Narcisa Malfoy

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Pov. Hermione Granger


Mãe, aquela palavra significava tanto para mim que quando eu fui ver já estava completamente entorpecida por ela. Era como se tudo finalmente fizesse sentido, como se cada palavra, cada lágrima, cada briga, cada mentira finalmente valesse a pena.

Eu estava perdidamente apaixonada pelas duas criaturas de cabelos cacheados que faziam parte da minha vida e me sentia uma verdadeira leoa protegendo suas crias. Se antes eu queria saber o que Fabricio Melgaço queria com eles, agora então nem se fala.

Minha rotina teve que ser alterada, antigamente eu almoçava no Ministério, agora eu comia em casa e aproveitava as duas horas de almoço. Na parte da manhã eu resolvia o que tinha que ser resolvido como as missões fora do Ministério e de tarde quando dava para trazer para casa aproveitava para voltar mais cedo. Como não iam para a escola por agora, só no começo de janeiro, a Sra. Weasley tinha se oferecido para ficar com eles durante o período da tarde para dar uma folga a Pops e pouco antes de voltar para o serviço do almoço eu os levava para ela, pela lareira.

Eu não sabia se era por vontade própria ou se Enzo e Sophia realmente tinham algum truque magico, mas a cada dia que passava eu via Draco mais próximo deles, aos poucos eu via "pirralhos" se transformando em Gatinha e Garotão. Os dois estavam com nós há pouco mais de dez dias, e ele já tinha feito essa mudança chamando Sophia de gatinha quando estavam na piscina e ela não queria entrar porque não sabia nadar e ele a incentivou a chamando assim. Os olhos dela brilharam como nunca, ela era simplesmente encantada por Draco de todas as formas e eu via que ela causava o mesmo efeito nele, mas eu preferia não dizer nada.

Era o último dia de trabalho antes do feriado de natal, vinte e três de dezembro daquele frio de 2005. Eu e Harry estávamos montando uma armadilha para Fabricio Melgaço, procurando alguma forma de nos infiltrarmos e conseguir pelo menos alguma coisa desse homem, enquanto Draco ajudava os outros aurores a fazer os interrogatórios que cada vez vinham em mais nada de nada, sem nenhuma noticia que realmente pudesse nos ajudar.

A história se complicava porque infelizmente para montarmos qualquer plano de infiltração tínhamos que saber por que ele queria os gêmeos e sabermos com quem estávamos lidando.

—Eu queria socar a cara do Lúcio – falou Draco escancarando a porta da sala número um, a nossa – Acredita que ele não teve coragem de falar nada? Só que eu avisei, ele não falaria nada e sabe o que é pior? Eu sei que ele sabe de alguma coisa. Se antes eu desconfiava, agora eu tenho certeza.

—Como você sabe disso?

-Eu conheço o crápula Mione – sim ele me chamava de Mione de novo, depois de me chamar assim durante um tempo e depois do sumiço e me chamar apenas de Hermione, ele me chamava pelo apelido que todos próximos a mim me chamavam e também nem percebia essa mudança – Sei cada truque daquele maldito.

—Calma Draco – me aproximei dele, sua mão tremia minha mesa – Você não devia ter participado desse interrogatório, eu falei para ir no seu lugar...

—Eu não quero que você chegue perto do meu pai Mione, você não merece chegar perto dele tenho certeza que ele apenas te magoaria com os preconceitos bestas dele e do Lorde que ele teme.

Ele continuou com raiva, e instintivamente passei a mão pelo meu braço, a marca parecia tão exposta quando alguém tocava nesse assunto mesmo que não diretamente. Não que eu sentisse vergonha do que sou, isso jamais. Eu sempre fui uma Sangue Ruim e me orgulhava disso. Mas quando envolvia comensais e esse preconceito, lembranças sempre vinham e eu fugia delas há muito tempo.

Dramione- FotografiasOnde histórias criam vida. Descubra agora