Chapter Twenty-Two || I Just Have You

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Lembra de toda aquela insegurança e medo por ele ainda não ter me pedido em namoro? Sumiu. Simplesmente... Sumiu. Eu neste momento estava me sentindo a garota mais feliz do mundo. Exagero falar "do mundo", mas pelo menos estava me sentindo a mais feliz dessa escola. Eu não acredito que ele fez isso. Quem diria, Robert, o pegador do colégio, pedindo em namoro a garota que ele achava ser "patricinha" e sem noção. E nesse momento a sala toda está me encarando com a expectativa de que eu diga "sim". Mas é claro que eu vou dizer "sim". Eu gritaria pro mundo inteiro ouvir se pudesse.

- Sim! – sorri. – Claro que sim. – eu o abracei e senti seus lábios posarem em minha testa. Todos que estavam na sala de aula aplaudiram e eu o encarei com o sorriso mais sincero que tenho.

- Ahh que bonitinho! – disse Lari, vindo atrás de Robert e o entregando um buquê de rosas amarelas.

- Ah, obrigado! – agradeceu Robert e me entregou o buquê. – Isso é pra você.

- Não acredito que você fez isso. – falei e peguei o buquê de suas mãos. Minhas flores prediletas, uma música linda e um namorado perfeito. Tem como o dia ser melhor? Bom, agora estou livre para ter meus ataques de ciúmes quando ele receber uma mensagem da Saynara ou qualquer outra vadia no celular dele, porque eu sou a NAMORADA dele.

- Pode acreditar. – sorriu. – Eu te amo, Maya.

- Eu também te amo, seu bobo! – falei e dei um beijo nele.

- Gente, eu devo admitir que isso foi muito bonito mas ainda estamos em horário de aula. – disse a professora e todos nós soltamos um "Ah" em coro. – Se puderem se sentar em seus lugares, eu agradeceria.

(...)

O resto da aula passou praticamente voando. Eu nem acredito que o Robert fez aquele pedido em público, na sala de aula, ele cantou e tocou violão. Eu não sabia que ele tocava violão. Mas enfim, agora eu estava deitada no meu sofá enquanto assistia "Simplesmente Acontece". É um filme de comédia romântica, eu amo esses filmes em que a garota sempre termina com o cara certo no final. As pessoas acham que não, mas existe aquele "felizes para sempre". Só é preciso encontrar a pessoa que queira ter um "sempre" ao seu lado.

A campanhia tocou e eu fui atender, eu imagino que seja o Robert ou as meninas, aliás elas ficaram de vir aqui hoje. Abri a porta e não pude evitar a minha cara de decepção.

- Matt. – falei. – Entra.

- Também estou feliz em te ver, Maya. – falou enquanto entrava.

- Não... É que eu esqueci que você viria aqui hoje. – me sentei no sofá. – Pode se sentar, se quiser.

- Obrigado! – ele se sentou em uma poltrona de frente pra mim e me encarou.

- Dá pra falar logo ou vai ficar me encarando?

- Você não era tão rude.

- E você não era tão irritante. – rebati. – Fala logo o que você quer.

- Olha, eu preciso de ajuda. Eu vou começar a fazer quimioterapia para o câncer, mas não quero ir sozinho, Maya. E eu não tenho mais ninguém com quem contar.

- Primeiro: Não conte comigo.
Segundo: Eu não tenho nada a ver com isso.
Terceiro: Chama os seus pais, seus "amigos" ou sua amante que com certeza deve ser sua namorada. – cuspi as palavras.

Posso estar sendo um pouco insensível mas eu não consigo evitar, é muita raiva acumulada.

- Maya, meus pais faleceram em um acidente de carro. Faz uns 10 meses. – ele falou baixo e eu o encarei. Também, não tinha como eu saber que os pais dele faleceram.

Uma Patricinha DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora