Chapter Forty-Two || I'm Expensive

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- Maya Gibson, há que devo a honra? – Ryan abriu a porta e eu e a Lari entramos.

Ryan Fernandes, um dos melhores advogados do país e claro, o segundo melhor amigo do meu pai. Assim que contei a ele por telefone que precisava de sua ajuda como advogado, ele topou de prontidão me ajudar. E agora aqui estamos eu, Lari e ele. Robert insistiu em vir mas eu disse que não precisava, afinal, ele também tem uma casa e seus próprios problemas para resolver. Tudo seria mais fácil se o Matt estivesse acordado e me chamando de fresca, patricinha, boba ou qualquer outro desses apelidos bestas que ele sempre colocou em mim.

- Olá Ryan, essa é minha melhor amiga, Larissa. – os dois deram um aperto de mão e em seguida ele apontou para o sofá, nos convidando para sentar. Assim o fiz, e Lari se sentou ao meu lado.

- Então, querem beber algo?

- Prefiro ir direto ao ponto. – murmurei já impacientemente. – Eu preciso da sua ajuda.

- Isso já ficou bem claro quando você me ligou. A questão é, o que exatamente você quer de mim.

- Okay, deixa eu explicar. – respirei fundo e contei a ele toda a história. Desde o começo até hoje.

- Pelo o que entendi, o pai da criança está internado e desacordado, certo? – assenti. – E os avós paternos da criança?

- Eles faleceram em um acidente de carro quando Matt tinha 12 anos. – encolhi os ombros. Só eu sei o quanto isso foi doloroso para Matt, embora ele mesmo não quisesse assumir na época.

- Bom, sem os pais do Matheus e sem o próprio Matheus, a mãe tem todo o direito de ficar com o filho. – me levantei no mesmo momento e passei as mãos pelos cabelos em sinal de frustração.

- Mas ela abandonou o filho dela. Quem garante que ela não vá fazer isso de novo? – comecei a andar de um lado para o outro.

Eu não posso nem imaginar a vida do Miguel com aquela desalmada. Ta, eu não sou a mãe dele e não tenho o direito de tirá-lo dela, mas ela não o quis. Ela não o ama como ele merece e embora ele seja filho dela, ela não o quer por perto. Isso já ficou bem claro. Mas o que ela pretende levando ele agora? Depois de tanto tempo... Se ela pretende me enlouquecer, está conseguindo porque eu estou ficando louca. Minha vontade é de ir naquele hospital e acordar o Matt nem que seja a tapas. E depois, encontrar a mãe do Miguel e enchê-la de tapas para aprender a não abandonar um filho. Mesmo que ela seja uns 3 ou 10 quilos mais gorda que eu, do que importa? É maior mas não é duas. E eu seria capaz de apanhar só para ter o Miguel de volta. Acho que ele já se tornou uma parte de mim e me ensinou como ser mais responsável.

- Eu sei, mas a justiça está sempre do lado da mãe. – Ryan se levantou também. – Se ela for uma boa atriz e disser perante o juiz que vai cuidar da criança, ele vai ceder a guarda.

- Então o que eu faço? Fico assistindo de braços cruzados?

- Acho que você deveria tentar conversar com ela. – o olhei curiosa e ele continuou. – Se ela o abandonou uma vez, fará de novo, mas por um preço alto.

- Está dizendo para mim subornar a mãe do Miguel? – me sentei novamente considerando a idéia.

É claro! Talvez seja isso o que ela quer. Fala sério! Ela sumiu durante meses e de repente volta e pega o filho de volta. Deve ter ido para algum lugar e como acabou o dinheiro, deve ter pensado "Vou voltar e arrancar dinheiro do idiota do Matt", mas como soube que ele está internado, mudou os planos para arrancar dinheiro da idiota que aceitou cuidar do Miguel.

- Você não precisa fazer isso, foi só uma sugestão e...

- Shiu! Cala a boca. – murmurei.

- Maya, é falta de educação mandar alguém calar a boca.

- Então fecha a matraca, Larissa. Eu estou pensando. – ela me olhou espantada mas eu apenas ignorei. Não tenho tempo para aulas de etiqueta agora.

Eu vou atrás dessa fulana e vou pegar o Miguel de volta. Nem que eu tenha que comprar uma briga muito feia com ela na justiça ou em qualquer outro lugar, porque eu prometi ao Matt que cuidaria do filho dele e é isso o que vou fazer. Vou cuidar do filho dele como se fosse meu, e eu não deixaria ninguém pegar o meu filho de mim.

(…)

- Perda de tempo! – resmunguei me jogando no sofá. – Como eu vou achá-la? A única coisa que sei sobre ela é que o nome é Gisele.

- Coloca um detetiva atrás dela. – Day opinou e eu revirei os olhos.

- Eu não tenho dinheiro para pagar um.

- Então levanta desse sofá e vai no hospital. Coloca duas xícaras de café no frasco de soro do Matt, ou coloca energético, sei lá. Mas faz ele acordar. Ele é o único que deve saber onde ela mora. – encarei Lari.

Ela tem razão. Matt é o único que deve saber onde a bruxa do oeste mora, mas aquele imbecil está desacordado, então o que eu faço? Não vou ficar assistindo aquela bruxa levar o Miguel, mas não posso adivinhar onde ela mora. Estou com as mãos e pés atados.

- Maya, os seus pais...

- Não, Day. – a interrompi. – Não vou pedir o dinheiro deles. Essa questão do Miguel eu vou resolver do meu jeito. Sem a ajuda financeira de ninguém.

- Tudo bem então, espertona. Mas como você pretende fazer isso? – Lari usou o seu tom irônico e eu tive vontade de esganar essa criatura.

- Lembra daquele seu amigo nerd? – perguntei a Day e a mesma negou. – Aquele que tinha uma tatuagem de um coelho nas costas. – eu sei! Não me perguntem porque ele tinha aquela tatuagem.

- Ah, sim! O Rafa. O que tem ele?

- Day, ele é o hacker mais desprezível porém inteligente que já vi na vida. – Lari disse e eu assenti. – E tinha uma quedinha por você, lembra May?

- Não me lembre disso! – Qual é?! O cara vivia me perseguindo. Mesmo quando eu comecei a namorar o Matheus ele me perseguia e chegou a hackear duas contas minha no facebook. Ele virou um stalker. Me perseguia nas redes sociais e um psicopata, porque me perseguia pessoalmente também. Ele era assustador!

- Tá, mas o que tem ele? – Day peguntou novamente.

- Ele ainda mora por aqui. Quem sabe ele não pode achar a Gisele?

- Maya, nós só sabemos o primeiro nome dela. Eu acho que ele não vai conseguir e se conseguir, o preço vai ser alto.

- Eu não tenho dinheiro agora, mas posso arranjar até amanhã. – tentei.

- Maya, ele era obcecado por você e ainda pode ser. – Lari insistiu e eu fiz uma careta.

- O que quer dizer com isso?

- Que o preço pode ser você.
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Nota: Oii! Cá estou eu postando na madrugada de quarta-feira. Nunca postei tão cedo assim, eu sei. Então, eu não sei dizer ao certo se vou poder postar no sábado mas eu acho que não vou poder postar não. E talvez, eu poste mais um capítulo ainda hoje para compensar o de sábado que talvez eu não vá postar.

Muito obrigado pelos vistos, eu fico realmente impressionada. É incrível como cada vez que entro no watt, o livro tem mais vistos do que da última vez. Já ultrapassamos 100 K! Cara vocês são demais. De verdade, muito obrigado! Estou feliz por estar alcançando um número tão alto de leitores e triste pela história estar na reta final. Mas não vamos ficar anciosos, porque falta alguns capítulos ainda. Beijos e até o próximo capítulo.

Uma Patricinha DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora