Capítulo XXXVII: O Juízo do Rei

1K 164 166
                                    

E, aí? Egocêntricos favoritos, tudo bem? Sei que tô merecendo um cascudo, mas eu voltei antes de fazer um mês com um capítulo grandão, mereço algum mérito, né? (cara-de-pau, eu sei, hehe)

Antes de começarem a leitura, quero avisar que acontece muita coisa nesse capítulo e alguns trechos podem ser pesados, com possíveis gatilhos para homofobia e violência doméstica. Leiam com cuidado. É isso, nos encontramos no final! 

Vote e comente!

Boa leitura 💙

#MeuEgocentricoFavorito

Lisa apertou Yuna mais perto de seu próprio corpo, era difícil carregá-la e equilibrar o castiçal ao mesmo tempo, mas fez seu melhor. Os corredores da ala dos empregados pareciam labirintos no breu da madrugada.

Yuna soltou mais um gemido dolorido, a cada minuto parecia que ela se tornava mais quente. Lisa tentou apressar o passo, sem pôr a segurança dela em risco.

— Aguente mais um pouquinho, Yu. Nós já vamos chegar.

Yuna não respondeu. Na pouca luminosidade que a vela pela metade produzia, era difícil enxergar seu rostinho. Lisa tentou não se desesperar conforme se perdia naquela escuridão. A ala dos empregados parecia muito maior agora e era como se caminhasse em círculos, num infinito torturante.

— Estamos chegando — repetiu para si mesma, tentando se convencer.

Mais alguns minutos disfarçados de horas se passaram até que um rastro de luz começasse a se abrir diante dela, mostrando que tinha adentrado áreas mais nobres. Por onde a nobreza vivia, os corredores nunca eram totalmente escuros, sempre restavam algumas velas acesas nos candelabros. Saindo da cozinha, Lisa se encaminhou ao corredor que a levaria ao salão das escadarias. Só de ver os primeiros degraus, um misto de alívio e tensão tomou contar de seu corpo. Seria difícil subir todos aqueles degraus carregando uma criança adormecida e um castiçal, mas era sua única opção. Os túneis dos serviçais não eram viáveis sendo tão estreitos e tão cheios de vigas baixas.

— Lalisa?

Ela se virou na direção da voz sentindo seu coração acelerado pelo susto. Mas era Seokjin, o rosto rodeado de sombras causados por sua própria vela.

— O que faz aqui a essa hora? — ele continuou a indagar.

— Lorde Seokjin, eu estou levando... — começou a explicar, mas àquela altura ele já havia se aproximado o suficiente para ver Yuna enrolada em seus braços.

— O que ela tem?

— Febre. Muita febre — respondeu em um sibilo trêmulo. — Preciso levá-la até Hwasa.

Seokjin levou sua mão até a testa de Yuna.

— Ela está fervendo. Me dê ela aqui. — Ele pediu, mas não esperou por nenhuma ação de Lisa, tomando a criança em seus braços como se ela não pesasse nada.

Lisa não teve tempo para reagir, ele começou a subir as escadas e tudo que pôde fazer foi iluminar o caminho enquanto o acompanhava. Vez ou outra ele parava para pedir instruções sobre o caminho, mas fora isso, quase não falaram. Em questão de poucos minutos, ela estava batendo na porta de Hwasa, que graças ao divino não demorou a atender.

— Lorde Seokjin? — foi a primeira interrogação de Hwasa ao abrir a porta. Apesar do que se esperava, ela estava perfeitamente composta, o penteado intocado indicando que ainda não havia se deitado para dormir.

Lisa tomou a frente.

— Hwasa, é Yuna.

Bastou isso que ela finalmente notasse a menina semiconsciente nos braços do alfa.

EGO · ABO · JJK + PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora