Acordo com o toque do meu celular está tudo escuro, estou completamente sonada vejo as horas. Eita! São quatro da manhã quem pode estar me ligando a essa hora? E é um número desconhecido quem poderá ser? Não atendo, telefone volta a tocar, toca, toca, para e volta novamente a tocar, número desconhecido. Que droga! Não me deixa dormir, mas penso que pode ser que tem alguma relação com meu Dono. Resolvo atender.
- Alô.
- Bom dia Elvira, eu venho por ordem de Domme Cristina que me determinou lhe entregar um pacote enviado por Dom André.
Ao ouvir o nome de meu Dono, através da voz masculina ao telefone, dou um pulo da cama estou totalmente alerta e desperta.
- Sim, pois não.
- Logo estarei na portaria de seu prédio, peça ao porteiro que autorize meu acesso. Obrigado.
Nem tenho tempo de responder e ele desliga o telefone, corro para tentar melhorar minha aparência, estou descabelada, deitei de madrugada pensando no que levar e ficar arrumando tudo e agora quatro horas da manhã me vem essa ligação, um misto de cansaço com euforia e medo com excitação, ele me disse que eu vou receber algo do Dono, ainda estou nesses pensamentos quando o interfone toca, droga esqueci-me de avisar na portaria que alguém viria por agora.
- Pronto.
- Dona Elvira, é o Jorge o porteiro da noite, a senhora me desculpe interfonar a essa hora, mas é que tem um rapaz aqui com uma encomenda, estou achando muito estranho uma entrega nesse horário, mas ele me disse que já havia falado por telefone a poucos minutos e que a senhora estaria aguardando é isso mesmo? Posso abrir o portão?
- Sim, estou sim, pode abrir e deixá-lo subir. Desculpe-me, mas esqueci de lhe avisar que haveria alguém chegando.
Passo uma escova no cabelo, arrumo o roupão a campainha toca. Quando vou abrir me preocupo, será que é mesmo de meu Dono? Será que não tem haver com um golpe? Mas já estou com a mão na fechadura e abro a porta, diante dela vejo um homem por volta de seus trinta anos, elegantemente vestido com um terno cinza escuro, camisa branca, gravata e com um chapéu em sua cabeça, desses que se usava nos anos 30 ou 40.
- Bom dia!
Ele não retribui meu bom dia, simplesmente ele me estende a mão e me diz que havia sido ordenado para que me ligasse 10 minutos antes me avisando de sua chegada e que eu deveria ter avisado à portaria autorizando o seu acesso. Disse-me isso sem nenhuma expressão em seu rosto ao mesmo tempo em que me entregou uma caixa com um envelope preso a ela.
- Não quer entrar?
- Devo esperar aqui.
Encosto a porta, com o coração disparado coloco a caixa sobre a mesa e abro o envelope e leio.
"Elvira,
Como lhe havia dito anteriormente deves passar pela provação, ainda podes desistir, se resolver seguir adiante, vista sobre seu corpo nu a túnica que se encontra na caixa, pegue a caixa em que fica guardada a coleira que mandei fazer para você, apenas isso não pegue mais nada e acompanhe o mensageiro.
André".
Nesse momento minhas incertezas e preocupações de que possa ser algum golpe, que meu Dono esteja sequestrado e que estão aprontando alguma coisa para mim se dissipa enquanto termino de ler, Dono fala da caixa feita por ele para guardar a minha coleira, só nos dois sabemos dessa caixa, mas outra preocupação surge em minha mente e por conta do tom da escrita.
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A Coleira
Short StoryA historia de uma mulher submissa que se descuida de uma de suas coleiras, toda a sua luta em busca de manter a sua coleira física, manter a sua relação de Dominação/submissão com o seu Dono. Será ela capaz de superar tudo? Conseguirá ela manter ess...