Capítulo 15 - Príncipe herdeiro.

178 13 9
                                    


Assim que montou no Pegasus, os dois desapareceram em meio ao universo. Aparecendo já no território da Estival, onde um segundo depois, sumiu novamente, atravessando os dois até chegarem ao território da Corte Noturna. Nem mesmo Lucien saberia explicar como fez isso em tão pouco tempo, mas em poucas horas entre atravessar e voar montado em Sirius, ele estava sobrevoando por Velaris, a cidade que ele amaria se não fosse pelas circunstâncias a envolvendo.

Ele só parou de admirar a bela cidade quando sentiu um puxão e percebeu que o cavalo havia desviado e seguido em outra direção. Para a Casa do Vento. Em poucos segundos Sirius desceu em um rasante, diminuindo a velocidade ao se aproximar do chão do ringue de treino, seguindo caminho até o tatame em que se encontrava uma moça que Lucien já conhecia superficialmente.

Gwynete Berdara.

— E eu achando que você me obedecia — disse Lucien lívido com o estômago parecendo um turbilhão.

— S-sirius, senhor Lucien? — Gwyn disse ao balançar a cabeça para ver se o choque passava. — Está tudo bem?

— Apesar de quase ter morrido, acho que sim, agora estou bem, obrigado — disse Lucien descendo do cavalo.

O cavalo seguiu tranquilamente em direção a Gwyn pedindo carinho.

— Acho que ele gosta de você.

Os dois sorriram.

— Também estou achando. Não se preocupe, garoto, também gosto de você — disse ela acariciando a crina do cavalo. — Mas aconteceu algo para estarem aqui tão cedo?

Lucien abriu a boca para respondê-la, mas foi interrompido por alguns bateres de asas. Três pares para ser mais exato, além da presença de mais três pessoas. Ele se virou, mas não completamente.

— Lucien! — Stella foi a primeira a chamá-lo. — Você está bem?

Preocupação, era preocupação genuína que ela sentia, e medo, ele percebeu.

Ele apenas balançou positivamente a cabeça.

— Me desculpe por ter pego Sirius sem pedir, eu não estava pensando direito.

— Sem problemas.  — Stella parecia um pouco mais aliviada, mas ainda apreensiva.

— Pode pegá-lo quando quiser — disse Helion ao lado de Rhys, que apenas observava tudo ao lado de Feyre, Cassian e Eris.

Lucien ficou imóvel por alguns segundos antes de virar completamente, sem olhar no rosto de nenhum dos presentes, reverenciando os dois Grão-Senhores e Senhora que estavam ali antes de dizer:

— Desculpe Senhor, mas não precisarei mais de favores.

Um calafrio subiu pelo corpo de Helion ao ver Lucien o tratar daquela forma, não fazia ideia de qual seria a reação dele ao se encontrarem novamente, mas aquilo era bem pior do que ele imaginava.

Depois daqueles dias na Diurna, Lucien havia se aproximado mais de Helion, haviam se tornado amigos, e apesar da irritante insistência do garoto em manter os títulos, nada era como aquele tom frio que dirigia ao Grão-Senhor naquele momento.

— Desculpem qualquer transtorno que eu tenha causado, prometo reparar isso, e se me permitem, eu só vim buscar minhas coisas, mas Sirius quis passar por aqui, por algum motivo — ele dizia a Feyre e a Rhysand.

— Para onde vai? — Feyre perguntou.

— Para as terras humanas, para onde mais eu iria!?

— Aquele não é o seu lugar.

A Corte dos segredos (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora