Capítulo 19 - Tenho medo de perdê-lo.

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Assim chegaram a Casa, Helion olhou para o filho especificamente, aguardando algum sinal de que a conversa tenha dado certo ou se teria sido um completo desastre. Rhys fez o mesmo, mas quando não conseguiu identificar nada, chamou Lucien e Helion para uma conversa.

— E então, como foi? — Helion já quis saber curioso ao entrarem no escritório.

— Melhor do que eu esperava.

— Perfeito, significa que agora eu também posso chamá-la de neta.

— Não!

— Como assim, não?

— Ela me pediu um tempo para entender tudo, o que era, no mínimo, previsível. E pediu para não contar nada a mais ninguém, pelo menos não por enquanto.

— Entendo. Do mesmo jeito que não foi fácil para você, não deve está sendo para ela.

— Não, não deve. Rhys, eu queria pedir para que continuasse guardando esse segredo de Feyre.

— Você sabe que nada fica escondido dela por muito tempo, talvez seja o caso de você contar ao menos para ela.

— Não, eu prometi a Gwyn que não contaria a mais ninguém até ela se sentir confortável com isso e não quebrarei minha promessa com ela. Bom, em todo caso, peço que não conte nada, caso ela descubra de alguma forma, pedirei que a impeça de contar para mais alguém, pode ser!?

— Certo, acho que podemos manter assim.

— Obrigado.

  ☼ ☾*

Já de volta a sala, todos conversavam distraidamente, uns mais que outros. Rhys e Helion estavam em um canto da sala, junto com eles estavam Cassian, Azriel, Feyre e Nyx que ria das palhaçadas do Senhor da Diurna. Varian estava junto a Amren e conversavam com Lucien. Ele tinha uma boa relação com a corte do primo de Varian, sempre que podia, visitava as belíssimas praias do lugar, assim como sempre visitava o Senhor daquela corte e, apesar do receio de estar próximo a Amren, mantinha uma boa conversa com o feérico, enquanto ela apenas ouvia e bebia seu vinho.

Em um dado momento daquela conversa, Lucien moveu o corpo um pouco para a direita quando trocou o peso e perna, no mesmo momento em que Elain passava ao seu lado. Sem perceber o movimento, ela esbarrou nele e quase caiu de lado, não fosse o próprio tendo a segurado pelos braços dela, tomando cuidado de manter uma boa distância de seus corpos.

— Não precisava me segurar — disse ela rispidamente se soltando o mais rápido que podia.

— Claro, milade. Embora eu somente a tenha segurado para evitar que a senhorita caísse. E apenas um obrigada, seria o suficiente — disse ele se virando novamente para Varian, que mantinha a expressão impassível.

Surpresa percorreu o semblante da linda feérica, visto que ele nunca falou assim com ela. Nunca havia sido tão ríspido com as palavras, mesmo que a educação tenha permanecido.

Todos estavam atentos ao que acabará de ocorrer, mas ninguém se atreveu a dizer nada, aliás, estava um completo silêncio naquele instante até Elain voltar a falar:

— E por que eu deveria agradecê-lo?

Ele sabia que não era sobre aquele momento que ela estava se referindo, mas ainda assim se surpreendeu dela ter continuado a falar com ele.

— Elain! — Ela ouviu de Feyre, sentindo que a irmã viria em sua direção, mas de certo modo parou onde estava. Ao que parecia, sendo impedida por alguém de avançar até eles.

A Corte dos segredos (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora