Chapter Fifteen || Is My New Life

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- E então, o que achou desse apartamento? - me pergunta a mulher de cabelos claros que ainda não sei o nome.

Esse apartamento é ótimo, é pequeno mas confortante e muito bonito por sinal. Tem sala, cozinha, banheiro e um quarto. Tem uma varanda de frente para o meu quarto e ainda por cima já vem mobiliado. É perfeito. Eu vou alugar esse apartamento sem dúvida alguma.

- É maravilhoso. - falei sorridente.

- Que bom que gostou senhorita, Gibson. Eu fico feliz de estar ajudando a filha sr. Gibson! - sorriu.

- Ah, você conhece meu pai. - falei desanimada.

Eu queria alugar um lugar onde ninguém soubesse quem era o meu pai. Parece que vou viver sempre às margens dele.

- Sim. Não há quem não o conheça. - sorriu e me esticou um papel. - Preciso que assine aqui para confirmar o aluguel do apê.

- Claro. - sorri e assinei.

Apesar de eu ter fugido de casa, meus pais não cortaram meu cartão de crédito, minha irmã disse que é porque eles tem medo de cortar meu cartão e eu passar necessidades e ainda assim me negar a voltar para casa. Eles são dramáticos, eu sei. Mas tudo bem, eu os amos mesmo com esses defeitos.

- Já pode ocupar o apê quando quiser. - ela me entregou a chave do apartamento e sorriu para mim. - Seja bem vinda. - sorriu e saiu. Isso aí Maya, agora depende de você.

Tudo depende de você.

(...)

Estava no quarto do Robert arrumando minhas coisas quando ele entrou e parou na porta ao ver as duas malas (que são minhas) em cima de sua cama.

- O que está fazendo? - perguntou com os braços cruzados.

- O que você acha que estou fazendo? - fui rude com ele, me julgue. Eu não estou nem aí. Mas rude foi ele de não acreditar em mim.

- Tudo isso por causa da Saynara? Olha, eu conversei com ela e ela me disse que foi sem querer. Que não tinha te visto e...

- Então nela você acredita? - perguntei incrédula.

- Maya...

- Quer saber? - fechei minha segunda mala e a pus no chão. - Vocês formam um ótimo casal. - saí de perto da cama e fui em direção à porta.

- Maya, espera. - ele segurou meu braço, impedindo minha passagem e eu não pude me soltar. - Me desculpe.

- Por que eu deveria te desculpar? Você acreditou nela mas não em mim. - tentei novamente me soltar de seu aperto mas não consegui. Droga de homem forte!

- É, eu sei. Mas é que eu não pude acreditar que ela chegaria a esse ponto. - ele soltou meu braço e cruzou os seus sobre seu peito.

- Mas chegou. E eu acho que já te ajudei o suficiente nessa casa. Nosso trato acaba aqui. - falei o encarando.

- Trato? Que trato? - os olhos de Robert passaram por cima do meu ombro e eu segui os mesmos, virando minha cabeça para trás. Droga!

- Nada demais, mãe. - disse Robert para mãe que se encontrava parada no corredor.

- Que bom! Então me conte. - ela olhou séria para Robert e depois para mim.

Ele ficou sério, acho que estava pensando no que dizer e eu não vou dizer nada, eu posso falar demais e ela pode descobrir que todo esse namoro era mentira.

- Maya. - ela falou lentamente o meu nome, esperando que eu falasse alguma coisa. Eu olhei rapidamente para Robert com um olhar suplicante e depois voltei à olhar a bruxa da minha "sogra".

- Sim? - me fiz de desentendida.

- Me conte de que trato é esse que você estava falando.

- É uma coisa minha. - respondi ríspida.

- Tá legal. - ela levantou as mãos em sinal de rendição. Logo ela olhou para as minhas malas. - Por que as malas?

- Eu vou...

- Passar uns dias na casa dos pais. - me interrompeu Robert. Mas o que ele acha que está fazendo?

- Hum. - fez pouco caso e saiu. Eu me virei para Robert e o encarei.

- Que foi? - perguntou ele.

- Eu não vou discutir com você, eu tenho que ir para a minha mais nova casa. Tchau Robert. - dei as costas para ele e saí andando.

Dessa vez ele não tentou me impedir e isso me deixou um pouco desapontada. Por uma fração de segundos eu tive a esperança de que ele me pediria para ficar. Agora eu voltei à estaca zero. Sem família, sem amigas, sem "namorado", sozinha de novo.

(...)

- Argh! Eu vou ter que fazer compras. - falei sozinha enquanto abria o armário que tinha na minha cozinha.

Nela só tinha chá e eu odeio chá. Lá fora está chovendo e eu não tenho a menor idéia de onde fica o mercado mais próximo. Peguei um casaco branco e um guarda chuva, saí do meu apartamento e chamei o elevador. O mesmo chegou logo e eu entrei. Saí do prédio, abri meu guarda chuva e já no portão pensei para que lado ir, até ver uma senhora com umas sacolas de compras. Com certeza ela deve saber onde fica um mercado.

- Com licença. - falei chamando sua atenção

- Pode me dizer onde fica o mercado mais próximo?

- Claro. Segue essa rua direto e vira à esquerda, você vai ver um mercado bem no começo da rua.

- Obrigado! - sorri e segui a rua que ela disse para eu ir. Andei um pouco mas não era muita coisa.

Assim que cheguei no mercado fui direto para a sessão de biscoitos, comprei uns 10 biscoitos e alguns sucos, a maioria de morango que eu amo. O motivo de eu comprar biscoitos e não alimentos do tipo arroz e feijão, é que eu não sei cozinhar. É, eu sei, sou uma péssima ser humana. Comprei mas umas coisinhas básicas para não morrer de fome e saí do mercado. Eu estava com umas 4 sacolas cheias de besteiras mas que iriam me manter viva por pelo menos 1 mês.

Cheguei no prédio e o porteiro abriu o portão para mim, eu sorri em agradecimento e entrei, esperei o elevador chegar e depois que ele chegou, entrei no mesmo. Assim que cheguei no meu apê, eu abri a porta e vi quem menos esperava sentado em meu sofá.

- Mas o que você está fazendo aqui? - isso só pode ser pesadelo.
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Uma Patricinha DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora