Chapter Thirteen || Beware Of The Car

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- Porque já não consigo resistir a você. - essa droga de frase não sai da minha cabeça, porque ele disse isso?

É claro que eu sou linda, mas ele nunca admitiria isso para mim. Ele jamais chegaria para mim e me diria que me acha linda ou que sente algo por mim. O que ele quer com isso? Eu não entendo. Primeiro ele me beija e depois me diz que não resiste a mim. Acho que já está na hora de voltar para a minha casa.

Não, eu não posso voltar. Ainda tenho mais alguns dias até acabar o meu trato com Robert e também tenho que achar um apartamento, eu vou procurar um amanhã mesmo.

Me deitei na cama e fechei meus olhos tentando dormir mas o sono não me alcançava. Eu não sei porque mas eu senti que essa noite não eu não iria ter um bom sono.

(...)

O quarto estava todo escuro e eu sem sono algum, liguei a tela do meu celular e vi que ainda era 2 horas da madrugada. Tirei o cobertor de cima de mim e saí de cama, estava andando normalmente até que...

- Ai! - resmunguei quando caí em cima de alguma coisa. Me levantei assim que percebi que era que essa coisa era o Robert.

Esse garoto tem um sono pesado do caramba. Saí do quarto com a minha roupa de dormir (um short de pano e uma blusa regata) e fui direto para a cozinha, é a primeira vez que perco o sono nessa casa.

Assim que cheguei na cozinha fui até a geladeira e abri a mesma, peguei uma garrafa de água e coloquei sobre o balcão, depois peguei um copo e o enchi com a água. Quando estava levando o copo à boca, alguém esbarrou em mim. O que fez meu coração quase sair pela boca, corri até a tomada e liguei a luz da cozinha e me acalmei quando vi que era David. Mas o que ele faz aqui?

- Você quase me matou do coração. - levei uma de minhas mãos ao peito tentando me acalmar.

- Sinto muito! - ele sorriu. Já disse o quanto o sorriso dele é lindo? - Não foi minha intenção. É que essa casa é muito grande e eu acabo me perdendo.

- Eu entendo. - sorri. - Então, você e a Saynara estam dormindo aqui?

- Não gosta da minha irmã não é?

- Não é isso... Eu só... - fiquei sem saber o que falar. Aposto que devo estar vermelha como um tomate.

- Tá tudo bem, quem é que gostaria de uma pessoa que dá em cima do seu namorado. - ele foi até a geladeira pegou alguma coisa em uma vasilha branca que tinha lá. - Mas sim, nós estamos dormindo aqui.

- Ata... Bom, eu vou indo dormir! Boa noite. - sorri para ele que retribuiu o sorriso e saí de lá, indo de volta para o quarto. Assim que entrei andei com o máximo de cuidado para não tropeçar no tapado do Robert de novo, mas foi inútil. Acabei tropeçando nele.

- É a segunda vez. - ele falou me assustando. Sua voz estava rouca mas o quarto estava escuro então não pude ver sua expressão.

- Desde quando você está acordado? - me levantei de cima dele, mas tropecei em seu braço o que fez eu cair ao seu lado. - Eu desisto! - levantei as mãos em forma de rendição. Já estou cansada de tanto tropeçar.

- Desde quando você tropeçou em mim, pela primeira vez. E agora já é a terceira. - seu tom estava sonolento. Ele é tão preguiçoso!

- Robert, levanta e acende a luz. - mandei.

- Não. Levanta você!.

- Anda Robert, eu quero levantar e vou acabar tropeçando em mais alguma coisa. Posso até me machucar. - pedi com a voz manhosa, o que fez o idiota do Robert rir, uma risada bonita e sexy. Sério que eu disse isso? Affs!

- Eu adoraria levantar, mas se eu levantar, quem pode se machucar sou eu. - ele virou para o lado contrário da onde eu ainda estava deitada. Eu sei de um assunto que vai fazer ele levantar.

- Tem razão, deixa que eu levanto, assim se eu me machucar eu posso pedir para o David me ajudar. - ameacei levantar mas ele nem se moveu.

- Só se você for na casa dele pedir ajuda né. - debochou.

- Não, ele está no quarto ao lado. - não sei como está a cara de Robert agora mas eu adoraria ver. Por que eu gosto tanto de vê-lo irritado?

- Não fala besteira, Polly. - seu tom estava sério, o que significa que ele está com raiva.

- Eu não estou falando besteira querido, eu encontrei ele na cozinha agora mesmo. - dei ênfase no "querido". Robert se levantou e logo ascendeu a luz. Sorri vitoriosa e me levantei em seguida. É assim que funciona, eu mando! (como se isso fosse verdade.)

Quando estava indo para a minha cama, Robert segurou o meu braço fazendo eu me virar para encará-lo. Seus olhos vieram de encontro com os meus e se eu não conhecesse bem o Robert, diria que ele está com ciúmes. Isso aí, o pegador do Robert está morrendo de ciúmes da "polly" aqui.

- O que vocês estavam fazendo na cozinha? - seu tom era acusador, como se tivéssemos feito realmente algo errado.

- Não é da sua conta. - meu tom saiu calmo e sereno. Tentei me livrar do seu aperto mas não consegui, ele é muito mais forte que eu. Abaixei o meu olhar dos seus olhos para sua mão em meu pulso e então vi que ele só estava de... Cueca. - Pelo amor de Deus, se cubra Robert. - virei meu rosto para o outro lado e ouvi o idiota gargalhar.

- Eu não gosto de dormir com muitas roupas. - sorriu e me soltou.

- Vá a merda! - mandei voltando para a cama. Ele apagou a luz ainda sorrindo e voltou a deitar.

(...)

Tive uma péssima noite de sono, não consegui dormir nem um pouquinho. Toda hora eu acordava e era difícil voltar a dormir. Eu nunca perco noites de sonos, será que é o meu sexto sentido me avisando de algo ruim que vai acontecer? Não, esquece!

- Que cara é essa? - perguntou Robert, assim que cheguei na mesa para tomar café junto com ele, Saynara, David, Sr. Alejandro e a mãe de Robert. Bom, não gosto de falar o nome dela porque trás má sorte.

Apesar do Robert ter perguntado baixo apenas para mim, a anta da Saynara ouviu.

- Não seja bobo Robert, é a única que ela tem, sem maquiagem. - sorriu debochada.

- Saynara, por favor. Eu não permito que fale assim da minha namorada. - palmas para o babaca, é a primeira vez que me defende.

Olhei para Saynara e a encarei com um olhar de quem dizia "Gostou dessa querida?". Ela apenas bufou de raiva.

- Então Maya - começou o sr. Alejandro. - Você tem uma irmã gêmea?

- Sim. Como sabe?

- Eu vi uma garota idêntica a você na rua, mas aí me lembrei que você ainda estava aqui, então pensei nessa possibilidade. - sorriu.

- Não pode ser, tem outra dela por aí? - perguntou Saynara.

- Sayanara! - advertiu sr. Alejandro. - Não quero que fale assim da Maya entendido?

- Alejandro, por favor. Ela falou brincando. - defendeu a mãe de Robert.

- Bom, eu já vou ir para escola. Com licença! - me levantei e saí, quis sair o quanto antes de lá.

Eu preciso dar um tempo dessa família, e agora vem o sr. Alejandro falar da minha querida irmã e ela é um assunto muito delicado a se tocar.

Estava atrevassando a pista quando ouvi meu telefone tocar, era o Robert. Ele está me ligando desde que saí daquela mesa e não esperei por ele para me levar à escola. Desliguei o celular e voltei minha atenção para a pista, mas ouvi uma buzina soar então senti uma pancada forte, depois eu vi tudo escuro.
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Uma Patricinha DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora