Dias se passaram e as buscas pelos papeis perdidos continuavam, não somente dentro das fronteiras das Cortes Noturnas e Diurna, mas também, na Estival e Crepuscular. Não obtiveram respostas da Corte Invernal através de Eris, pois desde que Lucien havia aparecido e ele voltado para sua Corte, não retornou, nem ao menos comunicou a Rhys sobre qualquer parecer da Corte vizinha a Outonal. Não havia sumido por completo, respondia a Rhys, mas sempre respostas vazias, sem informações. Lucien por sua vez também fez buscas pela Primaveril e nas Terras Humanas, mas nada havia sido encontrado, mesmo que as buscas tenham se intensificado.
Enquanto Lucien viajava em busca de algo, Elain permanecia cuidando dos jardins não só da casa de Rhys e Feyre, mas de toda a vizinhança. Todos gostavam dela, a achava simpática, gentil, de bom coração e por onde passava recebia sorrisos e elogios carinhosos.
— Senhorita Elain, está lindíssima como sempre — um morador disse ao vê-la passar com uma cesta de flores.
— Obrigada.
— Ajuda? — Ofereceu um macho alto e de voz conhecida.
— Ah, Az, é você — disse ela ao se virar para o lado.
— Tenho a leve impressão que não era bem eu que esperava ver. A quem estava esperando ver hoje?
Ela sentiu seu rosto esquentar.
— N-ninguém.
— Entendo. Segundo as informações que recebi, ele volta hoje — ele sussurrou a última parte.
Ela voltou a olhá-lo com o rosto ainda mais vermelho e olhos arregalados, enquanto parava de brusco no meio da rua em que caminhavam.
— N- não sei... n-não sei de quem está falando.
— Ah, vamos Elain, eu vi que você e Lucien se aproximaram nos últimos dias, aliás, todos vimos, afinal nem ao menos queria estar no mesmo ambiente que ele e de repente sorri para ele.
— Eu, não te devo explicação, a ninguém, na verdade.
— Eu sei, e não estou te pedindo nada, mas queria ao menos ter uma chance de conversar com você.
— Não temos nada para conversar, Az. Tudo ficou resolvido.
Ele sabia que ela se referia ao episódio de quando eles quase se beijaram, mas também sabia que as coisas haviam ficado estranhas desde então, pois ela simplesmente fingiu que nada aconteceu, nunca tocou no assunto e se afastou dele, assim como ele fez com ela. E sabia que havia chegado a hora de terem aquela conversa.
— Elain, eu sei que não ficou nada resolvido e eu queria poder ter me explicado antes, queria ter tido uma conversar franca com você, mas...
— Mas não o fez, agora não acha tarde demais para isso? E aliás, você e Gwyn não estão se dando bem, por que querer se resolver comigo então?
— Porque eu a considero minha amiga e não queria que esse clima estranho permanecesse entre nós. Especialmente agora que estamos nos encaminhando por outros caminhos.
— Az, eu... — os dois estavam parados frente a frente, já dentro da Casa do Rio, quando uma ruiva apontou no corredor, cedendo o sorriso que tinha colocado no rosto após alguma piada das amigas que vinham logo atrás.
Elain rapidamente olhou para o grupo, mas um objeto em especifico chamou sua atenção. Talvez não fosse a primeira vez que via Gwyn usar aquele colar, mas com certeza foi a primeira vez que reparou de que colar era, e sem pensar acabou dizendo:
— Você deu o colar que rejeitei a ela?
— Como? — Gwyn questionou incrédula, colocando a mão sobre o objeto. — Do que ela está falando, Az?
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Corte dos segredos (EM REVISÃO)
FanfictionHá segredos que de tão bem guardados, machucam. E se de repente Helion aparecesse com uma filha, da qual escondeu por séculos? E se essa filha tivesse alguns segredos que incluem o príncipe de uma certa Corte? E se a alma de Lucien tivesse sido n...