Após o jantar fomos todas deitar cedo, estávamos exaustas e doloridas por conta da sessão de adestramento, meus bicos estão extremamente sensíveis por conta de tanto tempo que estiveram apertados, sinto tanto calor que nem me cobri para dormir, tirei o saiote e as tiras de couro e me joguei na cama. Um barulho na minha porta me desperta, mas como está totalmente escuro, e por eu estar sonada, não vejo nada.
- Quem está aí?
- Sshhhh, sou eu Lua.
Pulo da cama, ela acende a luz fraca do quarto, a vejo de pé junto à porta seu rosto banhado em lágrimas.
- O que aconteceu? Como você consegue entrar aqui, eles sempre trancam a porta por fora.
- Estou precisando muito conversar e só sinto confiança em você e sou eu quem tranca e abre sua porta, cada submissa tranca e abre a porta de sua inferior e hoje eu percebi que a minha não estava trancada direito, consegui forçar um pouco e abri-la, de início achei que poderia ser uma armadilha e então eu esperei e esperei em uma imensa angustia, mas como ninguém apareceu tomei coragem e vim, não queria por você em risco.
Confesso que fiquei assustada ao ouvir ela dizer que poderia ser uma armadilha, me lembrei dela me dizendo sobre uma inimiga declarada e que poderiam querer nos pegar em erros, mas ao olhar para Lua e ver seu estado de desespero eu esqueci de tudo.
- Venha cá Lua, sente aqui, vem conversar vem. O que aconteceu?
Puxo-a para perto de mim, que de imediato deita sua cabeça em meu peito, como quem busca um refúgio, suas lágrimas molham meu seio, gosto do calor do corpo dela junto ao meu, tenho sentido falta de contatos afetuosos. Deixo-a chorar, espero que ela se acalme, no silêncio do quarto apenas seus soluços de choro são ouvidos. Então ela para, levanta sua cabeça, passa as mãos no rosto para secar suas lágrimas e começa a me contar.
- Elvira, não sei se hoje você percebeu no adestramento que comigo aconteceram coisas diferentes.
- Sim, eu percebi. Não havia como não perceber.
- Isso mesmo, deve ter percebido que nenhuma foi montada pelo adestrador, em todas foi o mesmo tratamento, mas comigo foi tudo diferente e além, até mesmo ele ter me apalpado quando foi colocar os sinos em meus bicos.
- Mas ele apertou os meus ao perceber que estavam muito sensíveis.
- Pode ser, mas é diferente, quando ele prendia e passava as mãos em meus seios eu tive aversão, você sabe que eu tenho uma Domme, se me entreguei a uma é por gostar e querer estar com uma mulher, gosto da atenção e do toque de pele feminina, eu sou assim, nasci assim.
- Sim eu sei disso.
- Estava te dizendo que enquanto ele passava as mãos em meus seios, me disse que eu era uma poney de belas tetas e que as teria, e é claro que eu nada respondi, o que poderia dizer naquele momento? Então só baixei os olhos para que ele não visse meu sofrimento, mas não foi só isso, quando ele montou em mim eu percebi claramente que ele estava realmente fazendo comigo por prazer e não como um adestrador, o que era o que ele estava sendo para todas. E o pior é que quando tudo terminou ele ficou na minha frente e me disse que eu seria dele de qualquer maneira, me disse que sabia que eu tinha Dona e que negociaria com ela.
- Mas você pode não querer não é?
- Não sei, tenho um acordo por escrito com minha Domme, e uma das cláusulas é que poderia haver negociação da posse, quando negociamosestá assinada por mim.
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A Coleira
Short StoryA historia de uma mulher submissa que se descuida de uma de suas coleiras, toda a sua luta em busca de manter a sua coleira física, manter a sua relação de Dominação/submissão com o seu Dono. Será ela capaz de superar tudo? Conseguirá ela manter ess...