Capítulo 12 - Sentimentos.

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Rapidamente chegaram ao palácio, e Elain com determinação, desejou boa noite e seguiu com passos furiosos para seus aposentos.

Certo, o que foi que aconteceu? — Stella quis saber.

— Outra hora, pode ser?

Lucien parecia exausto, não fisicamente, mas mentalmente.

— Tudo bem, mas cuidado com certos pensamentos, e descanse.

— Pode deixar, prometo que tentarei.

Lucien também seguiu corredor adentro e Stella quis ir ao seu lugar favorito, o pátio da piscina. Estava uma noite linda, céu límpido com estrelas e a lua bem cheia e clara, iluminando todo aquele espaço.

Stella estava tão perdida em pensamentos que não sentiu, nem viu a presença de ninguém ali. Mas ele a sentiu, assim que ela se aproximou do portal. Lentamente ele desencostou do beiral onde estava observando a vista e virou-se encostando novamente no beiral, mas desta vez com as costas. Estava de frente para ela, do outro lado da lateral da piscina, vendo cada passo, cada respiração. Ele a viu andar até parar e ficar na mesma linha dele. Percebeu quando ela soltou um grande suspiro, pesado, cansado. Ela respirava e respirava com os olhos fechados. Linda.

Como sempre foi e sempre será.

— Dia cansativo, princesa? — disse ele, a assustando.

Foi só então que ele percebeu que ela chorava. Quando a viu limpar as lágrimas apressadamente, tentando disfarçar.

— O que faz aqui? — ela disse, sem se virar para ele.

— Observando. — A mais pura verdade.

— Faça uma boa observação então. — Ela se virou e andou em direção a saída, mas foi impedida quando ele segurou seu pulso. — Não encoste em mim. — Ela puxou forte o braço, mas sem conseguiu se soltar.

— Se não?

— Se não eu...

Ela não teve tempo de terminar, apenas sentiu suas costas batendo na parede com ele ainda a segurando no pulso, desta vez, dos dois braços, os prendendo na parede, na altura dos ombros dela.

Você?

Seus corpos estavam a um centímetro um do outro. Ela com certeza sairia fácil dali, mas não conseguia. Não com ele ali tão próximo, não com aquele cheiro que um dia foi seu favorito, mas ela precisava sair.

— O que você quer? — ela sussurrou, incapaz de falar mais alto, ofegante.

Ele permaneceu em silêncio, a olhando. Poderia ter se passado horas, dias enquanto eles olhavam profundamente nos olhos um do outro, transmitindo apenas naquele olhar, um turbilhão de coisas. Sentimentos, magoas, tristeza, dor. Desejo.

— Você continua linda — a voz dele saiu rouca e mais baixa que o esperado.

— Ah me poupe. — Ela tentou se desvencilhar dele, mas ele a apertou mais forte, aproximou mais ainda seus corpos.

— Ainda canta maravilhosamente bem. — Ele continuou a elogiando.

— Que foi, está mesmo tentando fazer com que eu acredite nessa sua ladainha, o que espera conseguir de mim? Eu não acredito em uma só palavra do que diz, nunca irei acreditar. Não mais. — Essa última parte saiu sussurrada à medida que ela desviava o rosto, que não durou muito.

Eris soltou uma das mãos que segurava o pulso dela, para puxar seu rosto de volta para ele e, em segundos, sua boca estava na dela, a deixando sem reação com aquela repentina atitude.

A Corte dos segredos (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora