O Chefe do Departamento dos Aurores

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Pov. Hermione Granger

Mandar Melgaço ir a merda, para a puta que o pariu, começar um revolução... Tudo isso era fácil. Difícil mesmo era convencer Draco que eu continuaria sendo auror. Mas, assim como ele era cabeça dura, eu era teimosa.

Fiquei afastada até o final do mês de março e mesmo a medibruxa querendo me dar mais alguns dias de dispensa eu recusei veemente. Onde já se viu? Um mês parada! Isso era tão absurdo que chegava a irritante.

Nossa decisão mais difícil era o que fazer com Enzo e Sophia, sobre a escola. Eles tinham ficado durante muito tempo afastados e apesar de querermos colocar sempre ao redor dos nossos filhos uma barreira impedindo de acontecer qualquer coisa ruim, ainda sim não podíamos priva-los de ter uma vida normal.

Fabricio Melgaço estava a solta, isso realmente era um grande problema e por mais que tentássemos localizarmos ele, era impossível. Só que nem por isso tínhamos o direito de fazer com que a vida das crianças fossem apenas dentro de casa, eles precisavam fazer amizade, precisavam viver a vida normalmente.

Então os deixamos voltar para a escola.

Não que eles ficassem sozinhos. Longe disso. A escola estava sobre máxima proteção, eles nunca ficavam sozinhos e a parte boa era que Cho, Fléur e Neville sempre estavam por lá para nos dar mais segurança. Uma hora ou outra Melgaço viria atrás deles, mas para mim, isso estava fora de cogitação. Se dependesse de mim e de Draco ele nunca encostaria nenhum dedo dele nos gêmeos.

Meus "traumas" ainda me assombravam, não era toda noite, mas boa parte delas eu havia tido pesadelos com os corredores da cela. Havia diminuído bastante com as seções de terapias, mas ainda sim... Me tiravam algumas horas de sono.

Eu pouco falei com Theo, ele estava passando por testes intensos no Departamento junto com Aline, para se tornarem aurores. E Simas continuava trabalhando na nossa equipe, ele gostava das ruas... Principalmente depois de ficar tanto tempo enfurnado numa cela não saindo nunca.

Aos poucos minha rotina ia tentando voltar ao normal e eu contava com a ajuda de Draco pra isso, já que ele sempre estava ao meu lado. Ele era o que chamamos de Porto Seguro, aquele que mantinha meus pés no chão, que me ajudava cada vez que eu tinha uma pequena recaída em relação aos meus sonhos.

Eu não precisa dizer em palavras o que estava acontecendo, ele sabia.

Como eu podia amar tanto assim alguém? Essa resposta eu não sabia... A única coisa que eu sabia era que o amava. Eu amava quando ele apenas segurava minha mão sem necessidade alguma disso, amava quando ele me prensava na parede e me deixava de pernas bambas... Eu amava ser a namorada dele.

No dia 30 de abril saiu a guarda definitiva das crianças. Se eu fiquei feliz? Eu era a pessoa mais feliz do mundo.

Enzo e Sophia eram o melhor de mim, era minha melhor escolha e minha vida se resumia a eles. Independente de Voldemort, Alice, Fabricio Melgaço... Eles eram a única coisa que eu podia dizer que eram meus realmente, e via nos olhos de Draco que ele sentia a mesma coisa.

Ele era o pai mais feliz do mundo, e eu a mãe.

Era engraçado vê-lo perdido com as perguntas delas, as horas que tomávamos café da manhã juntos antes de revezarmos em leva-los a escola. Era cada momento desse que me fazia ter certeza que Merlin não podia escolher homem melhor para ser pai deles. Porque para mim, Enzo e Sophia nunca foram filhos de Voldemort, e sim de Draco Malfoy.

—Então vocês vão se separar para se casar de novo? – Perguntou Enzo quando Draco tentava, fracassadamente, explicar o motivo que ele em poucos dias se mudaria para a casa alugada a menos de duas quadras daqui.

Dramione- FotografiasOnde histórias criam vida. Descubra agora