, palmas para mim. Vesti uma calça preta, uma blusa branca e calcei uma sapatilha preta.

 Saí do meu quarto e segui pelo pequeno corredor que dá na sala, passei pela sala e fui direto para a cozinha

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Saí do meu quarto e segui pelo pequeno corredor que dá na sala, passei pela sala e fui direto para a cozinha. Comi uns biscoitos e tomei um suco de laranja natural que eu mesma fiz, para mim é um grande avanço culinário fazer alguma coisa na cozinha já que eu não sei fazer nada. Olhei no meu relógio de pulso e já era 6h e 45m. Peguei minha bolsa e saí de casa, foi aí que lembrei que não tenho carro. Não tenho dinheiro para pegar táxi, só tenho cartão de crédito. Será que os taxistas aceitam? Ah, esquece! O jeito é ir a pé. Que os deuses me dêem fôlego.

(...)

Confesso que do meu apê até a escola não é nem um pouquinho perto, pelo contrário, é longe. Muito longe. Cheguei na escola praticamente sem fôlego algum, de carro eu demoraria normalmente uns 10 minutos, mas a pé, eu demorei uns 30 minutos. Fui até a sala de aula e bati na porta, estava atrasada e duvido que o professor ou professora que estivesse dando aula agora fosse me deixar entrar, mas não custa nada tentar. A porta se abriu revelando um professor muito surpreso com a minha presença. Lembra daquele professor que ficou preso comigo na sala de aula? Então, é ele em carne e osso.

- Eu posso entrar professor? - perguntei com um meio sorriso.

- Claro que sim. Se um milagre fez você finalmente vir para a escola, eu é que não vou atrapalhá-lo. - ele me deu passagem e eu entrei na sala de aula.

Recebi muitos olhares e pela primeira vez na minha vida, eu me senti incomodada com tanta atenção, me sentei em uma cadeira na frente da Lari. Ah, que saudade que sinto das minhas amigas! Queria conversar com alguém e contar tudo o que têm acontecido em minha vida, tudo o que estou sentindo nesse momento e a confusão que está em minha cabeça. A aula tinha acabado e eu estava arrumando minhas coisas quando o professor veio falar comigo.

- Maya? - Me virei para ele.

- Sim, professor?

- Me chame de Richard. - assenti. - Eu queria falar com você sobre os seus estudos. - suspirei imaginando a minha situação no boletim nesse momento.

- Me desculpe, Richard. Eu prometo que vou melhorar as minhas notas e vou dar o melhor de mim a partir de agora. - ele assentiu e sorriu em seguida.

- Você é uma boa aluna, Maya. Não deixe que seus problemas atrapalhem sua vida. Os estudos são importantes na vida de todos nós. Não faça coisas das quais se arrependerá depois. - ele pareceu nostálgico ao dizer a última frase. Então ele olhou para mim. - Sua mãe deve estar orgulhosa de você. - e saiu sem que eu pudesse responder.

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