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Pedindo informações a Ravi, descobri onde era a casa de Liam. Eu iria até lá, precisava de uma explicação. Assim que ele me passa a localização, eu fiquei um tanto quanto surpresa até, não era em um bairro nobre de New Heaven com eu imaginava, pelo contrário, era um bairro muito mais inferior, onde só moravam as pessoas que não tinham um boa, ou quase nenhuma renda. E justo o filho do dono daquela mansão de onde foi a festa sábado, morava em um lugar daquele. Como isso era possível?

Saindo da universidade, eu peço um carro para ir até lá. Depois de mais ou menos meia hora esperando, meu carro chega, então eu entro e seguimos viagem até o local.

Demorou mais do que o esperado para que eu chegasse, o bairro era mais afastado daquele lado da cidade. Parando em frente a casa, pude reparar bem em como era. Era um casebre pequeno, meio apagado e tudo ali cheirava maconha.

Eu me aproximo da porta e giro a maçaneta, por algum motivo ela estava aberta. Sem esperar eu logo entro, vendo o garoto que antes estava deitado no sofá ali, levantar rápido.

- Julieta? tá merda cê tá fazendo aqui? - ele pergunta um tanto irritado, só que não mais do que eu.

- sala 14 Liam! cê me levou pro seu abatedouro, seu canalha! - eu praticamente grito.

- do que é que você tá falando? - se faz se desentendido, sínico.

- eu sei que você leva todas as garotas lá, porra Liam! sério isso?

- a culpa é minha se aquela é a única sala vazia do campus? tá se achando especial demais, não acha princesa?

- eu acho incrível o quão escroto você consegue ser, sério!

- garota primeiro você invade a minha casa e depois começa a me xingar e falar esse monte de merda, o que é em? se você se apegou demais a culpa não é minha!

- seu... escuta aqui! - eu me coloco na frente dele - se você acha que eu vou ser mais uma peguete qualquer sua, é melhor cair na real!

- você não é uma peguete qualquer, garota. Diferente das outras, você é a única que eu odeio.

- me odeia tanto que não consegue ficar sem me beijar quando eu tô assim, bem na sua frente, tão perto de você. - estava cara a cara com ele.

- você é uma desgraça sabia? - vejo ele encarar minha boca - veio até o meu barraco por causa de ciúmes, princesa?... eu não sou alguém que você deva se apegar porra. - ele diz segurando o meu rosto - cai na real, quer mesmo ficar me beijando?

Era tudo o que eu queria, principalmente ali, na frente dele. Ele estava certo, não era alguém que eu devesse me apegar, mas pela primeira vez em muito tempo eu estava me sentindo eufórico e a adrenalina tomava conta de mim. Liam me gerava um misto de sensações, o ódio se misturava com o desejo quando estávamos juntos e eu sempre soube quem falava mais alto.

Sem dizer mais nenhuma palavra, eu puxo a gola da sua camisa e o beijo. O nosso beijo dessa vez tinha gosto de raiva, era intenso. Ele agarra com força a minha cintura, e uma das suas mãos vai até a minha nuca, enrolando no meu cabelo, o puxando. Ele estava ofegante, tanto quanto eu, ambos não tínhamos força o suficiente pra resistir a tensão que havia entre nós.

Caindo na real, em um momento de impulso, meu reflexo fala mais alto e sem que eu pensasse muito, levanto minha mão e coloco toda a minha força nela, e assim, bato no rosto do menino a minha frente.

- você só pode ter ficado louca! - diz ele colocando a mão no rosto, sentindo onde foi o tapa - perdeu a noção do perigo, caralho?!

- eu... - eu olho para ele com os olhos arregalados. Eu não costumava agir por impulso, mas acho que dessa vez a raiva que eu sentia falou mais alto - Deus do céu! me desculpa! não era minha intenção machucar você!

O vagabundo e a damaOnde histórias criam vida. Descubra agora