Capítulo 8 A Festa

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          Então Domme Cristina faz um gesto e todas, como que bem ensaiadas dobram seus joelhos até que toquem o chão e começam a colocar seus rostos e seios contra o piso do salão e eu,  descompassada delas, tento imitar e acompanhar Lua que está ao meu lado, estamos todas com nossos seios e rosto no chão, braços estendidos à frente e de joelhos, o que nos faz ficar com nossos quadris totalmente empinados, lembro que já estive assim frente ao meu Dono, e qual foi o prazer que eu senti ao assumir essa posição para ele, mas agora minhas sensações são outras.

          Percebo alguém movimentar-se, e da posição em que estou procuro atentamente observar tudo para tentar aprender e entender o que acontece, viro um pouco meu rosto com muito cuidado e bem devagar, não quero que me vejam mover-me, o ambiente iluminado pelas tochas trás uma atmosfera medieval, estamos diante de figuras encapuzadas e Domme Cristina  como uma Rainha ao centro. 

          Então a submissa de Domme Cristina chega perto da submissa que veste vermelho, prende uma guia na coleira em seu pescoço, a faz levantar e a conduz à frente de cada um dos sete personagens que estão posicionados bem à nossa frente, para diante de cada um e a submissa faz a reverência devida a cada um, à frente de Domme Cristina ela se curva ainda mais e beija a barra de seu vestido, depois ela é levada para o lado do salão, então uma a uma todas repetem o mesmo gestual, o mesmo acontece comigo, tento repetir tudo sem cometer erros, mas estou nervosa e um tanto perdida, parecem que todos sabem os ritos daquele momento, e parece que sou a única que nada sabe Lua não me contou detalhes de como é a festa.

          Termino minha última reverência, mas para meu espanto não sou levada para junto das outras, sou conduzida exatamente para o centro do salão, fico ali parada de pé, em minha cabeça a pergunta. O que me aguarda? Então o submisso se posta ao meu lado um pouco atrás de mim, do meu outro lado a submissa, sou o centro das atenções, sou a mais baixa na hierarquia, começo a tremer, estou mais nervosa e angustiada, sei que não seria a agraciada com alguma homenagem, muito pelo contrário, enquanto esses pensamentos povoam minha mente eu tento identificar nos visitantes algum detalhe que possa me indicar ser alguém que desejo que esteja ali presente.

          Absorta nessa tentativa de descobertas nem percebo o movimento dos dois ao meu lado, sinto só suas mãos em meus ombros, me preparo para ser retirada de onde estou, mas ao invés disso eles simplesmente soltam os fechos das alças do macacão que visto e que por conta disse  escorre pelo meu corpo, instintivamente tento com as duas mãos segurar na altura dos seios, só consigo cobri-los com as mãos, no mesmo instante sinto duas chicotadas em cada uma de minhas mãos, os submissos estavam cada um deles com chicotes de montaria. Sinto a dor em minhas mãos descubro os seios, estou nua na frente de todos, então mais duas chicotadas ao mesmo tempo atingem meus seios, entendi que eles estão sendo castigados por eu os ter coberto com as mãos, fico imóvel esperando outras chicotadas, não consigo conter as lágrimas, com olhos embaçados vejo os visitantes se movimentarem em seus assentos, Domme Cristina impassível a tudo apenas observa.

          Então sou forçada pela guia da coleira a ficar de quatro, o restante do macacão que estava preso aos meus pés é retirado, todos os olhos estão fixos em mim, a submissa segura a guia firmemente, o submisso se move e com isso some de meu campo de visão, então o sinto tocar minha bunda me sinto ser aberta, fico aterrorizada, o que ele fará? Outro homem me tocando, então meu pavor aumenta, sinto seu dedo pressionar meu cu, sinto algo frio e úmido, ele retira o dedo e sinto uma pressão imensa forçando-o, me abrindo, gemo e a submissa retesa mais a guia me puxando pelo pescoço, tento me controlar de todas as formas, pois o que quero é sair correndo, solto um grito ao sentir um plug ser enfiado sem piedade e que me abre e enche minhas entranhas, sinto algo encostar-se em minha bunda e coxas, entendo que é uma cauda, pois sinto a maciez de pelos e percebo que naquele momento sou uma cadela, então a submissa começa a andar, mas eu fico imóvel, um puxão forte na guia me faz mover uma das mãos adiante, em seguida um joelho, começo a acompanhá-la de quatro, ela me faz dar uma volta completa no salão, depois me leva diante de um dos visitantes, lhe entrega a guia ele me puxa, faz me levantar a cabeça, me olha com desdém eu sinto isso nos seus olhos, devolve a guia à submissa que continuou postada ao meu lado, ela me puxa até a outra figura que então se levanta se postando de frente para mim, puxa a guia para me fazer ficar de joelhos, fico e não faço nada, então pega o chicote da mão da submissa e bate em meus braços, de baixo para cima, entendo que quer que os levante e dobre á frente, como um cãozinho quando fica nas patas de trás diante do Dono, então parecendo-se satisfeita dá as costas ao entregar a guia a seguir é passada para outra figura encapuzada, ele, sim acho que é ele, se aproxima eu mantenho a posição de cadela com os braços dobrados, ele pega a guia que lhe é oferecida e estranhamente me arrepio assim que sua mão enluvada segura a coleira, ele a puxa e me faz ficar de quatro, me força a ficar bem junto de sua perna, meu coração dispara, sinto um perfume diferente, sei quem usa esse perfume, ele retesa mais a guia me força a encostar meu flanco em sua perna, se movimenta, sem precisar de nada sei exatamente o que fazer, cada movimento dele é imediatamente reconhecido e seguido pelo meu corpo, não penso, não raciocino, apenas reajo aos comandos dele que me obriga a manter a cabeça alta enquanto me faz passear pela sala, um prazer me invade, pois naquele momento eu me sinto altiva, poderosa, meus bicos imediatamente entregam minha excitação e alegria estou arrepiada. É, estou molhada.

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