Chapter Thirty-Two || New York!

3.7K 265 6
                                    

Escutei de longe a música Worth it de Fifth Harmony tocar, e logo o som foi ficando mais alto até me acordar por completo. Coloquei minha mão debaixo do travesseiro e peguei meu celular, o atendendo em seguida sem nem ver quem era o infeliz que estava me enchendo o saco a essa hora da manhã.

** Ligação On **

- Maya?

- Não, é a mamãe Noel. O que você quer a essa hora da manhã, Matt?

- O que eu quero? Eu quero que você me explique como é que você sai assim com o Miguel sem nem ao menos me avisar, deixar um bilhete ou uma mensagem. Eu ainda não estou morto não, sabia?

- Nossa, que drama! Escuta, eu só estou passeando com ele. Ficar trancado dentro de um apê não estava fazendo bem nem pra ele e nem pra mim. Então em vez de fazer uma ceninha, você devia me agradecer.

- Agradecer? Por ter saído com o meu filho para Nova York sem me avisar?

- Devia me agradecer porque ele estava ficando enjoado desse apê. E eu estou ficando enjoada de você. São apenas 7h da manhã e você acabou de me acordar. Então é bom para o seu próprio bem, você não me encher mais o saco. Tchau, Matt.

** Ligação Off *

Bufei de raiva e coloquei meu celular na cômoda ao lado da cama. Ainda bem que ele não acordou o Miguelzinho, se não eu o mataria com toda certeza.

- Maninha, levante e se arrume. – disse Thayla, sorridente enquanto abria a porta do quarto. Ela estava empolgada demais, o que era muito estranho. – Nós iremos fazer umas comprinhas.

- Thayla, fala baixo antes que você... – sussurrei mas fui interrompida pelo choro do Miguel. Soltei um longo suspiro. – Acorde o Miguelzinho.

- Sem problemas! Até ele vai se animar porque iremos comprar os brinquedos dele. – sorriu.

(…)

Eu estava, sem dúvida alguma, cansada. Andar por Nova York com minha irmã cansa, até porque para ela nenhuma loja é boa o suficiente. A única coisa boa disso foi que já compramos o carrinho de bebê do Miguelzinho e assim não preciso ficar carregando ele. Apesar de ter apenas 6 meses, depois de bastante tempo com ele no colo, ele começa a ficar pesado.

Thayla me contou que o desfile será amanhã e eu estou tão feliz por ela. Ela sempre sonhou com isso e finalmente vai realizar o seu sonho.

- E como estão nossos pais? – ela perguntou enquanto andávamos pela rua.

- Divorciados. – respondi. Ela soltou um suspiro e um sorriso triste.

- Já imaginava que isso iria acontecer. Depois do que a mamãe disse ao papai. – a última frase ela pareceu dizer mais para ela mesmo do que para mim.

- Como assim? O que ela disse ao papai? – ela me encarou e pareceu não ter o que dizer.

- Nada. – desconversou. – Esquece isso, é besteira.

- Se é uma besteira então você pode me contar. – insisti.

- Olha, é aquela loja que eu estava procurando. Vamos lá. – ela saiu andando e me ignorando por completo.

Depois dela comprar umas 20 peças de roupas para nós duas e dar em cima do atendente, nós saímos da loja e Thayla já estava dizendo que queria ir embora. Também, não a culpo. Estamos andando desde cedo e agora já são 15h. Estava na hora de parar de andar. E eu já estou cansada de ficar andando por aí, como se ficar empurrando um carrinho não cansasse.

Uma Patricinha DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora