Capítulo 23 - A grande batalha.

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🌟ATENÇÃO: Este capítulo contém cenas de violência, se você é sensível a esse tipo de conteúdo, sinta-se a vontade para pular. 🌟


— Do que está falando? — Stella disse soprado, quase sem conseguir pronunciar a frase.

— De que é minha prometida e vim, dentre outras coisas, revogá-la.

No instante que Koschei terminou a fala, o brilho do luar recém caído pareceu se intensificar, parecendo emanar... fúria.

Olhando de soslaio, Koschei deixou o que parecia um sorriso de lado em direção à janela, sendo percebido por Rhysand que estava a sua frente, do outro lado da sala.

— Sua... prometida? — Stella virou o rosto para o pai tentando entender algo daquela loucura.

— Ah, não, o Senhor do sol não tem nada a ver com isso, é a promessa de outra pessoa.

— Está blefado, não irei com você.

— Oh, minha querida, deve ser minha aparência, não é? Estou decepcionado que não se lembra de mim. Um instante.

Em um estalar de dedos a aparência do imortal mudou completamente, exceto pelos cabelos e barba branca que permaneceram, mas desta vez ele era feito de carne e osso, seu corpo era musculoso, com pele morena e olhos brancos. Vestia uma espécie de saia pesada em bronze cromado com um tecido banco e leve por baixo que iam até acima dos joelhos. Caneleiras que cobriam desde os tornozelos até os joelhos, o material era o mesmo da saia, onde cada joelho levava uma pedra brilhante azul. A parte de cima era coberta, em partes, por um tecido azul escuro que transpassava uma parte do tórax e descia pelas costas como uma capa imponente. Levava por todo corpo acessórios também em bronze cromado, além de no momento estar segurando uma espécie de cajado em formato de raio. Por fim, acima da cabeça levava um coroa com pontas afiadas que também simulavam raios.

Ao vê-lo com aquela aparência percebeu que ele, exceto pelos olhos brancos, havia sido um cara quem ela conheceu há muito tempo, que era obcecado por ela, mas que ela não. Demorou muito para ela conseguir se livrar dele. Nojo havia tomado conta de todo seu ser ao se lembrar das vezes que ele tentou tocá-la. Somente quando seu pai entrou na história que ele se afastou e sumiu, até aquele momento. Tudo havia sido milimetricamente planejado durante muito, muito tempo, percebera ela. 

— Acho que esta aparência não está mal, me inspirei em um deus antigo, há muito esquecido. Mas isso não importa, farei o que quer Senhor do outono, matarei todos, menos ela. Pois ela é minha.

— Que seja, só acabe com eles, especialmente aquele bastardo. — Beron soltou um sorriso sádico ao olhar para Lucien enquanto falava. — Ah, espere. Ficaria mais interessante se eu adicionasse mais alguém a esse espetáculo. Guardas, tragam-na.

Eris engoliu em seco ao entender de quem o pai falava.

— Pai, o senhor prometeu não envolvê-la nisso. — Não era Eris a falar e sim seu irmão, o que segurava uma adaga no pescoço de Gwyn.

Beron gargalhou antes de falar:

— E desde quando eu cumpro promessas a filhos, tolo.

— Eris — ele sussurrou.

— Cale-se.

E assim o irmão entendeu o lado que Eris havia escolhido.

Os guardas voltaram segurando Ioná em prantos, a empurrando em seguida, fazendo com que ela caísse no chão, bem no centro de frente para Beron.

A Corte dos segredos (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora