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POV LALISA

Estávamos sentadas lado a lado na calçada da casa dela. Retirei um maço de cigarro e um isqueiro do meu blazer. Estava prestes a acender um cigarro se a morena ao meu lado não o roubasse de mim e o colocasse na boca.

- Então você você gosta de roubar... - Falei acendendo seu cigarro.

- Não, negativo! Eu só havia esquecido de pagar a corrida.

- Sei. Isso que dá beber demais. - Falei rindo e ela me deu um tapa no ombro.

- Eu nem bebi tanto. - Falou isso e em seguida sorriu como quem mente sem ao menos tentar. - Quantos anos você tem?

- 21, e você?

- 20.

- Achei que fosse mais nova.

- Oque? Tipo, como mais nova?

- Te daria uns dezoito, até dezessete.

- Impossível, então eu devo estar muito bem na fita.

- Está. - Eu falei olhando para seus olhos. - Pelo menos sei que agora não tenho chance de ser presa.

- Irei fingir que não entendi.

- Eu me refiro a corrida. - Fiquei surpresa com sua interpretação. Ela jogou o cigarro longe.

- Preferia que se referisse a nós. - Ela disse rapidamente chegando mais perto.

- Você é bem ousada sabia? - Eu falei sorrindo me aproximando na mesma intensidade.

Quando me dei conta estávamos com nossos rostos a poucos centímetros de distância, eu a encarava nos olhos esperando alguma atitude da garota "ousada" de minutos atrás. Levei meus olhos para sua boca rosada, livre de qualquer batom cintilante de ontem à noite. Não me contive em apenas sentir nossas respirações quentes se misturarem com o ar frio da noite e selei nosso lábios em um beijo leve, sem pressa.

Fechei meus olhos e me deixei levar pela sensação. Senti suas mãos alcançarem minha nuca com suas unhas. Derrepente pedi permissão com minha língua e aproximei mais nossos corpos. Coloquei minhas mãos em seu corpo, dedilhando gentilmente seu busto nu.

- Acho que deveríamos parar por aqui. - Falei me afastando quando percebi que aquela companhia na calçada poderia se tornar algo mais. E eu não estava afim de passar uma vergonha em pleno domingo à noite.

- Tem razão. Quem sabe depois continuamos. - Ela disse se levantando enquanto arrumava seu vestido. Me deu um sorriso sem mostrar os dentes e se afastou indo em direção a sua casa.

Não demorei muito e logo fui atrás dela. Antes que ela abrisse a porta puxei seu braço e a trouxe até mim, deixando nossos corpos quase que colados um ao outro novamente. Uma tensão sexual se fez presente quando meu olhar foi direto para seus lábios.

Coloquei minhas mãos em sua cintura e me aproximei, colando completamente nossos corpos. Deixando uma de minhas mãos onde estava, deslizei a outra até seu rosto. Sua pele era macia como a seda pura. Deixei meu polegar tocar seu lábio inferior suavemente e senti o olhar da garota no meu aguardando cada movimento meu. Com a mão que estava em sua cintura desci chegando em seu quadril e apertando o local com ternura.

A Morena fez algo depois de alguns segundos, levando sua mão direita para dentro da minha camiseta arranhando lentamente meu abdômen até o cós da minha calça. Senti a mesma fazer um movimento como quem insinuasse abaixar aquilo a qualquer momento. Quebrando o ar de nossas respirações a mesma me beija dessa vez de forma violenta. Não saberia dizer se era por medo de nos encontrarem com toda essa intimidade, ou se, por acaso ela estaria animada demais com a ocasião.

No final de contas, acho que se tratava dos dois.

Mordi seu lábio inferior a empurrando lentamente em direção a parede da garagem de sua casa, e honestamente eu não estava ligando se caso nós pegassem no flagra em um beijo que parecia mais um início de uma foda. Escutamos passos lentos e derrepente Jennie quebra o nosso beijo deixando um selinho em meus lábios.

- Ah, vocês estão aí. - Era a Mãe de Jennie.

- Senhorita Kim, houve algo? - Entrei falsamente na frente de Jennie notando que ela precisava levantar um pouco de seu vestido.

- Não, querida. Apenas notei que você jovens somem e aparecem derrepente, Jungkook saiu para algum lugar e provavelmente não ira voltar tão cedo. E vim verificar se você não havia sequestrado minha filha para algum lugar. - Ela disse rindo em tom de humor.

Eu facilmente levaria ela pra um único lugar: minha cama.

- Que exagero, Omma! - Jennie disse me fazendo rir junto a mãe dela. - Lisa não é do tipo que faria isso.

- Olha, vejo que já estão com bastante intimidade.

- Nem tanto, estávamos apenas conversando e nós conhecendo melhor.

Eu me mantia calada olhando a interação de Sra Kim e sua filha atrevida.

- Onde está o Papai?

- Ah, Henry e Thomas não param de conversar. Parecem dois tagarelas que se conhecem a anos. - A mais velha revirou os olhos enquanto gesticulava com as mãos. - Eles estão me enlouquecendo lá dentro.

- Acredito que seja sobre trabalho e mais trabalho.
- Eu falei.

- Sim. - As duas concordaram.

- Meu pai só sabe falar disso.

- O meu também.

- Olha, já que vocês duas se entendem tão bem. Porquê não pega o número de Lalisa, Jennie?

- Que ótima ideia Senhora Kim. - Falei sorrindo com malícia.

- Bom, irei voltar para dentro. Ainda não recolhi a mesa.

Senhora Kim saiu dalí rapidamente nós deixando a sós novamente. Antes que Jennie falasse qualquer coisa, retirei meu celular do meu bolso e o entreguei desbloqueado em suas mãos. A mesma olhou para mim com uma das sobrancelhas arqueadas e um sorriso no rosto, em seguida digitou seu número.

- Oque? Como você salvou seu contato? - Fiquei atrás dela vendo a tela do celular e rindo baixo.

- "Gostosa".

- Bom, não é mentira. Mas se verem meu whatsapp acharão que você é alguma puta ou ficante minha. - Falei guardando meu celular no bolso novamente.

- Deixa eu te ensinar uma coisinha, Manoban. - Ela colocou os braços em meus ombros e me encarou nos olhos. - Dizem que ou você aprende a ignorar as pessoas, ou elas quem vão te ignorar com o tempo. E eu não acho isso, acho que deveríamos pegar tudo oque as pessoas dizem e mandar para a puta que pariu, e depois ignorar cada comentário, expressão e etc. Então, se te perguntarem se eu sou alguma puta sua, apenas concorde. Faça-os pensar que estão certos, e então apanhe eles pelas costas.

Fiquei um tempo calada, raciocinando tudo oque ela acaba de me dizer com uma expressão séria. Senti seus lábios nos meus em um selinho fofo, sem malícia. E então, a morena me solta e sai andando lentamente de volta a sua casa.

- Você é uma víbora, Jennie Kim. - Falei sabendo que ela escutaria.

Oh, This Girl  • Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora