JULIETA
02:37AMTínhamos pressa pra chegar até meu apartamento, assim que chegamos em frente a minha porta, eu tento destranca-la desesperadamente, era ainda mais difícil com o garoto estando por trás de mim, segurando minha cintura enquanto beijava todo o meu pescoço e ombros, era difícil me concentrar em qualquer coisa sentindo suas carícias.
Finalmente a porta é aberta, ele então me vira de frente para ele, devorando a minha boca assim como antes na praia, sedento e insaciável. Ele me guia para dentro do apartamento, fechando a porta com o próprio pé em seguida, sem desgrudar sua boca da minha. Sinto ele me empurrar contra o sofá, fazendo com que eu caísse ali e então ele se põe por cima de mim, passando a beijar meu pescoço enquanto suas mãos corriam por toda minha cintura parando em minha coxa, apertando o local.
- espera... - digo empurrando seu peito com as minhas mãos, o afastando um pouco.
- o que foi? - ele pergunta, parando com os beijos e me olhando.
- não vai me pegar hoje, vagabundo. - digo rindo, saindo de baixo dele com um pouco de dificuldade.
- que? ah não, Julie, qual é! olha o que você faz comigo, garota! - a frustração em sua voz enquanto se sentava era nítida, o que me fez achar graça.
- me desculpa. - digo parando em sua frente com os braços cruzados - mas olha só, tá tarde né!? - eu finjo um bocejo, vendo ele sorrir passando a língua pela parte interna de sua bochecha - é melhor você ir embora, não acha?
- você não vale nada, sabia? - disse puxando meu quadril, me fazendo sentar em sua coxa.
- e você vale menos ainda. - dessa vez, eu puxo seu rosto e o beijo, mais delicada dessa vez.
- porque tava chorando na minha festa? - ele separa nosso ósculo, voltando a fazer a mesma pergunta de antes.
Eu não contaria. Convenhamos que contar pro cara que me beijava aquela noite que eu fiquei mal por causa do outro cara estar beijando minha amiga, não fazia muito sentido. E sinceramente, por mais que eu achasse traição da Angel ter feito aquilo comigo, eu pretendia conversar com ela antes de qualquer coisa.
- você é lindo, mas é mestre em acabar com momentos. - eu me levanto de seu colo e puxo suas mãos, fazendo-o se levantar - vamos, deu sua hora.
- qual é, aproveita que já está de madrugada e vamos terminar de virar a noite. - diz ele, tom pervertido em sua voz era palpável.
- até parece que eu suportaria ficar com você uma noite inteira, né Liam. - digo parando com ele em frente a minha porta, ainda de mãos dadas, olhando em seus olhos.
- prefiro quando me chama de "vagabundo", minha dama. - diz e assim rouba um selinho de mim - mas tem razão, acho que eu enlouqueceria se ficasse tempo demais perto de você e de toda essa frescuragem nesse seu apê. - ele então solta minhas mãos e gira a maçaneta da porta - até segunda, Julieta.
- não era "minha dama?" - ele sorri de canto e assim sai pela porta, a fechando em seguida.
Aquela definitivamente tinha sido a noite mais louca de toda a minha vida. Não é como se eu tivesse passado a suportar aqueles braços fortes e corpo tatuado ao meu lado, mas aquela boca definitivamente tinha me viciado naquela noite. Liam sabia o que estava fazendo, mas eu não. Eu sabia que tinha cometido uma loucura sem tamanho, mas agora eu não podia imaginar que algum dia eu iria morrer sem ter beijado aquela boca.
Opto por desencostar daquela porta, parar de viajar naquele beijo e ir tomar um banho. E infelizmente, por estar toda suja de areia, aquela roupa que havia ficado com o cheiro do mais velho teria que ser lavada.
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O vagabundo e a dama
Teen FictionJulieta, era uma jovem estudante de direito quando o seu caminho cruzou com o daquele rebelde inconsequente do sorriso que tirava seu fôlego todas as vezes que o olhava. Tudo relacionado a ele aflorava ainda mais o tamanho ódio que sentia pelo garot...