POV LALISA
— Ah, que cansaço do caralho. Finalmente vou poder comer meu pastelzinho! — Eu falei fechando a porta de casa e já retirando meus sapatos os jogando em qualquer canto.
Sempre gostei de ser sozinha. Me mudei para Flórida com 12 anos, e no começo foi difícil ter que ficar na casa de um desconhecido com o meu mesmo sangue, vulgo meu pai. Ter ele como figura paterna pra mim sempre foi estranho, até porque, acho que ninguém saberia lidar 100% com um narcisista estranho e quieto pra cacete até com a própria família. Com a minha condição, tive meus dias ruins no colegial, mas nada que me fizesse ter traumas ou que me fizesse entrar para terapia. Atualmente moro em um apartamento no centro de Miami, tenho meus 21 anos e além de fazer alguns curtos trabalhos como motorista de aplicativo, tenho faculdade de fotografia todas segundas, quartas e sextas.
— Alô? — Atendi a ligação que tem me atormentado desde o começo do dia.
— Lalisa, preciso de você para um jantar de confraternização da MM. — Era o meu pai.
Respirei fundo de olhos fechados antes de responder aquilo que parecia mais uma ordem.
— Onde?
— Não precisa saber da localização, se arrume amanhã às 18hrs. Taylor e eu passaremos em sua casa para lhe buscar.
— Isso é mesmo nescessário?
— Eu sou seu Pai, Lalisa Manoban.
Lembrei do que a minha última cliente disse em algum momento da corrida; Derrepente nos vemos em um loop infinito de crise existencial sobre; o porque o único argumento que eles usam é "Você é a filha" ou "O Filho".
— Ok. — Ele desligou, sem me falar mais nada.
Terminei de comer o pastel, lavei minha louça. Fui até o meu quarto e tomei um banho de água fria. Me enrolei em uma toalha e fui até o espelho do banheiro, escovei meus dentes e por fim fiquei me encarando durante longos minutos.
— É, Morena. Você tem razão, isso tudo é um saco.
Enquanto trocava de roupa e me deitava em minha cama pude refletir sobre minha vida do começo ao fim.
Nasci com uma condição rara, e bem com bastante anormalidade ao olhar das pessoas ruins. Mas eu os entendo, não é todo dia que se vê uma garota com um membro masculino entre as pernas, muito menos uma que sabe usá-lo bem melhor que qualquer outro homem normal.
Me virei nos lençóis e voltei a pensar na garota que conheci hoje. Provavelmente jamais vou vê-la, mas vai que, Miami não é tão grande assim. Mas boto fé que a areia dela não cabe dentro do meu caminhão, parecia ser perfeita demais para mim. E por que estou pensando nisso? Ah! Dorme Lalisa, dorme...
E se eu vê-la novamente?
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Oh, This Girl • Jenlisa G!P
FanficLisa, uma motorista de Uber recebe uma corrida que passa em frente à sua pastelaria favorita. Com água na boca, ela decide parar rapidamente para comprar um pastel. Ou Jennie pede um Uber para ir à uma festa, mas percebe que o motorista está parado...