VII

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JULIETA
23:39PM

Era noite, após um dia longo e cansativo na universidade, eu já estava em casa, mais especificamente, em minha cama, já de banho tomado e prestes a dormir. E eu realmente iria, se não fosse por uma notificação chegando em meu celular.

Ravi
E ai gatinha
Tá acordada?
23:39✓✓

-
Oii, tô sim
Aconteceu algo?
23:40✓✓

Ravi
Não, fica tranquila
Eu só queria te perguntar uma coisa
23:40✓✓

"ok, ele conseguiu me deixar nervosa"

-
Ah pode falar
23:41✓✓

Ravi
Então, queria saber se você aceitaria sair comigo sexta depois do treino
23:42✓✓

"não tô acreditando!"

-
Claro, eu vou sim!☺️
23:43✓✓

Ravi
Beleza, depois das aulas, me encontra na quadra, blz?
23:43✓✓

-
Ok!
23:44✓✓

"Isso é sério? eu vou mesmo sair com o Ravi! cacete!"

Mal podia acreditar, eu estava me sentindo idiota por levar um convite tão a sério, mas caramba, é o Ravi! Ele se parecia comigo em vários sentidos, éramos amigos, defendíamos as mesmas causas, faríamos uma dupla incrível juntos! Assim que cheguei na universidade, foi Ravi que se prontificou a nos mostrar o campus. Ele sempre foi educado, era engraçado e não havia uma única pessoa que não gostasse dele. Ravi sempre foi o cara perfeito.

Passei quase uma hora conversando com ele, ele era extremamente divertido, mas logo eu acabei pegando no sono sem ver.

5:15AM
07 de fevereiro

Acordo pronta para me arrumar para mais um dia de aula. Faço todos os meus deveres matinais e logo escolho minha roupa do dia, opto por uma calça jeans básica, eu não costumava usar calças mas essa semana até que estava mais fresca do que o clima que costumava fazer em New Haven. Eu ponho uma camiseta verde mais escura e por cima um casaquinho felpudo verde claro. Pego minha bolsa e sigo caminho para o ponto de ônibus.

Assim que ele chega, eu entro e me sento. Durante o caminho eu trocava algumas mensagens com Ravi. Desde o dia em que ele me chamou para sair nós mal nos desgrudamos, quando não estávamos juntos, trocavamos mensagens. Ravi era uma ótima companhia, bom ouvinte, e eu podia ficar pra sempre apontando o que de melhor ele tinha, mas era melhor eu me controlar. Hoje seria o dia em que sairíamos juntos. Eu não fazia ideia de para onde ele me levaria mas estava mais ansiosa do que nunca.

Chegando na universidade, eu saio do ônibus e sigo para dentro. Passando apressada pelos corredores enquanto mexia dentro da minha bolsa para procurar minha pasta, eu entro em uma sala, a qual eu julgava ser a minha. Assim que adentro, levanto meu rosto, me deparando com uma cena extremamente desagradável.

Liam e Cris, uma ruivinha irrelevante do curso dele, se agarrando dentro da sala vazia. Ela se mantinha sentada em uma das mesas e ele de pé entre as pernas delas, devorando sua boca, de uma forma agressiva até demais ao meu ver, enquanto com as mãos, apertava cada parte (ou procurava algo para apertar) no corpo daquela garota.

Assim que eu havia entrado, a porta range chamando a atenção dos dois para mim, parada na frente da porta encarando aquela cena um tanto quanto pasma.

O vagabundo e a damaOnde histórias criam vida. Descubra agora