Chapter Two || Twin Sister (Part 1)

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Maya:

Eu juro que me arrependo totalmente de ter aceitado sair com ele. O que ele tem de bonito tem de idiota. Afinal, a única coisa que o estraga é quando ele abre a boca. Por quê? Bom, só sai besteira. Sim, esse tipo de besteira que você está pensando.

- Relaxa amiga. A festa vai ser boa. -- Diz Larissa, tentando me animar.

- Ah, claro. Vou ir com o maior pegador da escola. -- Digo. Saímos da sala e vejo uma mensagem de meu motorista, que diz " Senhorita, já estou aqui". Saio pelo portão e me despeço das minhas amigas. Chego em casa e falo com meu pai que é o primeiro que encontro.

- Oi pai!

- Oi, minha linda. Temos que conversar. -- Ele diz e me dá um beijo na testa.

- Pai, eu adoraria ficar e conversar mas eu estou tão cansanda. -- Digo subindo as escadas e ele vem atrás de mim tentando me falar algo. Provavelmente um sermão então o impeço de dizer. -- Eu estudei o dia todo, meu dia não foi nada fácil e... -- Minha frase morre ao entrar no meu quarto. Vejo uma figura muito repugnante sentada em minha linda cama rosa.

- Oi, maninha! -- Diz minha irmã gêmea, Thayla. Ela morava comigo quando pequena, até os seus 13 anos.

Quando éramos pequenas, prometemos nunca abandonar uma à outra. Até que ela quis morar com minha tia no Caribe, me deixando sozinha. Desde então passaram-se 3 anos e jurei à mim mesma nunca iria perdoá-la. Sei que você está pensando "isso é infantil além de ser coisa de 3 anos atrás ". Mas ela era a única quem eu podia de chamar de amiga.

- Oi! O que faz aqui?

- Filha, era isso que eu ia te contar. -- Diz meu pai me olhando tipo como se dissesse "não arme um escândalo."

- Podemos conversar, pai? -- Digo o puxando para fora do quarto. - Como você trouxe ela aqui?

- Você esqueceu que ela também é minha filha e sua irmã?

- Não. Me lembro disso infelizmente 16 anos da minha vida. -- bufei. -- Quero que você tire ela do meu quarto agora.

- Não. Ela sempre dormiu com você. Deixe de ser egoísta. -- Diz meu pai me olhando muito sério. Ah que legal! Agora eu sou a egoísta?

- Pai, vê se você entende, ela decidiu me abandonar. Conseguiu entender porque sinto raiva dela? -- Digo pausadamente.

- Maya, vê se você entende. Ela vai dormir com você e você vai tratá-la bem. -- Diz ele me deixando falando sozinha. Entro meu quarto e vejo ela rondando meu quarto e vendo minhas fotos.

- Espero que esteja se divertindo vendo minhas fotos, Thayla. -- Digo recostada na porta com os braços cruzados.

- Maya, não aja como se fôssemos duas estranhas.

- A estranha aqui é você não eu. Não fui eu quem foi embora.

- E sabe o que é pior, Maya? É que eu que fui embora mas você quem mudou.

- E você achou que eu iria ser a mesma garotinha que dependia da irmã pra sempre? Eu tive que mudar Thayla. Eu fui obrigada a mudar. -- Ao dizer isso, acho que ela notou que não estou de brincadeira. Ficamos quietas por uns segundos até ela se pronunciar.

- Bem, acho que vou ter que colocar outra cama aqui.

- Você não precisa de outra cama. Tem uma cama no quarto de hóspede. -- Digo abrindo a porta para que ela saia.

Thayla:

Dá pra acreditar? Meus deus, eu só tinha 13 anos quando decidi ir embora. Do jeito que a conheço, ela nunca irá me perdoar. Não até eu me desculpar com ela da maneira que ela quer: de joelhos. Coisa que nunca irá acontecer... Eu conheço muito bem a Maya, mimada, metida, patricinha, gosta de todos aos seus pés. Mais comigo não vai ser assim.

- Filha! -- Diz minha mãe abrindo a porta do quarto e me abraçando forte.

- Oi mãe. Que saudade de você.

- Mas o que você está fazendo nesse quarto de hóspede, Thayla Gibson?

- Bom, você espera que eu vá dormir no sofá? -- Digo e ela me olha feio.

- Espero que vá dormir na sua cama.

- Mãe, se foram 3 anos e você acha que tudo está igual? Oh você é tão ingênua. -- Digo a abraçando novamente. Então a campainha toca e eu grito para Dantas.

- Deixa que eu atendo, Dantas. -- Desço correndo as escadas e quando abro a porta, vejo um garoto que parece ter 18 ou 19 anos e ele me olha dando um sorriso lindo.

- Você está linda Maya. -- Diz ele me olhando de cima à baixo.

- Não. Não sou Maya. Sou sua irmã gêmea Thayla. -- Digo e ele me olha como seu eu estivesse mentindo ou sei lá o que.

- Tá legal. -- ele revirou seus olhos azuis. -- Olha, não quer começar a discutir antes de ir pra festa né?

- Desculpa... Sei lá quem... Mas eu não sou Maya. Sou irmã dela, Thayla Gibson.

- Viu porque todos dizem que você é criança? -- No momento que ele diz isso, minha irmã desce as escadas com um vestido azul lindo. Saltos finos brancos e cabelos presos com tranças. Ela para ao meu lado e ele olha de mim para ela assustado.

- Eu disse. -- Digo com um sorriso de canto.

- Vamos? -- Diz Maya. E os dois saem.

Talvez se ela tiver alguém como esse rapaz do lado dela, deixe de ser tão infantil. Acho que minha irmã precisa começar a crescer.

Uma Patricinha DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora