Capítulo 4 - Sirius.

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Não demorou muito para encontrar Azriel no pátio de treinamento após se despedir de Gwyn, que seguiu para a biblioteca. Stella havia a convidado para ao menos descer com ela e ver seu cavalo alado, mas fêmea recusou e Stella não insistiu. Ela imaginava pelo que a jovem feérica poderia ter passado, só de estar vivendo naquela biblioteca. Rhysand havia contado a ela por alto porque as sacerdotisas viviam ali.

— Pronta? — Azriel perguntou apoiado na parede.

— Nasci pronta.

E os dois sumiram céu acima com um bater de asas forte.

Não demorou muito para Stella passar um pequeno relatório a Rhysand e ele a guiar pela casa até os fundos, para que ela montasse em seu Pegasus e fosse embora, mas não sem antes passarem pela cozinha, onde por um breve momento parou de súbito ao enxergar um macho de cabelos ruivos, sentado no meio da grande ilha que havia na cozinha.

— Algum problema Stella? — Rhysand disse.

— Não, problema algum — ela disse olhando para ele.

— Lucien, tudo bem?

O ruivo apenas acenou com a cabeça para o Grão-Senhor a sua frente, mais como uma sutil reverência do que qualquer outra coisa.

— Apenas levarei Stella até seu Pegasus e já retorno para conversarmos.

Ele acenou mais uma vez e desviou o olhar para a fêmea ao lado de Rhysand.

— A senhorita tem um Pagasus?

E pela primeira vez ela viu um leve brilho no olhar daquele macho que tanto lhe chamava a atenção.

— Sim, eu tenho. Por quê?

— Nada em especial, apenas porque se trata de um animal raro.

— E ainda assim, meu pai tem uma pequena coleção deles.

Ele esboçou um pequeno sorriso.

— Deseja vê-lo?

— Quem, a seu pai? – questionou ele em um tom brincalhão que a tempos não usava.

— Não. — Ela também riu. — A meu Pegasus.

— Claro, seriam um prazer.

Estranhamente Rhysand havia se afastado e seguido em direção as duas meio espectros que faziam algo para o almoço.

— Senhor, poderia trazê-lo?

— Stella, eu disse que pode me chamar de Rhysand ou Rhys.

— Claro, Rhysand. Poderia trazê-lo?

— Sim, vamos ao jardim.

Lucien parou onde estava, Stella percebeu.

— Está tudo bem? — ela o questionou.

— Acho melhor deixar para outro dia, desejo uma boa viagem senhorita.

Ela pôde perceber o nervosismo em sua voz, mas logo ouviu Rhys dizer:

— Ela não está nos jardins.

Ah, por favor, venha, tenho a impressão de que gostará dele, mas não garanto que ele gostará de você, ok!

Ele sorriu um pouco mais abertamente desta vez. De alguma forma era fácil sorrir para ela, de alguma forma, ele se sentia confortável com ela. Havia tempo que não e sentia assim com alguém. Por isso não recusou a oferta e a seguiu pelo jardim. Foi então que ele viu aquele garanhão alado preto ônix, brilhando. Nunca havia visto um tão de perto, nem mesmo quando foi a Diurna pedir ajuda para recuperar Feyre a mando de Tamlin.

A Corte dos segredos (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora