Capítulo 46

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Narrador pov

Dia 4 (02/05)

Hoje elas iriam fazer um trilha e conhecer um restaurante simples na região. Acordaram cedo, colocaram roupas leves

:- Olha a cobra - Valentina chegou por trás e Luiza e deu um pulo assustada fazendo a loira rir

:- Para idiota - Valentina recebeu um tapa no braço e riu baixo da cara de brava da namorada. Elas seguiram a trilha e Luiza reclamava dos mosquitos, toda hora batendo nas pernas e braço

:- Amor, me dá a mão - elas estavam a quase 30 minutos fazendo a trilha e agora teriam que passar por uma ponte estreita, sustentada apenas por cordas que para Valentina não sustentariam o peso de seus corpos.

:- Viu, nem doeu? - a de olhos verdes correu para fora da trilha e Thiago, o guia, riu do jeito das duas. Eram as companhias mais engraçadas que ele já teve o prazer de conhecer e acompanhar.

[...]

:- Nossa, isso tá muito bom - Valentina comia e até fechava os olhos para poder apreciar melhor o gosto de seu prato

:- Percebi, você comeu até duas vezes - Luiza falou e só então se deu conta do que estava acontecendo ali - Valentina, você comeu duas vezes - ela falou em um tom espantado e a morena riu alto da cara incrédula que a namorada fazia. Valentina era meio paranoica com o corpo e sempre fazia dietas e academia, mas ali ela não estava se preocupando com nada.

Depois de estarem satisfeitas com o almoço da pequena pensão, Thiago levou as duas até uma área que tinha várias redes e era como uma espécie de área de lazer. Era tranquilo e relaxante.

:- Nossa, que gostoso - cada uma estava em um rede e se balançavam de forma calma, poderiam até tirar um cochilo ali mesmo. O guia as vezes dava uma volta para deixar as duas sozinhas e ter um pouco de privacidade, mas voltava e perguntava sempre se elas precisavam de alguma coisa - Aonde que eu ronco Valentina? - Luiza levantou a cabeça brava quando escutou Valentina conversando com o guia. Thiago quis correr de medo da cara da morena.

:- Eu só tô brincando Lu - Luiza fingiu que não ouviu e voltou a deitar na rede se balançando e ignorando os chamados e pedidos de desculpas de Valentina

Mais tarde elas voltaram para o quarto e o guia, que já tinha virado quase um amigo delas ali, disse que tinha um último lugar para mostrar naquele dia pra elas. Estava um pouco frio, então ambas colocaram moletons e se aqueceram. Era o penúltimo dia delas ali, já que no dia seguinte, elas iriam embora pela tarde. Valentina pegou o objeto e guardou em seu bolso, levaria por vias das dúvidas, não sabia quando seria o momento certo, mas sabia que poderia criar o seu próprio.

Chegaram até uma ponte, que não tinha nada em volta, apenas um rio corria em baixo delas e a visão da lua e estrelas era perfeita. Thiago ficou dentro do carro e as duas foram até a ponta da ponte e ficariam ali, em um silêncio agradável. Valentina tocou em seu bolso e suspirou, poderia ser agora.

:- Lu, você sabe que eu te amo né? - era uma pergunta retórica, mas Luiza iria responder se Valentina não tivesse a cortado - Não, tipo... eu te amo muito, muito mesmo. E amo cada pedacinho de você, amo nossos momentos, amo nossas memórias, amo nossos planos para o futuro, amo suas manias, amo seus olhos, amo sua boca - ela se aproximou e deslizou o dedo pelos lábios da morena e quase se perdeu ali - Amo a forma que me cuida, amo seus defeitos e qualidades, eu poderia passar a vida inteira aqui falando o quanto eu te amo e amo cada detalhe de você. E são por esses motivos que eu te quero pra sempre do meu lado. Sabe quando você não consegue se vê mais sem aquela pessoa? Como se ela fosse uma das razões de tudo pra te manter feliz? - as mãos de Valentina suavam a cada frase dita e Luiza estava confusa, sem entender o porquê daquele discurso de repente, mas sorria largo escutando sua namorada - É assim que eu fico quando imagino você longe da minha vida, sem uma verdadeira razão pra ser feliz. Você me transborda, você me motiva, você me ama. Tantas coisas já foram vividas, tantos desafios, tantas conquistas, tanta cumplicidade que eu quero isso pra sempre - a morena não se aguentou e explodiu em lágrimas e levou as mãos a boca como se não acreditasse, quando Valentina se ajoelhou e tirou a pequena caixinha dentro do bolso - Então, me deixar cuidar de você, te dar colo, te mimar, te fazer feliz, te fazer sorrir todos os dias, te amar...faz a minha felicidade ser ainda completa, casa comigo? - Luiza não poderia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo, nunca passou pela sua cabeça que ela viveria aquele momento, e ela estava vivendo e era tudo tão real. Valentina ainda estava ajoelhada nervosa olhando pra morena aguardando a resposta - E então Lu, você aceita? - Luiza não respondeu nada, apenas se aproximou e tomou os lábios de Valentina nos seus, ajoelhada ali mesmo. Instantaneamente Valentina relaxou, aquilo poderia ser um sim ou uma forma amigável de recusar o pedido, mas ela aproveitou bastante aquele beijo

:- Claro que eu aceito meu amor. Eu te amo, te amo - Luiza sussurrava em seu ouvido e abraçava com força seu pescoço. Estavam noivas, dava pra acreditar? Com cuidado, deslizaram a aliança uma no dedo da outra e se encararam com tanta intensidade, que até as estrelas sentiriam inveja com tamanho brilho que emanava de seus olhos - Você é tão incrível e eu estou tão feliz - a morena ainda estava emocionada e secou algumas lágrimas que ainda deslizavam de seus olhos

:- Eu te amo muito meu amor, obrigada por me fazer tão feliz - mais um beijo foi trocado e por conta do frio e do horário, elas tiveram que voltar.

Se amaram como nunca antes, seus corpos se encaixavam, se tocavam como se fosse a primeira vez, os beijos, os gemidos, as juras de amor. Tudo muito mais intenso e apurado.

Dia 5 (03/05)

No último dia delas, passariam de lancha e estavam animadas com isso, porém chateadas que teriam que voltar logo. Fizeram uma chamada de vídeo com as amigas que enlouqueceram e as parabenizaram desejando felicidades e prometeram que comemorariam do jeito que só elas sabiam quando voltasse.

:- Eu queria ficar aqui pra sempre - estavam abraçadas olhando a vista e o maravilhoso por do sol.

:- Eu também Lu, mas teremos outras oportunidades e outros lugares pra ir - Valentina beijou seus cabelos e continuou ali com a sua agora noiva. Era tão bom poder falar aquilo, que ela queria sair gritando e pulando. O anel que havia escolhido tinha pequenas pedrinhas o enfeitando, era prata e muito elegante.

Antes de irem para o hotel pegar o resto de suas coisas em Tocantins, pediram para parar na ponte mais uma vez e logo descobriam que no muro da mesma, havia as letras V & L pichadas, não poderiam acreditar em tamanha coincidência, só poderia ser coisa do destino mesmo. Tiraram mais algumas fotos e pegaram as últimas coisas no hotel e partiram para o aeroporto. Com toda certeza Jalapão tinha participado de um dos melhores momentos da vida delas e não poderiam estar mais agradecidas por isso. Obrigada Jalapão...


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