I fell in love with you

Capítulo 37

Narrador pov

Aqueles dias que estavam passando em Natal estavam sendo os melhores dias que eles estavam passando em suas vidas, longe de qualquer estresse e de qualquer negatividade que podia atingi-las. Mas é claro que nem sempre as coisas eram mil maravilhas, no terceiro dia da casa de praia, Valentina havia recebido uma mensagem de sua mãe avisando que queria conversar com a mesma. De começo ela relutou e tentou negar, mas Luiza a convenceu e disse que talvez aquilo era o melhor a se fazer e Valentina ouviu os conselhos de sua namorada.

Ainda faltavam dois dias pra elas voltarem, Valentina ficava agoniada a cada dia que se passava, queria saber o que sua mãe queria. Quem via de fora, achava que talvez ela não se importasse com eles, mas era mentira, ela só havia criado uma barreira pra se proteger quanto a tudo que ela havia passado naquela casa. Sentia falta de seus irmãos e da época boa que teve com sua mãe, claro, antes dela se casar com um empresário quando Valentina era bem pequena e se tornar aquilo que ela era hoje, tornando a relação delas inexistente.

Luiza viu como sua namorada ficou depois da mensagem de Catarina, pensou em propor delas irem embora, mas viu que o melhor talvez fosse Valentina ficar ali mais um pouco até está pronta pra aquela discussão. Era nítido o quanto a garota dos olhos verdes ficava afetada por estar longe de seus irmãos principalmente, mas ela não podia fazer nada a respeito, há não ser ficar ao seu lado e apoia-la em qualquer decisão que ela tomasse

:- Ei, não quer ir lá fora um pouco? - Luiza se aproximou de Valentina que estava deitada na cama abraçadinha com o filhote e se deitou ao seu lado

:- Podemos ficar aqui - Ela se arrastou e escondeu o rosto no pescoço de sua morena, só ela lhe passava o conforto que precisava. Luiza beijou sua testa e ligou a grande TV que tinha na parede

:- Vamos vê um filme - ela procurou algumas opções e colocou em um de comédia e largou o controle na cabeceira - Quer que eu faça pipoca? - perguntou pra outra que tinha a cabeça deitada em seu peito

:- Não, faz carinho em mim - Luiza começou um cafuné em seus cabelos e pegou Tequilla do colo da namorada pra ela se aconchegar melhor, colocando o filhote no seu pescoço, aonde ele logo se enfiou entre os seus cabelos. Elas passaram quase o dia inteiro no quarto, vendo filmes e até dormiram um pouco. Luiza havia avisado que Valentina não estava bem e todo mundo respeitou o momento delas. Elas levantaram depois de um tempo e tomaram um banho juntas, colocando roupas mais apresentáveis, já que eles decidiram que fariam um churrasco aquela noite

:- Você tá sentindo melhor? - elas estavam descendo as escadas ao encontro dos outros, que estavam na área da piscina e churrasqueira

:- Tô sim Lu, não se preocupe - elas trocaram um selinho e cumprimentaram todo mundo, logo pegando uma garrafinha de cerveja e algumas batatas fritas que tinham ali. Valentina dormiu e teve tempo pra pensar que não estragaria suas férias e sua viagem pensando em coisas que deixaria ela chateada, então iria aproveitar e resolver assuntos depois.

:- Você viu que o Lucas comentou na sua foto Ju? - Eduarda e Luiza estavam na cozinha pegando alguns pratos pra levar pra área e a morena fez uma careta com a informação

:- Sério? Será que aquele idiota não vai me deixar em paz nunca? - era cansativo o quanto homem poderia ser invasivo e escroto, não generalizando, mas quando acontecia, ficava insuportável de conviver. Luiza não ligou muito pra aquilo, já que era só um comentário e ela podia muito bem apaga-lo depois. Deixou os pratos na mesa e voltou para perto da namorada se sentando em seu colo.

:- Sabia que você é muito linda? - Valentina corou. Ela até poderia ser a garota pegadora, bruta e que não se apegava que todos achavam, mas era incrível em como ela corava com os elogios de sua namorada e se derretia por completo em seus braços. Valentina sempre dizia que Luiza havia quebrado aquele lado dela, de não dar muito carinho e de não se apegar - Sério, que sorte eu tenho. Você é linda demais - Luiza sorria a cada vez que as bochechas de sua namorada ficavam mais vermelha. Era adorável.

:- Ei, pare de me deixar com vergonha - Valentina cutucou a cintura de Luiza que deu um pulinho com o susto - E eu que sou a sortuda aqui, eu te amo - seus lábios se tocaram e era como se tudo envolta delas sumissem e elas ficassem em um mundo particular apenas delas. Suas línguas eram sincronizadas e o beijo tinha um encaixe perfeito. Elas nunca se cansariam daquilo, do sabor dos lábios uma da outra, da pegada firme e da sensação que ficava em seus corpos, como se estivessem em êxtase.

Elas resolveram que iriam na piscina, não havia perigo porque a água era aquecida, então tiraram a roupa e pularam com tudo.

:- Valentina, me molhou toda cassete - Duda reclamava brava e a outra correu pra se esconder atrás de sua namorada rindo. Elas nadaram, jogaram bola e quando era quase 3 da manhã, os demais subiram ficando apenas Valentina e Luiza na piscina. Como sempre o tempo estava agradável, era sempre muito quente em Natal, e a lua fazia companhia pra elas.

:- Queria agradecer por ser meu ponto de paz - Valentina começou agarrando a cintura de sua namorada e a suspendendo, fazendo ela circular as pernas em sua cintura - Sério Lu, não sei o que faria sem você. Acho que iria explodir - Luiza sabia do que ela falava e se aproximou mordendo o lábio de Valentina.

:- Eu sempre vou estar aqui com você meu sol - o beijo começou de forma calma, intensa, mas com o álcool no sangue e o fogo que elas tinham, logo se tornou mais rápido e necessário. Mãos bobas daqui e dali, logo elas estavam transando na piscina, com gemidos baixos e contidos, mordidas e chupões. Logo após subiram e tomaram um banho, pegando Tequilla e deitando na cama. Já não sabiam dormir sem o filhote no meio delas ou entre o cabelo de uma delas. Luiza se aconchegou em Valentina e não demorou muito a dormir, já a de olhos verdes, estava pensativa e não conseguia pregar os olhos. Agradeceu mais uma vez por ter Luiza consigo, mas foi preparando seu psicológico pelo o que estava por vir.

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