Capítulo 8 - A 1° queda das estrelas.

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"As estrelas que ouvem e aos sonhos que são atendidos" — Sarah J. Mass


A noite já havia caído em Velaris e ao contrário das outras noites ali, Stella percebeu que as luzes de toda a cidade haviam sido apagadas. Mantinham apenas algumas esferas de luzes feéricas fracas que iluminavam o pátio da Casa do Vento, no momento, lotado de pessoas.

Stella estava curiosa apesar de tudo que lhe havia acontecido na noite anterior, sabia que ali era diferente, que estava entre amigos e conhecidos, que ninguém ali faria mal a ela. Era uma noite de celebração e festa, afinal.

Todos estavam em suas conversas baixas, comendo e bebendo vinho espumante, aguardando algo que ela não fazia ideia do que, se lembra apenas de seu pai ter mencionado como era, algumas vezes.

— E então, está curiosa para saber do que se trata tudo isso? — disse o ruivo alto ao seu lado.

Lucien estava elegante e bem alinhado como sempre. Usava uma camisa branca com colete e calças pretas, a roupa era completada com um sobretudo pesado na cor azul marinho com detalhes de arabescos desenhados no mesmo tom do tecido. Por fim, botas igualmente pretas subiam até quase o joelho. Seus cabelos estavam soltos, mas com uma trança fina em cada lateral puxada para cima que compunha lindamente todo a obra. Ele era um grão-feérico que com certeza se destacava. Belo, com porte de nobreza, era príncipe, mesmo a grande cicatriz em seu rosto e seu olho metálico, não tiravam em nada a beleza daquele macho.

— Com certeza, é tanto suspense que não tem como não ficar.

Stella também estava deslumbrante em seu vestido longo de tecido na cor dourada que reluziam como a luz do sol. Na parte superior, o tecido fazia uma espécie de franzido em pequenas camadas. Era bem cinturado, seguindo por uma saia levemente mais aberta com uma fenda em um dos lados. O cabelo seguia uma linha de coque baixo, não tão alinhado propositalmente, com duas mexas de cabelo soltas nas laterais do rosto, que seguia com uma maquiagem marrom dourada e o batom num tom vinho escuro.

— É realmente espetacular.

— Se até mesmo você está dizendo, então acreditarei.

Lucien que mantinha uma mão dentro do bolso da calça, levantou a taça que estava em sua outra mão em sinal de brinde. Que foi imitado por ela.

Ainda faltavam alguns bons minutos para o quer se seguiria, então os dois continuaram ali conversando, observando e rindo das desgraças da vida dos dois. Histórias bobas de cada um que faziam estarem cada vez mais em sintonia, os dois se sentiam assim, havia um carinho grande que surgira desde que começaram as conversas.

— Aquele ali não deve aguentar nem mais uma taça, deve cair a qualquer momento — Stella disse de um feérico visivelmente bêbado.

— Isso porque não viu o outro daquele lado — Lucien apontou disfarçando com sua terceira taça na mão.

Stella se virou rapidamente na direção na qual ele apontava e por um instante achou ter visto outro ruivo a quem não queria ter contato nem tão cedo, mas não poderia ser, não é!?

— Stella?

— Hum. — Ela se virou novamente para ele.

— Tudo bem, parece pálida, não vai me dizer que três taças de vinho já te deixaram bêbeda?

— Não, eu só achei ter visto coisas — disse ela tentando disfarçar em um sorriso. — Existe mais alguém ruivo aqui, além de você?

Lucien estranhou a pergunta, mas logo entendeu.

A Corte dos segredos (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora