Oh, This Girl • Jenlisa G!P

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POV JISOO

Estávamos ali, eu e Rosé, aproveitando um momento de intimidade no sofá da sala. Nossos lábios se tocavam suavemente enquanto nossas mãos se entrelaçavam. O clima era perfeito, até que um estrondo ecoou pela porta da frente.

Assustadas, nos separamos rapidamente e corremos em direção ao barulho. Ao abrir a porta, me deparei com a visão de minha melhor amiga, Lisa. Mas aquela não era a Lalisa que eu conhecia. Ela estava bêbada, usando uma camiseta preta e lágrimas marcavam sua expressão raivosa.

Rosé também se assustou ao ver Lisa assim. Sem pensar duas vezes, eu a segurei em meus braços e a carreguei para o sofá. Mesmo sendo mais pesada que eu, não foi um problema. Ela precisava do meu apoio, do meu colo.

Coloquei Lalisa sentada no sofá, tentando acalmar sua respiração ofegante e suas lágrimas incessantes. Olhei em seus olhos, buscando uma forma de confortá-la. Por um momento, senti minha própria preocupação se misturar com a angústia que ela trazia consigo.

— Lisa, o que aconteceu? — Perguntei, tocando gentilmente seu rosto.

Ela soluçou, tentando encontrar as palavras certas para expressar sua frustração e mágoa. Por um instante, tudo o que eu queria era resolver seus problemas, tirar toda aquela dor de seu coração. Mas sabia que não era tão simples assim.

— Jisoo... Meu pai... Ele... Ele não aceita... — Ela começou a dizer, entre soluços.

Eu já imaginava o que Lisa estava tentando dizer. Seu pai não aceitava seu relacionamento com Jennie. Apenas por amarmos duas mulheres, nossa felicidade era jogada para escanteio. Meu coração se apertou, mas tentei demonstrar força em minhas palavras.

— Lisa, seu amor é real. Não deixe que a desaprovação dele te abale. Nós somos fortes juntas, podemos enfrentar qualquer coisa. Seu pai não sabe o que está perdendo.

Rosé se aproximou, com um sorriso encorajador no rosto. Ela tocou o ombro de Lisa, demonstrando seu apoio incondicional. A presença de Rosé sempre me fortalecia, e sabia que era o mesmo para Lalisa.

Lisa olhou para nós duas, seus olhos cheios de gratidão misturada com resiliência.

— Vocês têm razão. Eu não posso deixar que a opinião dele me impeça de amar ela. Nós vamos enfrentar isso juntas.

Um sentimento de coragem e determinação tomou conta de mim ao ouvir suas palavras. Ela estava disposta a lutar por sua amada, por seu amor. Juntas, Jennie e Lisa definitivamente são mais fortes do que qualquer preconceito ou desaprovação.

Envolvi Lisa em um abraço apertado, sentindo toda a sua fragilidade e, ao mesmo tempo, sua imensa força. O caminho não seria fácil, mas sabíamos que, juntas, poderíamos superar qualquer obstáculo.

Com a esperança reacendida em nossos corações, Rosé, Lalisa e eu nos abraçamos, selando nosso amor e prometendo enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente. Não importa o que os outros possam dizer, somos donas de nossas próprias felicidades e ninguém pode nos impedir de vivê-las plenamente.

[. . .]

Lisa adormeceu tranquilamente nos meus braços, e eu senti um alívio momentâneo ao vê-la em paz. Com a ajuda de Rosé, levei Lisa até o meu quarto e a deitei com cuidado na minha cama. Cobri-a com o edredom suave e segurei sua mão por um instante, desejando poder afastar toda a angústia que a consumia.

Enquanto observava Lisa dormir, não pude deixar de sentir uma mistura de preocupação e raiva. Raiva não apenas pelo comportamento do pai dela, mas também por mim mesma por não ter percebido o quão ruim a situação havia se tornado. Eu sabia que o pai dela era um canalha, que não aceitava muito bem nossa amizade, mas nunca imaginei que ele iria tão longe a ponto de fazer Lisa se sentir dessa forma.

Aquela noite fria e silenciosa foi um lembrete de como o mundo ainda tem dificuldade em aceitar amores considerados "diferentes". Eu e Lisa enfrentávamos o peso do preconceito todos os dias, mas esse momento foi um golpe avassalador que me fez questionar se nosso amor por nossas garotas era forte o suficiente para superar tudo.

Voltei para a sala onde Rosé aguardava, a expressão preocupada em seu rosto. Ela me abraçou com carinho, transmitindo uma sensação de conforto e apoio que eu precisava desesperadamente.

— Jisoo, eu estou aqui para vocês. Vamos enfrentar isso juntas. Ok? — Ela sussurrou, como se lesse meus pensamentos.

Eu agradeci silenciosamente a presença da Rosé, que sempre esteva disposta a oferecer seu apoio incondicional. Nós duas éramos unidas e compartilhávamos um amor verdadeiro. Era isso que importava, independentemente de todas as dificuldades no caminho.

E nós vamos nos casar futuramente, eu sei que vamos.

Enquanto nos sentávamos juntas no sofá, conversando sobre o futuro e as batalhas que teríamos pela frente, eu senti que, mais do que nunca, precisávamos nos unir e lutar contra a ignorância e a intolerância. Nossa felicidade não podia ser comprometida por pessoas que não entendiam a beleza do amor livre de preconceitos.

Prometi a mim mesma que estaria ao lado de Lalisa, apoiando-a em cada passo do caminho. Nós enfrentaríamos o pai dela juntas e garantiríamos que sua decisão prevalecesse sobre qualquer ódio e discriminação.

Enquanto a noite se transformava em um novo dia, fiquei de pé ao lado de Rosé, com seu apoio e o amor adormecido de Lisa em meu coração. Não importava o que estava por vir, eu estava determinada a lutar por um futuro onde o amor fosse livre e aceito por todos.