Robert:
Depois de enfrentar um trânsito do caramba, finalmente chego no apê da Maya. Eu estou tão feliz por saber que ela está feliz. Agora que ela recuperou o Miguelzinho, voltou a sua relação normal com seu pai parece estar tudo se ajustando novamente. Finalmente ela terá um momento de paz e eu fico feliz, porque a vida dela é uma montanha russa constante e eu não sei sinceramente como ela aguenta isso. Quero dizer... Eu sei que todos nós temos dificuldades em certos momentos das nossas vidas mas a vida da Maya é um verdadeiro filme de cinema. Mas o que importa é que está tudo voltando aos eixos e que finalmente poderemos descansar um pouco de todos os problemas que vêm nos rondando.
Giro a maçaneta e a porta está aberta.
Eu disse pra ela fechar bem a porta.
- Maya? - chamo enquanto vasculho o apartamento. A sala, cozinha e banheiro estão vazios então vou até o seu quarto, onde encontro somente o Miguelzinho dormindo em seu berço.
Algo me diz que tem alguma coisa ruim acontecendo. Maya não deixaria o Miguel sozinho no apartamento e se ela fosse para algum lugar, iria me avisar. Pego meu celular e ligo mas cai na caixa postal. Começo a me desesperar. Será que ela está com as amigas? Pego meu celular e envio uma mensagem para Dayanne e Larissa, perguntando se Maya está com elas mas logo elas respondem que não. Então o desespero entra como um furação dentro de mim. Onde ela se meteu? Aonde ela iria?
Já sei, vou ver com o porteiro que nunca trabalha. Mas não posso deixar o Miguel sozinho aqui. O pego nos braços e saio do apê com ele. Não demora muito para chegar na portaria, então vejo o porteiro mexendo no celular.
- Hey! - o chamo e ela me olha.
- Pois não, seu Robert?
- Você viu a Maya sair? Ou viu se alguém entrou?
- Não senhor. Ela não saiu e ninguém entrou. - ele diz e eu franzo o cenho.
Ela não saiu? Então aonde ela foi?
- Tem certeza? - insisti e ele pareceu pensar ou tentar se lembrar de algo.
- Ah, sim! Veio um entregador de flores para ela.
- Entregador de flores?
- Sim. Ele disse que tinha uma encomenda para ela, mas pensando bem... Eu não o vi sair.
- Tem algum elevador de serviço ou privativo aqui?
- Sim. Dá acesso ao estacionamento do subsolo. - ele dá de ombros.
- Você avisou à ela que ele estava subindo?
- Ah, eu esqueci! - volta a olhar o celular.
Seguro bem Miguelzinho com apenas um braço e estendo o outro, pegando o celular e o jogando no chão em seguida. Minha vontade é de quebrar a cara desse imbecil mas eu estou com uma criança nos braços.
- Olha aqui seu idiota, a minha namorada sumiu misteriosamente, então por que não faz algo de útil e me ajuda? - falo baixo e friamente.
- Pelo amor de Deus, era só um entregador de flores. Não um assassino em série.
- Um entregador de flores que você não viu sair e adivinha? Ela não está no apartamento. Então faça alguma coisa antes que eu peça para alguém segurar esse bebê e quebre a sua cara. - ele me encarou assustado.
- Podemos ver as câmeras de segurança.
- Tudo bem. Me leve até a sala onde veremos as filmagens. - ele sai andando na frente em direção ao elevador e eu vou atrás. Pego meu celular e disco o número da pessoa mais competente que poderia me ajudar agora. Afinal, a polícia só vai considerar sequestro depois de 48 horas e eu não posso esperar nem mais um minuto.
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Uma Patricinha Diferente
Fiksi RemajaMaya é uma adolescente que tem seu coração partido desde que foi traída por seu ex namorado, Matt. Então ela passou a desacreditar no amor e em todo sentimento bom que possa existir. Desde aquele fatídico dia, Maya se tornou uma verdadeira mimada pa...