Pov. Hermione Granger
Quando isso tinha acontecido? Eu não sei. Num minuto eu estava gritando na sala que estava apaixonada por Draco Malfoy e no outro eu estava no beco, aos beijos com ele debaixo de chuva depois dele dizer que me ama.
Os lábios dele buscavam os meus com tanta urgência, que eu sentia essa urgência junto com ele. Nem a chuva sobre nós importava naquele momento. Aquelas palavras pareciam ser tão... Tão perfeitas. Mas a chuva aumentou e com dificuldades me separei dele aos poucos dando um passo para trás, ele me olhou confuso.
—Vamos pegar um resfriado – falei usando o resto da minha consciência – Vamos para casa, podemos conversar lá.
Ele apenas concordou com a cabeça e entrelaçou nossos dedos provavelmente pensando que eu ir fugir dele. Tolo! Eu não conseguiria nem se acumulasse todas as minhas forças. Não caminhamos, corremos na chuva que já havia nos encharcado com completo e só aumentava.
As pessoas nas varandas das suas casas nos observaram curiosas, não erámos o tipo de vizinhos presentes e para eles, com certeza erámos loucos. Ele abriu o portão para mim e fechou, Rafael já não estava mais ali e eu tinha muito que agradecer e me desculpar com ele depois.
Assim que chegamos na varanda de casa peguei minha varinha na bolsa molhada, tentei nos secar o máximo possível e mesmo assim ele não soltou a minha mão, estava absorto em seus próprios pensamentos enquanto o ar quente secava nossas roupas em questão de instantes. Entramos e me sentei no sofá nos separando, as cartas e a revista estavam jogadas no chão só que não me importei, coloquei meus cotovelos nos joelhos e prendi meu cabelo meio molhado tentando pensar com clareza agora que estávamos dentro de casa e secos.
—Por que você disse isso? – perguntei confusa olhando para ele – Para retribuir o que eu disse?
Ele sorriu, aquele mesmo sorriso de lado que eu estava apaixonada há tanto tempo e me puxou para ficar em pé com ele.
—É claro que não. É porque eu te amo – se a mão dele não estivesse na minha cintura eu tinha caído com certeza, aquelas palavras me entorpeciam – Eu te amo Hermione. Não me pergunte como isso aconteceu e nem quando, eu não sei... Eu só sei que não consigo mais viver sem você, nem por um minuto. Você não sabe o quanto foi difícil ficar longe de você todas as vezes que ficamos sem nos falar... Eu não sei se isso é o certo, não sei se é o que posso fazer... Eu só sei que te amo, eu não descobri isso antes por que... Porque não é só paixão, eu achei que se estivesse apaixonado por você não precisaria me perguntar isso, mas eu me perguntava todos os dias o que era esse sentimento. Até que hoje eu descobri, talvez eu já sabia, mas apenas agora descobri. Não é só paixão que eu sinto por você, tudo que eu sinto por você, é amor.
—Você está confuso... – Tentei clarear nossas cabeças.
—Não Mione, você não está me entendendo – Draco ergueu meu queixo para olhar em seus olhos azuis cinzentos, meu coração martelava contra o peito e eu tenho certeza que ele podia ouvir mesmo com o barulho da chuva alta lá fora – Só tente entender que eu te amo. Eu te amo mais do que pensei ser possível e fui um tolo por não perceber isso. Eu não queria te machucar e te machuquei, porque eu não sou bom para você, eu não sou bom amando você e a prova disso, a prova que eu não sou bom para você, é o egoísmo, sou egoísta demais para te perder.
Aquilo era desconcertante, era estranho e era perfeito. Era como se eu sempre sonhasse para escutar isso, e agora que eu estava escutando parecia que a qualquer momento ele diria que era uma brincadeira, que a Adriana iria entrar aqui com a prancheta dela dizendo que era mais uma das suas terapias malucas.
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Dramione- Fotografias
FanfictionO que restou depois da Guerra? A vida voltou ao normal para todo mundo menos para Hermione Granger, o passado continua a perturbá-la, a menina doce e sabe tudo cresceu e virou uma mulher incrivelmente bonita e confiante, mas que para fugir do passad...